“CAIXA NINHO”
ou
(“ENCANTAMENTO”
TRADUZ TUDO.)
ou
(EU VI UM
PASSARINHO.
VI, SIM.
ORA, SE VI!)
Ainda que eu seja um frequentador assíduo de espetáculos
infantojuvenis, estive presente, pela primeira vez, a um “diferente”,
voltado para a primeira infância e recomendado, principalmente, para
crianças de um a seis anos de idade. Falo de “CAIXA NINHO”, em
cartaz no Teatro 1, do Sesc Tijuca (VER
SERVIÇO.).
Pelo
fato de ser esta a minha primeira experiência desse tipo, em que o público,
crianças e adultos, fica no palco, mas eu permaneci na primeira fila, numa
poltrona, por conta da minha dificuldade de aguentar 40 minutos sentado
no chão, por causa de uma limitação física, perdi um pouco da experiência e
pretendo falar apenas do que vi – e, é claro, senti, não como os outros -, como
um espectador, pai, avô e educador. Do crítico, vai menos. Já adianto que,
talvez, eu me utilize mais das palavras que estão no “release”,
que recebi de CLÁUDIA TISATO (Assessoria de imprensa), com adaptações e
cortes, do que das minhas próprias. Falarei da proposta dos envolvidos
no projeto e de como aquela experiência chegou até mim e aos demais que
dela participaram.
Em primeiro lugar, fiquei muito feliz, ao saber que os artistas que nos apresentam o espetáculo vieram de Santa Catarina, mais um exemplo de que, em TEATRO, não só o eixo Rio / São Paulo importa e produz coisas boas.
“CAIXA NINHO” é uma peça inédita da “ERANOS
CÍRCULO DE ARTE”, que vem colecionando admiradores pela sua concepção de
espetáculo para o universo da primeira infância (1 a 6 anos).
No palco, a atriz SANDRA COELHO recebe os pequenos e faz a
história acontecer, de acordo com a colaboração e a participação deles - e os pais são
convidados a sentarem neste palco especial e participarem das ações em
conjunto. O conteúdo do cenário é composto por uma iluminação
especial, música ao vivo e projeções, que caminham,
paralelamente, para proporcionar um espaço lúdico, em que o fascínio pelo lugar,
repleto de caixas de papelão – 700 - é refletido no olhar das
crianças, a cada sessão. Dessa forma, o espetáculo, da companhia
de Itajaí, consegue estimular a imaginação e a criatividade dos
pequenos, desde o primeiro minuto. E, no final, um presente: as crianças
recebem uma réplica da caixa, em formato de passarinho, usada na peça.
A iluminação do espetáculo e a música estão no
pacote de diferenciais de “CAIXA NINHO”, ficando a cargo da premiada HEDRA
ROCKENBACH, “sound designer”, musicista, iluminadora,
coordenadora e diretora técnica. Ela é a compositora e intérprete
de todas as ambientações sonoras da peça. Ao vivo, HEDRA funciona como uma "DJ", colocando a música ambiente e, também, cantando, em solfejo,
algumas frases.
“Som ao vivo já faz parte da minha identidade, como ‘Performer’. Som,
luz e projeção trabalham junto à atuação, cenário e elementos de cena. Além do
som, opero luz e projeção e, quando possível, integrando esses três elementos.
Para o ‘CAIXA NINHO’, a ideia era criar uma trilha bem tranquila, que pudesse
ser um contraponto ao excesso da vida digital, ainda mais nesse período da volta
ao presencial, criando um foco na brincadeira com as caixas de papelão e
que, aos poucos, vai revelando uma história, que a trilha cantada vai dando
pistas do que acontece. Os timbres que emulam instrumentos de sopro, misturados
com timbres eletrônicos, dão uma leveza necessária para representar esse ‘mundo
pássaro’. Frases curtas cantadas, como ‘NINHO, VOU FAZER UM NINHO’, ‘MAS O DIA
JÁ RAIOU’, ‘TÔ ESPERANDO, CADÊ VOCÊS’, ‘QUERO VOAR’, vão conduzindo as ações da
atriz, que não utiliza a fala, para contar a história. Então, a trilha cantada
se faz necessária, para articular esse entendimento da ação. O resultado é uma
experiência sensorial, trabalhando junto com o todo”, descreve HEDRA.
“CAIXA NINHO” é um acontecimento teatral para a primeira infância, no qual as
crianças são convidadas a entrar num universo de caixas de papelão - um cenário
intimista, lúdico e modular -, um espaço compartilhado de relação e construção, em que tudo é possível. Neste mundo de caixas, crianças e adultos encontram um
ninho e presenciam os primeiros voos de uma caixa passarinho.
A atriz SANDRA COELHO fica junto às caixas e estabelece
este vínculo de construção e acolhimento. “A relação que as crianças
estabelecem com as caixas – compreendidas, aqui, como brinquedos não estruturados,
ou seja, não possuem uma funcionalidade específica -, foi o ponto de partida
para a criação da peça.” - completa a atriz.
Desde o início da pandemia, a companhia investiga o uso de caixas
de papelão e TEATRO de animação, assim como suas relações de jogo, na composição
teatral para a infância. A intenção é continuar esta pesquisa, dessa vez,
de maneira presencial, em “CAIXA NINHO”. O cenário da peça
é composto por 700 caixas de papelão, em uma ideia de construção
cenográfica fluída, em que a criança que participa do espetáculo
possa interagir fisicamente, tornando-se, também, protagonista, na
relação e composição do espaço cênico e do jogo dramatúrgico, com
mediação e condução da atriz.
Não vejo como criar uma SINOPSE para este espetáculo, uma vez que penso já ter sido tudo dito nos parágrafos anteriores. O que posso acrescentar é que vivi uma experiência para lá de enriquecedora, na observação do espetáculo, o qual, a despeito de cada sessão ser diferente da outra, já que o resultado final, ao término dos 40 minutos de sua duração, vai depender, diretamente, do grau de receptividade e participação das crianças.
FICHA TÉCNICA:
Pesquisa e Autoria: Sandra Coelho e Leandro Maman
Atuação: Sandra Coelho
Ambientação Sonora: Hedra Rockenbach
Direção Geral e Confecção de Bonecos: Leandro
Marman
Supervisão Artística: Adriano Guimarães
Assessoria de Animação: Luiz André
Cherubini
Assessoria Pedagógica: Diego de
Medeiros Pereira
Espetáculo produzido através do Edital Sesc RJ Pulsar 2022.
SERVIÇO:
Temporada: De 02 a 31 de julho de 2022.
Local: Sesc Tijuca - Teatro 1.
Endereço: Rua Barão de Mesquita, 539 –
Tijuca – Rio de Janeiro.
Dias e Horários: Sábados, às 16h, e
domingos, às 11h e 16h.
Valor dos Ingressos:
Grátis (PCG); R$2,00 (Credencial Plena); R$5,00 (meia entrada); e R$10,00
(inteira).
Horário de Funcionamento da Bilheteria:
De terça-feira a domingo, de 9h às 17h.
Classificação Indicativa: Livre.
Duração: 40 minutos.
Lotação: 60 lugares.
Gênero: Infantil (Primeira Infância - de 1 a 6 anos).
Como espectador, saí do Teatro
totalmente encantado, com o espetáculo, por sua qualidade, em
termos de plasticidade, criatividade e todos os demais elementos
de criação artística, sem falar, evidentemente, no seu valor didático. É impressionante perceber que as crianças "viram" um ovo, dentro de uma "CAIXA NINHO", eclodir e, de repente, "um passarinho sair voando". Uma "viagem" fascinante! Uma emoção indescritível!
Na condição de pai e avô, vi que eu sempre
estive certo, ao levar meus filhos, desde cedo, ao TEATRO, sempre
incentivando-os, depois de adultos, a levar, também, os seus, meus netos, pois,
com muita propriedade, repito, sempre, que o TEATRO é algo mais que
necessário, como se fizesse parte de uma “cesta básica”, à educação
de uma criança e formação de um cidadão.
Como crítico de TEATRO, ainda que não
considere, na verdade, estes meus escritos, como uma crítica, no feitio
a que estou acostumado a escrever, não vi um senão naquele palco.
Todas as considerações acima também estão incluídas na minha
porção educador, de Ensino Fundamental, Médio e Superior,
profissão exercida, com muita honra e dedicação, durante 47 anos.
Só me resta RECOMENDAR “CAIXA
NINHO” ao maior número possível dos meus habituais leitores. E que
estes compartilhem estes escritos, como uma forma de se criar uma grande
corrente de divulgação de algo tão especial e fundamental, para a educação
plena de uma criança.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
e
GILBERTO BARTHOLO
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
COMPARTILHEM ESTE
TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
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