YENTL
(UM TRIBUTO AO TALENTO!)
Pelo título
do espetáculo em tela, percebe-se que uma crítica sobre ele não deveria estar
aqui, neste blogue, cujo tema é o TEATRO.
Resolvi,
no entanto, escrever um pouco sobre este espetáculo por três motivos:
O primeiro é a minha profunda admiração,
respeito e carinho por ALESSANDRA
MAESTRINI, um dos maiores talentos do TEATRO
MUSICAL BRASILEIRO de todos os tempos.
O segundo é que senti a necessidade de extravasar
toda a emoção que tomou conta de mim, ao assistir ao espetáculo (Vou revê-lo na última sessão de maio.)
e dividi-la com os que me dão a honra de visitar o meu blogue.
O terceiro é porque, apesar de ser,
basicamente, um “show” musical, um “concerto”,
ele se reveste de um toque de TEATRO,
uma vez que a proposta da idealizadora
do projeto, a própria ALESSANDRA,
é, além de interpretar as lindas canções do clássico e premiado filme, de 1983,
roteirizado, dirigido e estrelado por Barbra
Streisand, cuja trilha sonora ganhou o Oscar
de 1984, é contar, de forma fragmentada, entre uma canção e outra, o
roteiro do filme.
Para quem o conhece, é ótimo “revê-lo”, pala
boca de MAESTRINI; para os que não
conhecem a história, lá está ela, claramente bem contada, com o máximo de
detalhes.
Contrição.
SINOPSE:
A história é ambientada no
século XIX, na Polônia.
Yentl Mendel é a única filha do viúvo Rebbe Mendel, um professor, que ensina o Talmude (uma codificação das leis judaicas) aos garotos de sua vila
e para Yentl, porém secretamente,
porque, naquela época, as mulheres não tinham permissão de aprender sobre as
leis judaicas.
Quando seu pai morre, Yentl fica completamente só no mundo e toma
a decisão de sair da vila e, disfarçada de rapaz, adotando Anshel, como nome, com muita sede de saber, procura um Yeshiva (e passa num), nome dados às
instituições para o estudo da Torá e
do Talmude, para estudar as
tradições e complexidades dos textos sagrados do judaísmo.
Ela começa uma amizade com
Avigdor, que é noivo de Hadass, porém os pais desta descobriram
que o irmão de Avigdor se suicidara
e terminam com o noivado, dizendo que “a melancolia é hereditária” e o noivo da
filha poderia fazer o mesmo que seu irmão.
Anshel fica, então, na estranha posição de “noivo-substituto”, para
que Hadass possa ter um marido, de
qualquer forma.
É um casamento que nunca é
consumado, além dos motivos óbvios, também porque Hadass continua apaixonada por Avigdor,
apesar de, eventualmente, se apaixonar por Yentl/Anshel.
Depois de inúmeras
complicações, incluindo a descoberta paixão entre Avigdor e Yentl, que
conta a verdade para ele, com esperança de ele testemunhar a seu favor, no
tribunal judeu, quando ela fosse anular o casamento, proibido entre duas
mulheres, a trama acaba com todos conseguindo o que sempre quiseram: Hadass e Avigdor casados e felizes, e Anshel,
então, assumidamente Yentl, se
mudando para a América, onde ela poderia continuar seus estudos, sem ter que se
disfarçar e esconder seu gênero feminino.
O
espetáculo vem de uma temporada de sucesso em São Paulo e é baseado na obra “Yentl – The Yeshiva Boy”, de Isaac Bashevis Singer.
As letras são de Alan e Merilyn Bergman,
musicadas por Michel Legrand. Todas foram criadas, originalmente, para o
filme.
Em cena, a atriz é acompanhada pelo pianista JOÃO CARLOS COUTINHO, que assina a direção musical.
MAESTRINI é responsável pelo roteiro,
pela direção e pela co-produção do espetáculo.
Alessandra e o maestro
João Carlos Coutinho.
No dia em que vivenciei o prazer de ser um dos
poucos privilegiados, por assistir ao espetáculo, tive a honra e a alegria de
ter, ao meu lado, Noêmia Maestrini,
mãe da diva, e sua primeira professora de canto, aos 14 anos de idade, a
querida e insuperável Vera do Canto e
Mello. Das duas, ouvi boas histórias
sobre a ALESSANDRA. Mas vou deixá-los curiosos...
Tentem um lugar numa das próximas apresentações,
que acontecem às 5ªs feiras, até 28 de maio, às 21h.
Um pouco da carreira de ALESSANDRA MAESTRINI, por sua assessoria (com
pequenas adaptações):
Sólida carreira e múltiplas facetas: assim se resume a expressão desta artista. Comediante,
cantora, compositora, versionista, ALESSANDRA
MAESTRINI é, especialmente, lembrada, pelo grande público de televisão, por
seu papel como a divertida Bozena, “lá de Pato Branco - daí”, da série de
TV “Toma Lá, Dá Cá”, de Miguel Falabella.
É
considerada, pelos aficionados por musicais, uma diva nacional do gênero, tendo
protagonizado grandes produções, como “Les
Misérables” e “New York, New York”,
além de ter participado de outras grandes montagens, como “Rent”, “Ópera do Malandro”
e “7 – O Musical”, este dirigido por
Charles Möller e Cláudio Botelho, por cujas mãos
estreou, em 1997, no musical “As
Malvadas”.
É
a apresentadora oficial do Prêmio Bibi
Ferreira, desde sua criação.
Recentemente,
esteve no ar, como a vilã, racista, do seriado “Sexo e As Negas”, também de Miguel
Falabella, e segue, em turnê, com o show de seu primeiro CD, “Drama ‘N Jazz”, que já recebeu elogios de autoridades no ramo,
como Nélson Motta e Chico Buarque.
Tente associar esta bela imagem a uma
magnífica voz. Resultado: emoção pura!
SERVIÇO:
Midrash Centro Cultural – Rua General
Venâncio Flores, 184, Leblon.
Tel: 2239-1800.
Quando: Quintas-feiras, às 21h. De 16 de abril até 28 de maio (A temporada
seria encerrada no dia 7 de maio, porém, devido ao grande sucesso de público e
de crítica, foi prorrogada.).Valor: R$ 60,00
Duração: 70min
Classificação: 12 anos
Aplausos, durante e após cada canção.
A honra é toda
minha!!!
(Foto: Noêmia Maestrini)
(FOTOS DE
CENA: AGNEWS.)
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