segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O TEMPO E OS CONWAYS
 
           Ontem (o4 de agosto), assisti, pela segunda vez, a um excelente espetáculo: O TEMPO E OS CONWAYS, que teve sua temporada estendida, pela segunda vez, em função do grande sucesso de público e crítica. 
           O elenco sofreu algumas alterações, desde a estreia do espetáculo: no lugar da atriz Maria Ana Caixe, Luísa Bruno defende o papel de Joan; Janaína Moura substituiu Mariela Figueredo, como Madge; Pedro Logän e outro Pedro (Pedro Henrique Müller) revezam-se no papel de Gerald.  Mas a qualidade do espetáculo não foi abalada.
 
 
Foto: Nossa família ficou maior. Três novos atores passam a fazer parte dos Conways! Divulguem e tragam os amigos!

Sesc Casa da Gavea
Sexta e sábado as 21h
Domingo as 17h
Tel: 2239 3511

           Dois meses após ter assistido, pela primeira vez, ao espetáculo, atrevi-me a escrever algumas considerações sobre este espetáculo.  Leia e não deixe de ir ao simpático e aconchegante espaço do Teatro SESC Casa da Gávea.

O TEMPO E OS CONWAYS  -  PRAZER!  PRAZER!  PRAZER!  SÓ PRAZER!!!
(02 de agosto de 2013)
 
Em cartaz, há alguns meses (estreou no dia 19 de abril, para ficar em cena até o dia 9 de junho), no simpático espaço do Teatro SESC da Gávea, o espetáculo O TEMPO E OS CONWAYS já teve sua primeira temporada prorrogada por duas vezes e, pelo menos até agora, ficará em cartaz até o dia 27 de outubro, nos seguintes horários: 6ªs e sábados, às 21h e, aos domingos, às 17h.

Assisti a este espetáculo exatamente há dois meses e, por motivos vários, não havia, ainda, me pronunciado, em público, sobre ele, embora, logo no dia seguinte, tivesse enviado, a todos os envolvidos no projeto, algumas palavras de elogio e agradecimento pelos adoráveis momentos que me proporcionaram.

Naquela tarde, voltei no tempo.  Não ao da época em que se passa a trama, mas à transição entre os anos 60 e 70, quando eu frequentava o Curso de Letras da UFRJ, cursando Português-Inglês, e, por tais contingências, fui apresentado, nas aulas de Literatura Inglesa, a este texto de J B PRIESTLEY (1894 / 1984), o que rendeu discussões acaloradas e grandes reflexões acerca de um momento na história da sociedade inglesa, o fim da Primeira Grande Guerra e os anos 30.

O programa da peça, de excelente qualidade, diga-se de passagem, apresenta uma detalhada sinopse da peça, o que me leva apenas a dizer que “este clássico da literatura universal, conta a história de um grupo de jovens, cujas esperanças de felicidade na vida serão completamente frustradas – ou pelos seus próprios erros ou pela interferência de outras pessoas.  Em um nível mais amplo e profundo, o espetáculo promove uma grande investigação sobre a ideia de felicidade, questionando se os personagens são capazes de mudar o curso de suas vidas.”

Vamos a alguns despretensiosos comentários sobre o espetáculo:

Conhecedor do texto em seu original, não posso deixar de mencionar a excelente tradução e adaptação de Renato Icarahy.

A direção, de Vera Fajardo, é excelente e um dos seus mais marcantes detalhes é o aproveitamento de todo o espaço do pequeno teatro para a encenação.  Percebe-se um toque de muita delicadeza na condução do seu ofício.  Quanta sensibilidade e capacidade de percepção do universo de Priestley!

O cenário, de Mirella Maniaci, é um detalhe à parte, não só por ser simples, delicado e funcional, mas, principalmente, por ela saber, muito bem, como utilizar, como já disse, todo o espaço físico do pequeno e aconchegante teatro, desde a extensa escada que leva ao interior do teatro, passando pelo “foyer” (onde um pianista e cantor, Kaleba Villela, nos deleita), indo até os banheiros.  Até a bilheteria é fechada, pouco antes do início do espetáculo, transformando-se num belo detalhe do cenário.  Tudo revestido por um belíssimo papel de parede, que causa a sensação do todo.

Simples e descomplicada, porém eficiente, como sempre, a iluminação do grande Paulo César Medeiros.

Muito bons os figurinos de Paula Accioli.  O mesmo pode ser dito sobre a direção de movimento, de Duda Maia, e a trilha sonora, sob a responsabilidade da diretora, Vera Fajardo, e de Kaleba Villela.  Também ajuda na composição dos personagens, o visagismo de Marina Beltrão.

O elenco, composto quase em sua totalidade, por jovens e talentosos atores, conta com a participação da veterana, e grande atriz, Stella Maria Rodrigues, no papel da Srª Conway.  Um grande destaque deve ser creditado ao trabalho da bela e talentosa Júlia Fajardo, que interpreta a jovem Kay.  No dia em assisti ao espetáculo, havia, na plateia, alguns consagrados atores, que não pouparam elogios à moça, o que conta com o acréscimo do meu humilde aval.

Mas todos os demais seus companheiros de elenco defendem, com garras e dentes, seus personagens, e o resultado final é uma cumplicidade muito grande, que só faz agregar valores positivos à encenação. 

Sei que houve alguma alteração no elenco, mas os que me encantaram e me provocam uma nova ida ao teatro, são, além de Stella (que canta maravilhosamente bem) e Júlia: Camila Moreira (Hazel), o querido Igor Vogas (Alan), Johnny Massaro, que admiro há muito tempo (Robin); Marcéu Pierrotti (Ernest Beevers); Maria Ana Caixe (Joan Helford); Mariela Figueiredo (Madge); Pedro Logän (Gerald Thorton) e Thais Müller (Carol).

Sucesso de crítica e de público, o grande e simples segredo deste maravilhoso espetáculo, um dos melhores da atual temporada, é um só: beleza e simplicidade.

Aproveite e vá logo assistir a O TEMPO E OS CONWAYS.  O tempo também é um belo e importante personagem na peça.

Que prazer assistir a este espetáculo!!!  

 

 

 

           

 

 

 

 

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