“PEDRO I”
ou
(INDEPENDÊNCIA
OU...
...LIBERDADE!)
ou
(REVISITANDO O PASSADO
PELA LENTE “CONSCIENTE”,
OU NÃO,
DO PRESENTE.)
Há
50 anos, em 1972, embora fosse estudante do Curso de
Letras, quase já formado, fui apresentado a um vocábulo do nosso
vernáculo, até então, desconhecido por mim, por seu raríssimo uso: “sesquicentenário”,
que corresponde ao período de 150 anos. Comemorava-se, naquele ano, o “sesquicentenário”
da independência do Brasil, do jugo de Portugal. Foi um
ano inteiro de muitas comemorações, ainda que o ditador de plantão, depois do
golpe militar de 1964, fosse o general emílio garrastazu
médici (Em mínúsculas mesmo, propositalmente, que
nenhuma deferência ele merece.).
Em
2022, ainda que saibamos, e que não nos é contado, nos bancos
escolares, o que, de fato, significou o “Grito do Ipiranga” e as
verdadeiras intenções que estavam por trás daquela “independência”,
de qualquer forma, era para que tivéssemos um ano repleto de comemorações, por
se tratar de dois séculos transcorridos, após aquele evento, no entanto comemorações
não houve; ao contrário, o que se viu, por iniciativa do Planalto,
no último 7 de setembro, dia em que se comemora o ato, foi algo
“de péssimo gosto”, UMA VERGONHA,
a serviço de uma propaganda eleitoral, em prol da reeleição do atual “mandatário”
da nação.
Felizmente,
um evento, pelo menos, guardarei, para sempre, na minha memória, e no meu
coração, ligado ao capítulo da independência do Brasil, no ano de
seu bicentenário, a peça “PEDRO I”, com texto de DANIEL
HERZ, ROBERTA BRISSON e JOÃO CAMPANY, um solo com direção
daquele e interpretação deste, em cartaz numa das dependências do Paço
Imperial, no Rio de Janeiro (VER SERVIÇO.).
A
peça é um monólogo, sim. E, para aqueles que já “torcem
logo o nariz”, quando sabem que se trata de um solo, vou logo
dizendo que tratem de “destorcê-lo”. “PEDRO
I” um dos melhores espetáculos em cartaz, no momento, na cidade do Rio de
Janeiro, com quatro sessões por semana, em horários muito
favoráveis e, o melhor de tudo, COM ENTRADA
FRANCA, mediante a retirada de um ingresso, meia hora antes do
início de cada sessão. Só não vai mesmo quem não quer assistir a um espetáculo
de extrema qualidade nem deseja aprender mais um pouco sobre a verdadeira
história do Brasil.
SINOPSE:
O drama
acompanha a tentativa delirante de DOM PEDRO I (JOÃO CAMPANY) de retomar
o poder, em 2022.
No processo,
ele enfrenta um artista, ator, que questiona os seus valores e
sua conduta em relação ao trono.
Porém, este
embate não é fácil.
DOM PEDRO é autoritário e o ator não pretende permitir que seu corpo seja
veículo para este governante de caráter e conduta duvidosas.
Quem vencerá?
A peça
imagina esse encontro inusitado entre D. PEDRO I e um ator de
hoje, no meio do caos em que a gente vive.
Não há como
não gostar deste espetáculo e de se apaixonar por ele nem de se deixar
envolver numa profunda reflexão, provocada pelos autores do texto, o diretor
e o ator que representa os dois personagens. “Como esse
ator vai lidar com os valores e ideias de um imperador tão explosivo, envolvido
em tantas polêmicas e atitudes controversas?” Esse é um questionamento
do diretor, DANIEL HERZ, que completa: “Fazemos uma provocação,
a partir de pensamentos tão diferentes, e levamos, à cena, reflexões para a
construção de um Brasil melhor”. É o que todos esperamos e que só
depende de nós. Devem muito a essa provocação as inúmeras possibilidades que o texto
nos oferece de travarmos um paralelo, uma comparação, guardas as
devidas proporções, com o atual (des)governo federal. Não é à toa que, por
várias vezes, indignado e perplexo, diante de tudo o que lhe diz o ator,
sobre as mazelas, os desmandos, os escândalos, a corrupção, a falta de empatia
e mais uma série de outras coisas que poderiam encorpar esta relação, que vêm
ocorrendo no Brasil de hoje, D. PEDRO lhe pergunta “Mas quem governa este país?”.
O projeto
parte de uma ideia notável e chega a uma conclusão de forma impecável.
Sua importância e originalidade já começam quando sabemos que a peça é
encenada dentro do Paço Imperial, que serviu de residência da família
imperial, até sua mudança para a Quinta da Boa Vista, no prédio em
que funcionava o Museu Nacional do Brasil, queimado e destruído,
em, praticamente, 100%, num incêndio, em 2018, por
total descaso, na sua manutenção, por parte dos governos federais, o atual e os
que o precederam. O Paço fica “colado” ao antigo
cais, na Praça XV de Novembro, onde, em 1808,
aportou D. João VI, pai de Pedro I, fugido de Portugal.
Não poderia ter sido melhor a ideia de se fazer naquele local a encenação
da peça, visto que ele, o Paço Imperial, está, totalmente,
inserido no contexto, como um personagem da narrativa,
“uma testemunha ocular da História”.
O eixo de
sustentação do espetáculo, o texto, é magnífico,
misturando, com muita maestria, ironia e um humor fino e mordaz,
ao mesmo tempo, elementos históricos e fictícios, “para lançar, ao
público, a pergunta: o legado do Primeiro Império é, realmente, positivo?”
Toda a ação, que dura pouco mais de uma hora, acompanha a relação entre dois
personagens: um artista do século 21, um ator, o próprio JOÃO CAMPANY,
e o Chefe de Estado do século 19, ambos os papéis esplendidamente
interpretados por JOÃO, não trocando de figurino, usando
apenas, um invejável e minucioso trabalho de voz e corpo. UMA
VERDADEIRA AULA DE INTERPRETAÇÃO TEATRAL.
Na história,
com fortes pinceladas de um certo realismo fantástico, PEDRO I, que
desfez nossos laços com a Coroa portuguesa e transformou o Brasil
em nação, retorna aqui, “não para ser louvado, e sim questionado”.
Creio que a inquirição maior deva ser direcionada sobre a quem, por
merecimento, deveria ser creditado tal feito, a princesa Leopoldina,
uma mulher sábia, inteligente, sensível, que amava o Brasil e a
quem não cabe, apenas, a citação como a esposa, traída
e ultrajada, de D. PEDRO I. Ela foi fundamental, no processo
de independência, que “implodiu” o Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves, visto que foi ela
quem convenceu José Bonifácio a aceitar a nomeação, para ser ministro
do Reino e dos Negócios Estrangeiros.
“Enquanto
o marido, Dom Pedro I, viajava a São Paulo, Dona Leopoldina, que estava
grávida, ficou na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e deu um grande passo
para a independência do Brasil. Nomeada como princesa regente, convocou
uma reunião extraordinária do Conselho de Estado, em 2 de setembro de
1822. No encontro, os conselheiros decidiram que o país não deveria mais
ser submetido à Coroa portuguesa. A princesa assinou a ata da reunião. Seguindo a
orientação do decreto de regência, de que ‘as medidas urgentes e salvação do
estado’ deveriam passar pela aprovação de DOM PEDRO, Dona Leopoldina escreveu
uma carta ao marido, em que dizia: ‘O Conselho de Estado aconselha-vos para
ficar. Meu coração de mulher e de esposa prevê desgraças, se partirmos agora
para Lisboa. O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer
para seu monarca.’. A princesa alertava para a urgência do rompimento e
dizia ainda: ‘O pomo está maduro. Colhei-o já, senão apodrece.’ Dona
Leopoldina também disse a DOM PEDRO I para seguir o conselho do ministro José
Bonifácio. Os dois compartilhavam da mesma posição sobre a ruptura com
Portugal. Aquelas palavras impulsionaram o ‘Grito do Ipiranga’. Diante da
situação delicada do país, DOM PEDRO proclamou a independência do Brasi,l em 7
de setembro de 1822.’ (Transcrito
de Radioagência Nacional).
Dessas
informações, deduz-se que “D. PEDRO I, não deu o ‘Grito’; ele ‘dublou’
a Princesa Leopoldina. Ele bradou, mas foi ela quem assinou o
documento pelo qual o Brasil estaria liberto. “Liberto?”.
Só acredita quem quiser. É só se lembrar das palavras de D. João VI,
pai do futuro primeiro imperador do Brasil, ao retornar a Portugal:
“PEDRO, se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para ti, que me
hás de respeitar, que para alguns
desses aventureiros!”. Atentem para o
detalhe destacado em vermelho. Dá para entender ou é preciso desenhar? O
mérito do imperador é, praticamente, nenhum, diante da coragem e do amor
daquela mulher pelo Brasil, o que, até hoje, não é devidamente
reconhecido. A mulher, como sempre, neste país, relegada a posições inferiores,
algo inadmissível e que tem que ser extirpado da nossa história e da nossa
cultura machista. Mas vou parando por aqui essas digressões históricas, uma vez
que não sou historiador e posso estar incorrendo em falar bobagens. Mas é o que
eu penso, depois de ler muito sobre a vida dessa admirável mulher: Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca de
Habsburgo-Lorena (O Maria só foi acrescentado
ao nome, antecedendo o Leopoldina, quando ela veio ao Brasil).
O texto deste
espetáculo é precioso, um diamante muito bem lapidado, com solilóquios
extremamente expressivos e necessários; a quebra, sempre pertinente, da quarta
parede; e diálogos artesanalmente construídos, mesclando realidades históricas
com críticas nadas sutis, mas sim escancaradas, à situação política, em todos
os sentidos, em que está mergulhado o país neste momento. São consideráveis,
ponderosas e extremamente interessantes, as citações de fatos recentes, como o
já citado incêndio do Museu Nacional do Brasil (“Mas
quem governa este país?”) e as inundações, constantes, na cidade de Petrópolis,
onde a família imperial tinha sua casa de veraneio, hoje, transformada em
museu, que dizimaram/dizimam tantas vidas (“Mas quem governa este país?”).
Diante de tantos horrores, catástrofes, que poderiam ser evitadas, o “espectro”
do imperador só faz ficar aterrado, escandalizado, a ponto de repetir,
algumas vezes, junto ao artista, a já citada indagação: “Mas quem
governa este país?”. Na verdade, a pergunta é dirigida, também, ou
principalmente, à plateia, objetivando uma reflexão nossa; e a resposta
nós sabemos, infelizmente.
Há cenas
antológicas, que ficarão, para sempre, nos anais do TEATRO BRASILEIRO,
como o banho de lama que o imperador toma, simbolizando as centenas de
mortos, soterrados por ela, não só em Petrópolis, mas em outras
cidades brasileiras, como Friburgo, cuja motivação são os
temporais, e Mariana e Brumadinho, por exemplo, por
conta do rompimento de barreiras, uma ampla metáfora, que pode ser
decodificada de muitas formas, sendo, a meu juízo, a principal delas o estado
de deterioração a que o Brasil foi, deliberadamente, “destinado”,
nos últimos quase quatro anos. Outro momento indelével, desta montagem,
é o que nos mostra a destruição do Museu, cena impactante e que
nos causa um misto de dor, tristeza e revolta.
Quem acredita
na proposta do espetáculo e se deixa levar por ela, de forma “plena”,
sem a menor preocupação em fazer qualquer tipo de concessão, consegue “enxergar”
todas as cenas, todos os fatos, todos os personagens, citados ou
representados. O que acabo de dizer não é para ser levado “ao pé da
letra”, evidentemente, mas, com um pouco de imaginação e entrega ao que
vê e ouve, o espectador consegue “vislumbrar” uma “Rainha
Louca”, Dona Maria I, perambulando pelos labirintos do Paço,
assim como “ouvir” seus gritos, dia e noite, descritos por PEDRO,
que a amava demais. É capaz, o espectador, de “ouvir”
os gemidos de gozo e prazer, saídos das bocas de PEDRO e Domitila,
a Titila, sua amante, na alcova da casa que ele mandou erguer
para ela, bem próximo à sua residência, o prédio que viria a se transformar no
já tão citado Museu Nacional do Brasil, no aristocrático, à
época, bairro de São Cristóvão. Também é capaz de “ouvir”
a voz doce da Princesa Leopoldina, conversando com Bonifácio.
É só se entregar à magia do TEATRO, porque condições para isso nos são
oferecidas, da primeira à última cena.
DANIEL HERZ parece se superar, em talento, a cada nova assinatura de
direção. Ele é muito detalhista e cuidadoso, no que faz, o que é ótimo –
eu me identifico muito com ele, nesse aspecto – e cria soluções
impressionantes, para traduzir, em linguagem cênica, o que está
registrado no papel. Logo de início, não há como não se interessar pelo que vai
ser mostrado, no decorrer do espetáculo, quando o diretor achou
por bem colocar PEDRO dentro de um “navio”, de volta ao Rio
de Janeiro, nos corredores do andar acima do local onde se dá,
praticamente, toda a encenação. E a gente “vê” a nau,
enfrentando um mar turbulento, encapelado, de ondas gigantescas e assustadoras,
e o desespero do personagem, dando ordens, como se ainda pudesse
fazê-lo, aos marinheiros, para que a embarcação não naufragasse. Fiquei excessivamente
encantado e impactado com a peça, logo nessa primeira cena. Além de um
dos mais talentosos diretores de TEATRO do Brasil, DANIEL também é
professor de interpretação teatral; é um formador de atores,
sabendo, dessa forma, como extrair o melhor de seus dirigidos, como o faz, mais
uma vez, neste “PEDRO I”. JOÃO CAMPANY passou a ser seu aluno,
depois de lhe ter feito o convite para dirigi-lo num projeto que ainda
estava na cabeça do ator: montar um espetáculo sobre D PEDRO I,
em função do bicentenário da independência do Brasil, no qual um personagem,
um ator, estaria homenageando sua mãe adotiva, transexual. Que ideia prodigiosa!
O diretor, que, até então, não conhecia o trabalho e o potencial do ator,
convidou-o a participar de suas aulas, na Casa de Cultura Laura Alvim,
para que ambos se conhecessem e tivessem a certeza de que poderia surgir uma “boa
química” entre os dois. E foi, exatamente, o que aconteceu, e a peça
foi surgindo desse convívio, professor/aluno, diretor/ator.
Que bom que esse encontro aconteceu! Em cena, um perfeito amálgama de
trabalho de direção e interpretação. DANIEL HERZ tem a noção exata
dos limites que cada uma de suas direções pode, e deve, alcançar; ele
sempre “comprime com o dedo certo e a intensidade justa da compressão”.
E isso sempre dá certo.
O trabalho de JOÃO
CAMPANY, na minha visão de crítico, é digno de indicações a
prêmios de TEATRO. Apesar de jovem, o rapaz se comporta, no “palco”
(chão), como um veterano, que já tivesse passado por muitas experiências
cênicas. Sou admirador de sua ARTE, desde quando o vi em trabalhos
anteriores ao que está sendo alvo desta crítica. Ele reúne, nesta montagem,
uma série de valores positivos, todos a favor da construção de seus dois
personagens: porte físico; postura; carisma; capacidade
de interagir com o público, de forma discreta, divertida e respeitosa; uma veia
“forte” para o humor, via sarcasmo... Quando, lá em cima, me referi
à sua atuação como “uma verdadeira aula de interpretação teatral”,
não o fiz levianamente nem por uma enorme simpatia que foi criada, durante
o tempo de duração do espetáculo, da minha parte para com JOÃO CAMPANY. A afirmação
estava, e está, calcada no talento que JOÃO demonstrou, entrando num
personagem e saindo dele, para dedicar-se a outro, de uma forma tão natural,
espontânea, apenas com um fantástico trabalho de corpo e de voz,
como já disse, acrescentado por máscaras faciais totalmente adequadas a cada
um dos personagens interpretados.
Mas, como TEATRO
é uma ARTE coletiva, DANIEL foi buscar excelentes
profissionais, artistas de criação, para agregar valores à montagem.
Assim, merecem créditos elogiosos várias pessoas. ANA CECÍLIA CABRAL é
uma delas, responsável pela excelente cenografia e pelo figurino
da peça. Naquela, a artista acrescentou elementos cênicos
à arquitetura do local da encenação, o que resultou numa simbiose
perfeita entre o que já existia e o que foi acrescentado. Com relação ao figurino,
também eu indicaria o nome de ANA CECÍLIA a uma premiação. Que
ideia mais genial foi aquela de vestir PEDRO com roupas de baixo, que
não merecem tanto destaque quanto o dólmã costumizado, longo, uma
espécie de túnica militar muito ornamentada, que o ator usa durante
quase toda a encenação. Que obra de arte impressionante! A
artista transformou, milimetricamente, uma peça em outra, totalmente “apodrecida”,
como o Império, furada, rasgada, suja, manchada, com decorações
corroídas pelo tempo... Um primor!
Foto: Gilberto Bartholo
Foto: Gilberto Bartholo
Foto: Gilberto Bartholo
Ainda dão a
sua preciosa colaboração, para a grandeza deste espetáculo, AURÉLIO DE SIMONI, assinando uma luz muito bonita, totalmente a serviço das
cenas, e PEDRO NÊGO, responsável pela trilha sonora original.
Como sugestão, ao mestre AURÉLIO, penso que, na cena do incêndio do Museu,
poderia ser retirada, se possível, toda a iluminação, para que o efeito
do sinistro pudesse ser melhor percebido pelo público, visto que não é
permitido, por motivo de segurança, utilizar fogo em cena. E com relação ao
trabalho de NÊGO, acho que suas inserções musicais “agasalham”,
adequadamente, todas as cenas em que estão presentes.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Daniel
Herz, João Campany e Roberta Brisson
Direção: Daniel
Herz
Assistente de Direção: Roberta
Brisson
Atuação: João
Campany
Cenário: Ana Cecília Cabral
Figurino: Ana Cecília Cabral
Iluminação: Aurélio de Simoni
Ilustrações, Edição
e Adereços: Ágatha Kreisler
Trilha Sonora Original: Pedro
Nêgo
Consultoria Histórica: Flávia
Campany
Fotografia: Patrick Gomez
Filmagem: Thassilo
Weber
Assessoria de
Imprensa: Racca Comunicação (Rachel Almeida)
Produção Executiva: João
Campany e Eduarda Magluta
Assistência de
Produção: Daniel Paz
Direção de Produção: Alina
Lyra
Idealização: João
Campany
Realização: Midiática
e Alina Lyra Produz
SERVIÇO:
Temporada: De
08 de setembro a 01 de outubro de 2022.
Local: Centro
Cultural do Patrimônio Paço Imperial / IPHAN.
Endereço: Praça
XV de Novembro, nº 48, Centro - Rio de Janeiro.
Telefone: (21)2215-1784.
Dias e Horários: Quintas-feiras
e sextas-feiras, às 17h30min; sábados e domingos, às 16h.
Ingressos: GRATUITOS,
com retirada de senhas, meia hora antes do início de cada sessão.
Lotação: 60
lugares.
Duração: 60
minutos.
Classificação: 12
anos.
Gênero:
Monólogo Dramático.
Foto: Júlia Campos
Foto: Júlia Campos.
Acredito que
já passou da hora de conhecermos a verdadeira história da nação
brasileira, e este formidável espetáculo nos dá essa oportunidade,
assim como, felizmente, alguns historiadores contemporâneos e professores de História,
armados da necessária coragem, ao lado da verdade, se ocupam em fazer isso. Como
diz o “release” da peça, enviado por RACHEL ALMEIDA (RACCA
COMUNICAÇÃO), “PEDRO I” “resgata a figura histórica, para
refletir sobre a eficácia do seu Governo, os atos impulsivos, o início da
corrupção no Brasil e o machismo que sempre esteve presente em suas relações
familiares”. “A liberdade é diferente de independência. DOM PEDRO
proclamou a independência de um país em relação a outro, que o colonizava. Mas
será que, com isso, ele, realmente, garantiu a liberdade das várias etnias que
povoam o Brasil?”, questiona JOÃO CAMPANY. “Ao fazer uma
reflexão sobre esse período histórico, procuramos entender de onde vêm muitas
questões que se apresentam, até hoje, pra nós, como o racismo e a misoginia,
por exemplo. A ideia de relembrar, para não repetir os erros do passado, se une
à necessidade de lutar, diariamente, por uma sociedade mais igualitária”,
completa a coautora ROBERTA BRISSON.
Processo 1.
(João Campany e Daniel Herz)
Processo 2.
(João Campany e Daniel Herz)
É por isso que
repito que este espetáculo é um dos melhores em cartaz, no momento, no Rio de
Janeiro. E acrescento: um dos melhores a que assisti este ano. Os que me leem não podem
perder, de forma alguma, essa oportunidade de, talvez, também fazer parte da
nossa História.
RECOMENDO, COM
TOTAL SINCERIDADE, ESTE MAGNÍFICO ESPETÁCULO!!!
FOTOS: PATRICK GOMEZ
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
COMPARTILHEM ESTE
TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO BRASILEIRO!!!
Gilberto,
ResponderExcluirque feliz em ler suas palavras e ver que o nosso trabalho no palco está servindo, também, como um presente pra sociedade brasileira sobre o Primeiro Império nesse Bicentenário da Independência.
Obrigado pelas sinceras palavras. Sua opinião é muito importante pra mim e pra classe artística. Fico muito grato por seus elogiosos apontamentos sobre a nossa peça teatral.
Forte abraço.