“MARY STUART”
ou
(OS PORÕES DA IDADE MÉDIA
E OS DE HOJE. CORRELAÇÃO?)
ou
(USURPAÇÃO OU NÃO? EIS A QUESTÃO!)
Não raro, acontece de eu assistir a determinados espetáculos teatrais impactantes, daqueles que me tiram o fôlego, mexem, profundamente, com a minha emoção, atingem, bem fundo, o meu interior e ficam, indelevelmente, marcados, na minha mente e no meu coração, contudo, quando me sento diante de um computador, para escrever a crítica que eles merecem, fico “travado”, sem saber por onde, nem mesmo como, começar, como é o caso de “MARY STUART”, em cartaz no Teatro do SESI - SP, no “Centro Cultural Firjan” (VER SERVIÇO.).
Acho
que, raciocinando, para escrever o parágrafo anterior, ganhei um pouco de
tempo, a fim de poder organizar o pensamento e domar as minhas emoções, e já me sinto com
as “rédeas afrouxadas”, para escrever sobre esta OBRA-PRIMA,
que só existe graças ao trabalho de 11 notáveis atores e mais um
batalhão de excelentes profissionais, nos bastidores e no trabalho
de criação artística, sob o “mecenato” da Firjan Sesi,
apresentado, gratuitamente, o que mobiliza milhares de pessoas, espectadores,
muitas das quais nunca, antes, haviam se sentado na poltrona de um Teatro,
para assistir a uma peça. Isso me emociona bastante, quando converso com
algumas dessas pessoas, após as sessões. Escrever sobre “MARY STUART”,
confesso, está sendo um grande desafio para mim, mas isso não ocorre pela
primeira vez, e não é agora que vou “nadar, nadar... e morrer na praia”.
Para não me esquecer de nenhum detalhe importante, tão logo cheguei ao meu
hotel, peguei um caderno e fiz algumas anotações e o rascunho desta crítica.
SINOPSE:
“MARY STUART” traz a versão moderna, bem contemporânea, dos bastidores da
rivalidade histórica entre a rainha da Escócia, MARY STUART (VIRGINIA
CAVENDISH), e a rainha da Inglaterra, ELIZABETH I (ANA CECÍLIA COSTA).
A peça
gira em torno da tão famosa disputa de poder entre as duas monarcas, primas,
que nunca se encontraram, presencialmente, o que, em nome de uma "licença poética", o autor ignorou, e é atualizada para situações
contemporâneas.
Intrigas
pululam, traições florescem, amores são confessados, ambições se revelam e tudo
isso gera um belíssimo espetáculo de TEATRO, que provoca muita emoção,
no espectador, e leva-o a tirar suas próprias conclusões.
De que lado estará a verdade, se é que ela existe?
O texto original, datado de 1800, é uma obra clássica do TEATRO alemão, escrita por FRIEDRICH
SCHILLER, aqui adaptada por ROBERT ICKE e traduzida
por RICARDO LÍSIAS. A montagem original aconteceu em Londres,
em 2017, alcançando estrondoso sucesso, o que, também, vem
acontecendo por aqui, desde sua estreia. Sem a menor sombra de dúvidas,
trata-se de uma produção que há de ficar nos anais do TEATRO BRASILERO,
como uma OBRA-PRIMA, por tudo de correto, de positivo, que há nela.
No “release”, que me foi enviado por FERNANDA TEIXEIRA (Arteplural Comunicação),
assessoria de imprensa, o espetáculo é descrito como “um mergulho no
universo ‘dark’ medieval das rainhas rivais”, uma bem justa
definição do que se vê em cena: a História revisitada, de forma
arrojada e desafiadora, pelas lentes de um dramaturgo, que se vale de
seus conhecimentos históricos e de sua imaginação criativa, para
narrar os fatos de acordo com a sua visão de artista.
O espetáculo é digno
do nosso orgulho, uma volta ao chamado “Teatrão”, sem nenhuma
conotação negativa, muito pouco visto, hoje em dia, por implicar um custo
considerável, na produção, bem como, talvez, infelizmente, por uma
injustificável falta de interesse do grande público. Afirmo, porém, que,
quando esse tipo de TEATRO é levado aos palcos, hoje, de forma
impecável, em todos os sentidos, com uma estrutura “robusta”,
como acontece em “MARY STUART”, o público atende ao chamado,
prestigia o espetáculo, aplaude-o, efusivamente, e se sente agradecido,
como me revelo agora, pela rara oportunidade de ver uma obra clássica de
TEATRO, tão difícil de ser montada e, portanto, merecedora do nosso
maior apreço por todos os envolvidos no projeto.
A “robustez”
a que fiz referência é total, começando pela força do texto, por sua originalidade
e profundidade. Poderia, talvez, pela densidade do tema, se
tornar entediante, porém passa muito distante disso. Muito pelo contrário, os diálogos
são bem consistentes, “vivos”, um belo trabalho de tradução,
de RICARDO LÍSIAS. Nada do que é dito pelos personagens é
gratuito. É preciso estar atento a todas as falas, porque cada frase tem um
peso muito importante na trama. Tudo o que é dito é milimetricamente
medido e ajustado, para gerar a trama.
Quanto
aos elementos de criação, começo por tecer comentários sobre a excelente
cenografia, assinada por MARISA BENTIVEGNA. É grandiosa, em
termos de tamanho e, também, de uma criatividade a toda prova, muito
original. A cela onde MARY STUART foi mantida prisioneira, por cerca de dezenove
anos, e onde se passam as primeiras cenas do espetáculo, reúne “peças
dos nossos dias” (arquivos), que nos remontam a um escritório ou
algo parecido (Talvez os arquivos dos porões da ditadura militar de 1964.) ao mesmo tempo que exibe, no centro, mais à frente, próximo
ao proscênio, um belo genuflexório, sobre o qual MARY podia
se ajoelhar e rezar, quando desejasse, católica que era, sempre com um
terço na mão, a marca maior e símbolo de sua fé inabalável.
Outros
cenários, que ocupam a maior parte do tempo de duração da peça, reproduzem
a sala do trono real, onde, ao alto, só há, num amplo espaço, o trono,
ocupado por ELIZABETH, considerada uma usurpadora da coroa real, inimiga
declarada de MARY STUART. Mudanças de peças do cenário são,
frequentemente, feitas pelos próprios atores, criando um dinamismo à
encenação, um dos fatores que fazem com que o público se fixe nas
ações sobre o palco. O leigo, o espectador que vai ao Teatro
por tantos vários motivos, não assiste ao espetáculo com os olhos de um crítico,
o qual procura “ler o que não está escrito”, o que não se
enxerga, invisível, nas entrelinhas. Às vezes, pode acontecer de ser apenas uma
“viagem” do crítico, e esta poderia ser mais uma delas,
porém, observando os planos em que estão postos os dois cenários, imaginei que a intenção da cenógrafa, tinha sido colocar a cela ao
rés-do-chão, como se fosse um porão, e a sala do trono bem no alto,
simbolizando a “distância entre as contendoras” e a “superioridade”
de quem ocupa o trono real. Podem pensar que estou “vendo chifres em
cabeça de burro” – e acho isso bem natural e possível -, mas esse jogo
de imaginação e de procurar entender as intenções de cada artista de criação
me causa grande interesse e prazer. Saibam, agora, que só depois de ter
escrito isso foi que vi, no “release”, que não era um delírio
meu, uma vez que, lá, está escrito: “No
cenário, dois ou mais níveis vão proporcionar a ideia do poder e seus
‘degraus’, embora tanto o palácio de ELIZABETH como a masmorra de MARY STUART
retratem a mesma prisão, observa NELSON.”
(BASKERVILLE), o diretor. Ainda mais, no citado “release”:
“O desenho cenográfico pretende dar conta das camadas arquitetônicas da
peça tanto quanto das simbólicas, que apontam para o sentido do poder e disputa
política, que são a base da história dessas duas rainhas europeias.”. (...) Esses
espaços precisam, necessariamente, estar presentes, na narrativa cenográfica,
pois, além de situarem o público, serão usados como metáforas de poder.”. BINGO!!! Acertei na
minha “viagem”!!! Um cenário imponente, como o espetáculo
merecia.
MARICHILENE ARTISEVSKIS foi de uma felicidade total na proposta dos figurinos, os quais, além de bonitos e muito bem confeccionados, apresentam algo bastante interessante. São atuais, fugindo ao que deveriam ser as vestes da época em que se dá a história, porém um detalhe marca aquele período, que são as tradicionais golas, usadas, apenas, pelos personagens que pertencem à nobreza. Consta no “release”: “Figurinos, maquiagem, cabelos e ornamentos recebem nova leitura sobre a época medieval, sem perder sua essência histórica. Importante, por apresentar informações essenciais para a identificação dos personagens, o figurino é atualizado e não marcado ou datado, e sim atemporal.!. MARICHILENE mergulhou numa profunda pesquisa, para criar o seu excelente trabalho. Destaco os belíssimos figurinos da personagem MARY STUART e de sua rival.
Os figurinos
fazem parte de um conjunto, associados à maquiagem, cabelos e ornamentos
ou adereços pessoais, estes formado o visagismo, pelo qual é responsável
MARCOS PADILHA, num excelente trabalho de caracterização, que
contou, ainda, com o concurso de PIETRO SCHLAGER.
Agradou-me, profundamente, a iluminação,
assinada por WAGNER FREIRE, um consagrado profissional, nessa área, e
que vem trabalhando com o diretor há 40 anos, em,
aproximadamente, 35 espetáculos, o que, consequentemente, gera uma
cumplicidade muito grande, a ponto de “se conhecerem só pelo olhar de um
para o outro”. Tanto tempo de trabalho em parceria faz com que um artista
de criação consiga entender, com muito mais propriedade, as intenções do diretor,
para a elaboração de um desenho de luz que esteja a serviço de cada cena,
como aqui se dá. Segundo o iluminador, “A iluminação cênica é
sempre o último elemento de criação em uma obra. (...) Em 'MARY STUART', pretendemos
intensa interação entre cenários e projeções, já que a inspiração é em William
Kentridge, mundialmente conhecido por essa integração, criando uma
atmosfera ‘noir’, plena de luz e sombra, típica de castelos e
masmorras.”. Como essa iluminação é importante, nesta encenação,
e como a valoriza!
Para que um espetáculo teatral
dê certo, é imperativo que todos os envolvidos no projeto trabalhem com
o máximo de sua potência criativa, para que o conjunto de todos os elementos
de criação convirjam para um mesmo alvo. A parte musical não fica
fora disso. Uma boa trilha sonora, sublinhando as cenas, mantendo
uma profunda e direta relação com o clima que cada uma delas exige, é de suma
importância. DANIEL MAIA é quem assina a direção musical da peça
– leia-se: trilha sonora – e o faz de uma maneira muito correta.
Para servir de mais um atrativo, aos que me leem, fazendo-os sentir vontade de
assistir logo a este magnífico espetáculo, acrescento um texto que
retirei do “release”. São palavras do diretor musical: “A
música estará presente como uma trilha sonora de filme, pontuando os climas de
tensão e viradas da narrativa. Trará movimento e dinâmica para o jogo cênico
proposto no texto, pontuando as cenas e os atos, levando-os a patamares cada
vez mais densos e dramáticos deste ‘thriller’ de época, trazido para a contemporaneidade.
A estética musical será, ao mesmo tempo, grandiloquente, cinemática e
transgressora, usando cordas orquestrais, guitarras, bateria e sintetizadores.
O sistema ‘surround’ do Teatro do SESI-SP será amplamente utilizado para criar
uma imersão de texturas sonoras, na plateia, e, também, situar o público na
geografia dos acontecimentos do espetáculo”. Ainda com relação ao
elemento ora analisado, o diretor da peça conta que “a inspiração inicial é a de Rick Wakeman e sua
clássica obra ‘As Seis Mulheres de Henrique VIII’, álbum icônico dos anos
1970, em que o compositor, lançando mão de outro gênio, Bach, dedica uma música
para cada uma das mulheres do rei; e sabemos que uma das homenageadas, nessa
obra, é Ana Bolena, casada com Henrique, decapitada por ele, e mãe de Elizabeth,
de nossa peça”. Tenho
a acrescentar que esse álbum é um dos meus discos preferidos e que, fã
incondicional de Rick Wakeman, estou escrevendo esta crítica
tendo, ao fundo, o vinil do referido disco rodando na minha vitrola “vintage”.
Sou um profundo admirador de NELSON BARSKEVILLE, como encenador,
e sinto, a cada nova assinatura de direção dele, mais prazer em assitir
aos seus espetáculos. Tenho a impressão de que ele se supera, a cada
trabalho, por ser um artista tão sensível e inteligente, no seu ofício,
sempre com soluções criativas e belas. É admirável a sua leitura do
texto desta peça, a forma como ele transpôs a obra, das páginas de papel para
as tábuas de um palco. NELSON nos brinda com uma montagem
arrojada, imponente, moderna, “transgressora”,
vibrante e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, acessível ao grande público. Trata-se
de uma versão contemporânea dos bastidores da rivalidade histórica entre a rainha
da Escócia MARY STUART e a rainha da Inglaterra
ELIZABETH I. Em sua pesquisa, para dar forma à encenação de um texto
escrito em 1800, BARSKEVILLE dirigiu seu olhar para o universo “dark”
medieval das histórias de reis e rainhas, com o firme propósito de “trazê-la
para os dias de hoje, mantendo alguns elementos clássicos, como coroas e
vestimentas, sem prejuízo de sua essência e, ao mesmo tempo, tentar fazer com
que nos reconheçamos dentro desse mundo com suas injustiças e disputas
acirradas de poder”. Nesse sentido, afirmo que seu objetivo foi
amplamente alcançado, uma vez que conseguimos traçar paralelos entre aquela
acirrada disputa pelo poder e o que vemos acontecer no Brasil de
hoje e em outros países, próximos, ou não, a nós. Segundo o diretor, com
o que concordo plenamente, “O contraste claro/escuro, na iluminação e nas
cores dos cenários (Mais uma vez, esses dois elementos são realçados.) remete
ao cinema ‘noir’; assim como a luz indireta, ao expressionismo alemão”.
Da mesma forma fez Gustavo Paso, em sua, também, recente e excelente
leitura de “O Alienista”, que esteve em cartaz no início deste
ano, no Rio de Janeiro.
Há detalhes interessantíssimos, nesta
direção, que não poderiam ficar de fora, numa crítica que se
propõe a dissecar, a fundo, uma montagem teatral, como o fato de notar
que o diretor faz questão de nos mostrar que ambas as protagonistas,
ou melhor, a protagonista e a antagonista, estão aprisionadas;
uma, denotativamente falando, numa masmorra, e a outra, “em
seu mundo, cercado de homens, que tentam submetê-la
às suas regras”. Outro é o fato de os atores
estarem em cena, praticamente, o tempo todo, “para criar o clima
constante de que ninguém, nesse lugar, estará sozinho, mesmo que pense que sim;
pessoas escutam através das paredes e tramam”. Ainda merece destaque um detalhe que julgo ser
uma “pedra preciosa” nesta encenação, que é o fato de ELIZABETH,
durante toda a peça, estar segurando a coroa e apenas tê-la na cabeça
após a decapitação de MARY STUART, ordenada por ela. Seria temor? Seria
respeito? Seria medo? Seria a consciência de que aquela coroa pertencia a outra
pessoa, que ela mandou matar, e, só a partir daí, sentiu-se plena e com a
coragem de carregar o peso daquele objeto, que simboliza o poder? Só com a
morte de MARY, seu reinado não estaria ameaçado. Sempre atento às
inovações que a tecnologia vai agregando ao TEATRO, NELSON
BARSKEVILLE flerta, muito bem, com ANDRÉ GRYNWASK, responsável pela parte
audiovisual da peça, e ambos conseguem lindos efeitos de projeção – “videomapping”
– “de modo a executar duas funções narrativas: a de localizar o espectador
no período histórico e a de traduzir, em imagem, as conspirações e intrigas
políticas que constam do texto”. Mais uma vez, aplaudo, de pé, uma direção
de NELSON BARSKEVILLE.
A ficha técnica do espetáculo é extensa e eu não teria
condições de tecer comentáriios sobre o trabalho de cada um dos nomes que fazem
parte dela, mas faço questão de dizer que todos são importantíssimos nesta
montagem. Sendo assim, passo a comentar o trabalho de um formidável
elenco, encabeçado por VIRGINIA CAVENDISH (MARY STUART) e ANA
CECÍLIA COSTA (ELIZABETH I), elenco este que, do ponto de vista
técnico, apresenta aquela como a protagonista e esta como sua antagonista,
porém, em termos de rendimento no palco, todos mereceriam ser chamados
de protagonistas, por conta de interpretações vigorosas, profundamente
viscerais, como as de VIRGINIA, ANA CECÍLIA, CHRIS COUTO
(Hanna Kennedy, um “cão de guarda” de MARY,
extraordinária em sua interpretação.), GENÉZIO DE BARROS (Lorde Talbot,
conselheiro de ELIZABETH, também defensor de STUART.), CÉSAR
MELLO (Burleigh, um juiz inglês, conselheiro da rainha ELIZABETH,
firme em suas palavras.), FERNANDO PAVÃO (Conde
Leicester, um homem articulado, que tem adoração pelo poder e que transita
entre os dois lados, entre as duas rainhas, de acordo com seus interesses, exímio
em cada diferente posição que assumia.), JOELSON MEDEIROS (Paulet,
o carcereiro, de caráter meio indecifrável, de MARY STUART), IURI
SARAIVA (Brilhante no papel de Mortimer, jovem
fundamentalista, que faz de tudo para salvar MARY STUART.),
FERNANDO VITOR (Davison, funcionário do Estado, muito
fiel à rainha Elizabeth.), ALF BARROS (Aubespine e Melville.
O lorde Aubespine é o embaixador da França, que negocia o
casamento de ELIZABETH com o príncipe francês. Melville é um
padre escocês.) e LETÍCIA CALVOSA (Margaret, uma
aliada de MARY STUART, leal à rainha até o fim.).
Virginia Cavendish
Virginia Cavendish
Ana Cecília Costa
FICHA TÉCNICA:
Texto: Friedrich Schiller
Adaptação: Robert Icke
Tradução: Ricardo Lísias
Direção Artística: Nelson Baskerville
Assistência de Direção: Anna
Zêpa
Elenco: Virginia Cavendish, Ana
Cecília Costa, Chris Couto, Genézio de Barros, César Mello, Fernando Pavão,
Joelson Medeiros, Iuri Saraiva, Fernando Vitor, Alef Barros e Letícia Calvosa
Cenografia: Marisa Bentivegna
Assistência de Cenografia: Cezar
Renzi
Cenotecnia: Edilson Quina
Figurinos: Marichilene
Artisevskis
Costura: Judite Gerônimo de Lima
Envelhecimento de Figurino: Foquinha Cris
Alfaiate: Ismael de Souza Mendes
Iluminação: Wagner Freire
Direção Musical (Trilha Sonora):
Daniel Maia
Direção de Imagem e “Videomapping”:
André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Direção de Arte Gráfica: Giovani
Tozi
Fotografia: Priscila Prade
“Social Media”: Rodrigo
Chueri e Madu Araraki
Pesquisa: Luís Marcio Arnaut
Ilustrações: Luciano Feijão
Direção Vocal Interpretativa: Lúcia
Gayotto
Preparação Corporal: Tati Malhado
Consultoria Gestual: Sayonara Pereira
Visagismo: Marcos Padilha
Caracterização e Efeitização: Pietro Schlager
Adereços: Tetê Ribeiro
Direção de Produção: Giovani Tozi e
Virginia Cavendish
Produção Executiva: Felipe
Calixto
Assistência de Produção: Ana Nicássia
Camareira: Andrea Lima
Técnico de Luz: Júnior Docini
“Videomapper”: André
Grynwask
Técnico de som: Anderson Franco
Assessoria de Imprensa: M. Fernanda
Teixeira / Arteplural
Coordenação de Projeto: Casa Forte SP
Produções Artísticas
Apoio Administrativo: Lilian
Damasceno
Assessoria Jurídica: Martha
Macruz
Assessoria Contábil: Eliane Azevedo
Contabilidade
Concepção: Virginia
Cavendish
Realização: SESI – SP
Chris Couto
Genézio de Barros
SERVIÇO:
Temporada: De
19 de agosto a 27 de novembro de 2022.
Local: Teatro
do SESI – SP (Centro Cultural Firjan).
Endereço:
Avenida Paulista, nº 1313, Bela Vista, São Paulo – SP.
Telefone:
(11)3322-0050.
Dias e Horários:
Às quintas e sextas-feiras e aos sábados, às 20h; aos domingos, às 19h.
Capacidade:
456 lugares.
Valor dos
Ingressos: GRÁTIS, mediante reserva no “site” Meu Sesi (www.sesisp.org.br/eventos).
Duração: 110
minutos.
Indicação
Etária: 14 anos.
Gênero: Drama.
Iuri Saraiva
MARY STUART é
uma personagem histórica altamente romantizada, retratada na cultura popular há séculos. Sua história de vida e de reinado
é bastante complexa, envolvendo muitos personagens e incontáveis passagens;
difícil de ser entendida, quando se a lê, entretanto tudo é muito didático
nesta adaptação para o TEATRO.
Fernando Vitor
Alef Barros
Letícia Calvosa
Embora, na vida real, nunca tenham se conhecido pessoalmente, MARY e ELIZABETH mantiveram correspondência ao longo dos anos, e o fato de estarem em lados diametralmente opostos não as impediu de se tratarem com cordialidade e expressar preocupação e solidariedade em determinadas situações. “É difícil saber até que ponto esses sentimentos eram genuínos, da mesma forma como é difícil, também, saber até que ponto se desgostavam de fato ou quanto do cenário político da época, do medo e da pressão externa interferiram em suas concepções. Mesmo o olhar lançado sobre suas trajetórias foi, por muito tempo, delineado a partir de aspectos simplistas de suas personalidades, e, só mais recentemente, passou a assumir uma abordagem mais complexa, que permitiria observá-las para muito além da figura da heroína bela e romântica, no caso de Mary, ou da soberana fria e impassível, no de Elizabeth”.
A noite de 22 de setembro de 2022 ficará, para sempre, na minha memória afetiva, pela graça de ter assistido a um espetáculo impecável, tão belo quanto pungente, tão lírico quanto trágico, que eu recomendo, com o maior entusiasmo e que gostaria de rever.
FOTOS: PRISCILA PRADE
GALERIA PARTICULAR:
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
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TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO BRASILEIRO!!!
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