“ÁLBUM DE
FAMÍLIA”
ou
(NÃO É JOGO
DO BICHO:
NÃO VALE O
QUE ESTÁ ESCRITO;
VALE A ENCENAÇÃO.)
Por nada nem por ninguém, abrirei mão da minha opinião de que o texto é a viga-mestra, a espinha dorsal, que sustenta um bom espetáculo de TEATRO, mas exceções existem e não seria diferente num palco. Um dos exemplos disso é “ÁLBUM DE FAMÍLIA”, montagem à qual assisti no último sábado, 17 de agosto de 2024, no mais novo Teatro da cidade de São Paulo, o Teatro Estúdio, situado no centro da capital paulista (Rua Conselheiro Nébias, nº 891 - Campos Elíseos). Em termos de espetáculo, ainda que seja raro, é possível um bom diretor e um elenco idem construírem uma montagem de alta qualidade em cima de um texto que abomino, embora, como não sou ignorante, consiga entender os “propósitos” do dramaturgo.
Antes de iniciar os
comentários sobre esta encenação, que me agradou deveras – a montagem, repito, não o texto - pelo lado teatral, gostaria
de falar um pouco do Teatro Estúdio, pois julgo muito
importante apresentar o novo espaço cultural paulistano, de
fácil acesso. Logo à entrada, funciona a bilheteria e um agradabilíssimo bistrô,
onde os espectadores têm a oportunidade de degustar alguns salgadinhos, doces e
confeitos, além de poder beber seus drinques, sua cervejinha, refrigerantes e
um café. A sala de espetáculo mede 242m², com capacidade de acomodar até 220 lugares, na
dependência da forma do espetáculo a ser apresentado (arena, corredor e, até mesmo,
palco italiano). No caso de “ÁLBUM DE FAMÍLIA”, são 160
lugares à disposição do público, que lotou todas as sessões da peça. O
espetáculo em questão é oferecido no formato de corredor ou semiarena.
Ainda no primeiro piso, há um grande camarim e salas de reunião. No segundo
andar, um estúdio, para gravações de “podcasts”, além de uma ampla sala para
servir a ensaios, a qual comporta elencos numerosos. O espaço, aberto a locações, pertence a quatro sócios, sendo gestado por dois deles, os produtores Mariana Barioni e Alexandre
Galindo, este também ator, fazendo parte do elenco da peça em tela.
Não perderei tempo em
repetir o que penso do dramaturgo NELSON
RODRIGUS, de quem só aprecio uma meia dúzia de suas 17 peças de TEATRO,
sendo que “ÁLBUM DE FAMÍLIA” é,
talvez, a que menos me agrada. Por outro lado, sou um ardoroso fã do cronista NELSON RODRIGUES. Quem estiver interessado
na minha opinião sobra a sua obra dramática deve procurar, no meu blogue, as
críticas que escrevi sobre peças de sua lavra. Não gastarei vela com um defunto
que, A
MEU JUÍZO, não merece que eu desperdice meu precioso tempo, ainda que isto até possa
chocar alguns leitores, com o que não me importo e espero ser respeitado, tanto
quanto respeito os que o incensam, como “o maior dramaturgo brasileiro”. Por
outro lado, não posso deixar de reconhecer a sua coragem, ao escrever esta
peça, uma das principais e mais controversas de suas obras para o TEATRO,
em 1945,
apresentada a uma sociedade muito conservadora; e, também não posso deixar de
dizer, bastante hipócrita, como a de hoje também.
SINOPSE:
A história desvenda os segredos e as
tensões de uma "família", aparentemente, tradicional brasileira, no interior de Minas
Gerais, na década de 1920.
A trama gira em torno do patriarca, Jonas
(ALEXANDRE GALINDO), um fazendeiro
de “convicções
religiosas fervorosas”; sua esposa, Senhorinha (MARIANA BARIONI) e seus quatro filhos:
Guilherme
(DANIEL MARANO), Edmundo
(IURI SARAIVA), Nonô (AGMAR BEIRIGO) e Glória (FERNANDA GIDALI).
Com o tumultuado e inesperado retorno
de Guilherme,
Edmundo
e Glorinha
à casa dos pais, tem início uma série de revelações chocantes sobre a
moralidade distorcida dos membros daquela "família", todos portadores de patologias psíquicas
que refletem bem o caráter de cada um.
O “show de horrores” que é
montado conduz a narrativa a um final totalmente trágico e perturbador,
revelando um retrato forte e violento de uma "família" assaz disfuncional, que
esbanja hipocrisias, membros que são de uma sociedade também falsa e
dissimulada, ingredientes presentes, com frequência, no universo do autor.
ESPAÇO DESTINADO A COMENTÁRIOS CRÍTICOS SOBRE
O ENREDO E A DRAMATURGIA (?).
Ampliando o que escrevi no primeiro parágrafo, afirmo que
assisti a uma grande encenação, cujos méritos recaem, única e exclusivamente, sobre a
direção e o elenco, com o necessário apoio dos artistas de criação e dos
técnicos
e operadores. É a terceira montagem de um texto do Senhor
Rodrigues a que assisto, regida por JORGE FARJALLA e, da mesma forma como me encantei com as duas
primeiras, “Dorotéia (2017) e “Senhora dos Afogados” (2018), as encenações, coloco-me
agora. Assisti à primeira três vezes, em espaços diferentes, sem contar um
ensaio geral, e vi, duas vezes, a segunda, em cidades distintas, São
Paulo e Rio de Janeiro. Em “ÁLBUM
DE FAMÍLIA”, o diretor não omitiu, absolutamente, nada do que escreveu o
autor, fez a sua leitura textual da obra e aí é que entra a genialidade do encenador:
procurar desenhar todas as cenas, nos espaços de que dispunha, de forma
dinâmica e realista ao extremo, buscando valorizar, propositalmente, é claro,
cada um dos absurdos escritos pelo dramaturgo. Encontrou excelentes soluções para
cada uma das cenas, incluindo as que envolvem o personagem Nonô, o qual,
enlouquecido, vaga pelo quintal da propriedade, completamente nu, e dá voltas
em torno da casa, emitindo gritos animalescos e correndo, esfregando-se na terra
e sob uma forte chuva que cai, para “coroar” o momento. Pelo histórico
do diretor, é ele um fervoroso apreciador da dramaturgia rodriguiana e, por
isso mesmo, sabe decodificá-lo como, penso eu, o “Anjo Pornográfico” deva
ser entendido. Passo bem longe disso, porém.
“Para o diretor, uma das características principais da história são as relações humanas. O espetáculo é uma forma de denunciar o retrato de nossa sociedade e suas monstruosidades em evidência dos noticiários”. Concordo plenamente, entretanto, considerando o aspecto da verossimilhança, acredito, piamente, na possibilidade de todas aquelas aberrações patológicas intrafamiliares acontecerem na vida real, e muito mais do que se possa imaginar, porém não todas debaixo do mesmo teto. "MAS É TEATRO." Jura?! Acho que eu não sabia. (Contém ironia.)
Nesta montagem, vejo JORGE
FARJALLA como o diretor/encenador que aplaudi nas duas outras peças do Senhor
RODRIGUES a que assisti e já mencionadas. Nas três, enxerguei um artista
criativo e desafiador. Cada detalhe que ele cria nas suas direções abre um
leque de possibilidades de decodificação, que podem até não coincidir com a sua
real intenção, mas funcionam como um excelente exercício para o espectador. O
que quero dizer é que cada signo escolhido por FARJALLA pode passar despercebido, o que imagino acontecer para a
maioria dos espectadores, contudo pode levar a várias leituras interpretativas e não estão ali por acaso.
Como, também, se apresenta como um festejado artista
plástico, FARJALLA, sempre que
possível, se encarrega de assinar a cenografia e os figurinos, como ocorre desta vez, na qual, além disso, ele e MARIANA
BARIONI são responsáveis pela direção de arte. A cenografia
é simples, porém traz elementos muito fortes e expressivos, como o chão
revestido de terra vermelha, uma espécie de barro, que apenas me chegou como
uma vontade de reproduzir o solo do interior mineiro. Acontece que esse piso
está dentro
da casa, não na parte exterior desta. Aí, já estamos diante de um signo
interessante e temos que parar, para tentar decodificar a intenção do diretor. Segundo
este. “Os símbolos e
signos da obra são aqui reforçados na encenação: a terra vermelha do cenário,
que representa o útero e ressignifica as mortes do texto, o ritual do banho e a
água, trazendo a purificação desse nicho familiar, tanto no âmbito do profano
como no sagrado; quanto mais banho a família toma, mais sujos eles vão ficando”, explica FARJALLA.
A parte da justificativa afeta ao “ritual do banho e a água” é de
facílima compreensão, todavia, na escolha da “terra vermelha”, dentro
da casa, como piso, sua simbologia é bem difícil de ser alcançada. Para mim, pelo
menos; talvez por me faltar inteligência ou mais fertilidade à minha imaginação.
Mas funciona? Sim. E como!!!
Ainda
relacionado a isso, penso que, para muitos – muitos mesmo – deva passar
despercebido o detalhe de que todos os membros da família pisam a terra descalços,
enquanto os demais personagens se apresentam calçados. Continuo tentando
entender, mas chegarei lá, com certeza. Ou não!!! E aqui já estou a falar dos figurinos,
bastante rústicos e todos adequados à época e ao local, assim como ao caráter,
individualidade e aspecto socioeconômico de cada personagem. Mas é preciso
voltar ao cenário, para que fique completa a minha modesta opinião sobre ele, totalmente
favorável. Numa das extremidades do corredor, um sofá sobre,
sentados, e atrás dele, em pé, estão todos os personagens, à exceção de Nonô, o qual, quando não aparece, fora, fisicamente, da cena, longe dos olhos do público, se mantém de pé, de costas para os demais onze artistas, antes do início da encenação. Nesta extremidade, há um oratório, sobre o qual repousa uma pequena
estatueta, não identificada por mim, e uma grande “vela de vários dias”.
Detalhes mais que interessantíssimos, e que valorizam muito o conjunto
cenográfico, são dois quadros, expostos nas duas paredes que limitam as extremidades
do corredor: numa, um quadro do Sagrado
Coração de Jesus; em outra, o de uma Santa Ceia, com detalhes de sangue
escorrendo sobre a tela. Pareceu-me ser isso, do lugar em eu
estava acomodado na outra extremidade. Essas duas peças representam o que de
mais esdrúxulo podem exprimir, em termos de hipocrisia, visto que todas aquelas
“santas”
pessoas da família se benzem diante delas.
ALINE SANTINI criou um excelente desenho de luz, que atravessa toda a encenação, totalmente dentro daquilo que poderia enriquecer cada cena e pôr em relevo o que há de mais importante em cada uma delas, criando ótimos contrates de intensidade de luz.
Apesar de já ter cometido um “pecadinho” aqui ou ali,
em sua vitoriosa carreira, já que Deus não criou a perfeição para os
pobres mortais (Picasso não foi gênio durante os seus 91 anos de existência; nem Michelângelo,
nos seus 88; menos ainda Beethoven, nos seus apenas 56. E o que dizer de Leonardo Da Vinci, em seus 67?), JORGE FARJALLA é um profícuo e criativo
diretor
de TEATRO, ou um encenador, que não são sinônimos, mas “primos
entre si”. O importante é ser humilde e reconhecer uma “pisada
em falso”; e continuar, sempre, tentando acertar, agradando
a uns e desagradando a outros, contrariando o autor da peça, para quem “A
unanimidade é burra.”. Sei bem que o é! O papel de JORGE FARJALLA, nesta produção, é
fundamental e muito importante, pelo empenho nos detalhes da encenação, na
escolha do elenco, nas marcações, naquilo que já citei e, até mesmo, na trilha
sonora, na qual o mestre Cartola “bate ponto”. A ideia de
escolher o formato de corredor, para a representação, é um grande achado, visto
que, colocadas de frente, uma para outra, as duas divisões da plateia permitem
que os olhares possam ser desviados, vez por outra, da ação para os outros espectadores.
Aliás, com relação a isso, pude observar, curiosamente, as reações de alguns
espectadores, estupefatos ou apavorados com cada novo desvario e/ou monstruosidade
perpetrados por este ou aquele personagem. A proximidade do público com os
personagens e, consequentemente, com as ações, cria uma maior intimidade de uns
para com os outros e “puxa” para a cena quem apenas se dispôs a ser um “voyeur”.
Ainda que não seja nada original o posicionamento dos
personagens no formato de um antigo retrato de família (Já assisti a outras montagens em
que os diretores fizeram uso de tal expediente.), apenas, porém, em um
determinado momento da encenação, aqui, esse detalhe de marcação é extremamente
interessante, uma vez que todos permanecem em cena, à exceção de Nonô,
durante toda a peça, e vão “saindo da moldura”, à medida que
são chamados a atuar, retornando a suas posições anteriores, ao final de suas p-participações.
Com relação a Nonô, o personagem nem aparece em cena, no original, mas FARJALLA
o faz presente, totalmente despido e molhado (Vindo da chuva no quintal.),
no início e no final do espetáculo, uma ótima decisão, a meu juízo. Ao adentrar
a sala de espetáculo, as pessoas já encontram todos em cena. Para os pudicos,
que acham desnecessário aquele homem, alto e de porte atlético (AGMAR BEIRIGO) nu em cena, e por muito
tempo, antes do início da peça, vendo nisso um simples ato de exibicionismo, “inventado
pelo diretor”, tenho a dizer que encaro essa situação, como os demais
personagens em cena, todos vestidos, na “recepção”
ao público, como o desejo não de “chocar” ou provocar constrangimento,
mas como um mecanismo para despertar o interesse do público na obra, gerar
curiosidade e criar um ambiente de muita expectativa, o que acho ótimo. Outra
personagem, Totinha, que, originalmente, não está em cena, mas da qual
apenas se ouvem gritos lancinantes, durante uma tentativa de dar à luz, para
uma adolescente de 15 anos, violentada e engravidada por Jonas, “sem passagem para
expelir o bebê", também permanece em cena, às vistas do público, provocando
neste muita angústia e empatia. Outro grande ponto positivo da direção.
Que magnífico elenco - cinco
atores e sete atrizes - dá conta da representação, dos que interpretam
os principais personagens àqueles que foram contemplados com papéis que pouco
aparecem na peça, mas que têm importância na trama! São eles por ordem
alfabética: AGMAR BEIRIGO (Nonô), ALEXANDRE GALINDO (Jonas),
DANIEL MARANO (Guilherme), FERNANDA
GIDALI (Glória), HELENA CURY (Neta), IURI SARAIVA (Edmundo), JULLIA LEITE (Heloísa), LAKÍS FARIAS (Teresa), LARA PAULAUSKAS (Totinha), LÍDIA ENGELBERG (Rute), MARIANA BARIONI (Senhorinha) E ROBERTO BORENSTEIN (Avô). Cada um
deles sabe, absolutamente, tudo quanto ao seu personagem e o interpreta da
forma mais convincente possível. Deles, conheço, de trabalhos anteriores, AGMAR,
GALINDO, DANIEL, IURI e ROBERTO, e sempre os
aplaudi, o que volto a fazer agora, não me lembrando de nenhum espetáculo em que o quinteto tenha deixado
a desejar. Não conhecia, pois, salvo engano, o desempenho do naipe feminino, no
entanto todas as “performances”
estão de acordo com o “ÁLBUM DE FAMÍLIA” e me proponho, a partir de
agora, a assistir aos seus próximos trabalhos. Também aplaudo a todas.
Para os que não conhecem o enredo, acho que vale a pena dizer “que instrumento cada um personagem toca nessa banda ‘afinadíssima’”. Nonô é um dos filhos da “família”; foi amante da mãe, enlouqueceu e vive nu, correndo pelo quintal, ao redor da casa, gritando, urrando como um animal selvagem. Jonas, casado com Senhorinha, sua prima, é o “chefe da família”; fazendeiro, "católico e temente a Deus", “viciado” em deflorar pré-adolescentes e adolescentes, na faixa dos 12 a 16 anos, dentro da própria casa, para compensar o interesse que tinha na própria filha. Guilherme é o primogênito, que vira seminarista, para sufocar a paixão que sente pela irmã e, no seminário, corta o próprio membro sexual, como forma de punição e única maneira, a seu ver, de não desejar mais Glória e evitar a consumação de um ato sexual com a jovem. Glória é a única filha, na “família”, odiada pela mãe, desejada pelo pai e por um dos irmãos e que vai estudar num convento, onde inicia um relacionamento homoafetivo com uma colega. Neta é uma adolescente levada, pelo próprio avô, para servir aos desejos sexuais de Jonas. Edmundo é o filho que se casou com Heloísa, com quem vive uma relação fracassada, um casamento “de fachada”, por ser apaixonado pela mãe. Heloísa é a esposa de Edmundo, a qual nunca teve seu casamento consumado. Teresa é a amiga de Glorinha, responsável por fazer acender nesta o desejo por uma mulher. Totinha é a adolescente prestes a dar à luz, engravidada por Jonas, no “lar da família”, e tem um final trágico (Quem não o tem ali?), por não conseguir parir e não ter recebido nenhum socorro médico durante o parto. Rute é irmã de Senhorinha; teve um caso com Jonas, o qual deixou de se interessar por ela, e era encarregada de arregimentar as jovens virgens, para agradar ao cunhado. Senhorinha é “mãe” dos quatro filhos e aceita tudo o que se passa na casa, por interesses ou necessidades próprios. Avô é quem leva uma neta para servir de mais um “prato a ser degustado por Jonas”, mediante um pagamento; a neta que é vendida pelo avô. Incestos para dar e vender. Horrores em profusão. Querem mais ou já está de bom tamanho? (Contém sarcasmo.)
FICHA TÉCNICA:
Texto: Nelson
Rodrigues
Direção e Encenação: Jorge Farjalla
Elenco (por ordem alfabética): Agmar Beirigo, Alexandre Galindo,
Daniel Marano, Fernanda Gidali, Helena Cury, Iuri Saraiva, Jullia Leite, Lakís
Farias, Lara Paulauskas, Lídia Engelberg, Mariana Barioni, Roberto
Borenstein
Cenografia, Figurinos e Adereços: Jorge Farjalla
Iluminação: Aline Santini
Visagismo: Eliseu Cabral
Direção de Arte: Jorge Farjalla e Mariana
Barioni
Trilha Sonora: Jorge Farjalla
Desenho de Som: Raul Teixeira e Thiago Schin
Preparação Vocal: Lara Córdulla
Montagem de Luz: Lelo Cardoso, Denis Kageyama e
Claudio Gutierres
Operação de Luz: Claudio Gutierres
Assistência de Figurino: Allan Ferc
Assistência de Visagismo: Camila Santos e Silvia Rocha
Costureira: Denise Evangelista
Operação de Som: May Manão
Cenotécnico: Alício Silva
Técnicos de Palco: Igor B. Gomes e Cleiton Willy
Fotos: João
Kehl, Cecília Gidali e Ronaldo Gutierrez
“Teaser”, “making off” e Vídeos de Divulgação: May Manão
Mídias Sociais: Foyer
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato
Fernandes
Produção Executiva: Gabi Manaia, Lara Paulauskas e
Lucas Asseituno
Direção de Produção: Mariana Barioni e Alexandre
Galindo
Realização: Teatro Estúdio.
Por que será que a peça, considerada, por muitos, um “clássico”
do TEATRO
BRASILEIRO, passou quase duas décadas proibida pela
polícia, a Censura Federal da época em que veio a público? (Cartas
para a redação. Momento descontração!) Não é porque o texto não
me agrada nem porque a montagem já saiu, INFELIZMENTE, de cartaz, que eu
deixaria de escrever sobre a peça, mesmo que seu teor, já conhecido por mim há
décadas, e os detalhes super realistas da encenação tenham me provocado, naquela noite, uma briga ferrenha contra o sono, quando
de volta ao hotel. Gostaria, sinceramente, de que o espetáculo fizesse outras
temporadas em São Paulo e que pudesse também ser apresentado em outras
cidades, como o Rio de Janeiro, conquanto já saiba que existe pouquíssima
possibilidade de isso acontecer. Eu a recomendaria, mas não iria
assistir novamente.
FOTOS: JOÃO
KEHL,
CECÍLIA GIDALI
e
RONALDO
GUTIERREZ.
GALERIA PARTICULAR
(Fotos: Guilherme De Rose.)
Com Alexandre Galindo.
Com Daniel Marano.
Com Roberto Borenstein.
Com Iuri Saraiva.
Com Agmar Beirigo.
VAMOS AO TEATRO!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE
ESPETÁCULO DO BRASIL!
A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE; E
SALVA!
RESISTAMOS SEMPRE MAIS!
COMPARTILHEM ESTA CRÍTICA, PARA
QUE, JUNTOS, POSSAMOS DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO TEATRO BRASILEIRO!
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