segunda-feira, 29 de maio de 2017


"TUDO AO CONTRÁRIO -
A CENA

EM PROL

DA VIDA"

 

(UMA NOITE DE GRANDES E AGRADÁVEIS SURPRESAS.

ou

UM DESFILE DE TALENTO DO ARTISTA BRASILEIRO.)
 


 

 

            A noite do dia 23 próximo passado (maio / 2017) (3ª feira) foi especialíssima, para quem ama o TEATRO MUSICAL BRASILEIRO e respeita todos os tipos de diversidades, além de gostar de colaborar com as causas mais justas.

            Realizou-se, no lindo Teatro Riachuelo, a segunda edição de um evento anual, idealizado por CAIO LOKI e realizado pelo CEFTEM (REINER TENENTE) e JOÃO FONSECA, chamado “TUDO AO CONTRÁRIO – A CENA EM PROL DA VIDA”, com a renda destinada à SOCIEDADE VIVA CAZUZA, que tem à frente uma mulher digna de nosso respeito e homenagem, LUCINHA ARAÚJO.

            Antes de tecer comentários sobre o espetáculo, vou tirar algumas “colas”. Primeiro, do programa da peça:

            “Inspirado pelo evento anual ‘BROADWAY BACKWARDS’ e autorizado pela BROADWAY CARES / EQUITY FIGHTS AIDS, ONG americana, responsável pelo evento beneficente em Nova York, ‘TUDO AO CONTRÁRIO – A CENA EM PROL DA VIDA’ é um ‘show’, com repertório de musicais brasileiros e americanos, que tem, como principal característica, a celebração da diversidade e da vida.

            Assim como no ‘BROADWAY BACKWARDS’, é através da inversão do gênero dos/das personagens, nos números apresentados - atores cantando canções femininas e vice-versa - que encaramos o desafio, cada vez mais necessário, de nos colocarmos no lugar do outro e, através da nossa arte, contribuir para a construção – ou seria desconstrução? – de um mundo mais solidário e empático.

            O principal objetivo deste evento beneficente é angariar fundos para a SOCIEDADE VIVA CAZUZA e lutar, de maneira artística, a favor da vida e do respeito universal.

            Agora uma “cola” do “release”, com adaptações, enviado por ALAN DINIZ (XAVANTE COMUNICAÇÃO):

“Como o próprio nome já diz, é hora de uma inversão geral: a luta de Lúcia e Teresinha, em ‘O meu amor’ (‘A ópera do malandro’) é recriada por homens. Até mesmo célebres princesas, como Cinderella, Bela Adormecida e Branca de Neve surgirão, com uma dose extra de testosterona. Homens interpretam canções femininas e vice-versa, em uma celebração da diversidade, principal objetivo do projeto.

O roteiro inclui trechos de alguns dos mais importantes musicais brasileiros e americanos, como ‘A Ópera Do Malandro’, ‘Cambaio’, ‘Company’, ‘Les Misérables’, ‘Chicago’, ‘Rocky Horror Show’, ‘A Bela e a Fera’, ‘Hair’, ‘Rent’, ‘Nine’ e outros, com direito, até mesmo, a números vindos diretamente do cinema, de filmes, como ‘La La Land’, ‘Moulin Rouge’ e ‘Priscila, a Rainha do Deserto’.
 
 


O elenco reúne muitos dos principais nomes do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, em apresentações solo, duetos ou em grupo. SORAYA RAVENLE, REINER TENENTE, VICTOR MAIA, MARCELO FERRARI, RODRIGO MORURA, MARYA BRAVO, STELLA MARIA RODRIGUES, WLADIMIR PINHEIRO, OSCAR FABIÃO, HUGO KERT, LEO BAHIA, KACAU GOMES, SAULO SEGRETO, NEY LATORRACA, JORGE MAYA, MARCELO NOGUEIRA, PABLO ÁSCOLI, EVELYN CASTRO, THATI LOPES, TIAGO ABRAVANEL, GABRIEL LEONE, ELINE PORTO, ESTRELA BLANCO, LUA BLANCO, MARIAH VIAMONTE, THIAGO MARINHO, VINÍCIUS TEIXEIRA, ANALU PIMENTA, CÁSSIA RAQUEL, CLÁUDIA NETTO, LILIAN VALESKA, JARBAS HOMEM DE MELO, GABRIEL STAUFFER, FABIANA TOLENTINO, CLÁUDIO LINS, ÍCARO SILVA, MARCELO VÁRZEA, GOTTSHA, ANDRÉ DIAS, IZABELA BICALHO, TADEU AGUIAR, WLADIMIR PINHEIRO E TACY DE CAMPOS são alguns dos nomes dos que se apresentarão”.

Agora, voltando ao presente, ao todo, foram quase cem artistas que se apresentaram.

Consagrados nomes do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO apresentando-se, misturados a talentosos jovens iniciantes nesse gênero, e com tanta generosidade e troca, é algo comovente e gratificante.

O evento foi, inicialmente, idealizado por CAIO LOKI (LOKI ENTRETENIMENTO). Este ano, contou, ainda, com a parceria cultural da AVENTURA ENTRETENIMENTO e apoio do Teatro Riachuelo.


 



 
FICHA TÉCNICA:

Idealização: Caio Loki
Direção: João Fonseca e Reiner Tenente
Assistente de Direção: Pedro Pedruzzi
Direção Musical: Tony Lucchesi
Orquestração: Alexandre Queiroz
Coreografias: Victor Maia
Coreógrafos Convidados: Alex Neoral (Assistentes: Clarice Silva e Carol Pires) e Clara da Costa (Assistente: Bella Mac)
Iluminação: Luiz Paulo Nenen e Dani Sanchez
Canhão: Alexandre Farias e Vanessa Alves
Cenografia: Nello Marrese
Sound Designer: Haikai Áudio
Operação de Som: Talita Kuroda e Tiago Chaves
Microfonistas: Adriana Lima, Camille Lago, Luiza Ventura e Marcus Frech
Direção de Produção: Gabriel Querino, Joana Mendes e Reiner Tenente
Assistente de Produção: Gabriela Tavares
Voluntários: Fernando Leão, Gabriela Levaskevicius, João Miranda, Jordan Cardoso, Marianna Alexandre, Milene Cauzin, Rhuan Santos, Tucá Muniz e Wilson Granja
Vídeo e Edição: Leonardo Rocha
Fotógrafos: Clarissa Ribeiro e Gabi Castro
Programação Visual: Caio Loki
Assessoria de Imprensa: Xavante Comunicação   
Realização: CEFTEM
 


 


            Todos os números foram acompanhados por uma excelente banda, formada pelos seguintes músicos: TONY LUCCHESI (piano e regência); ALEXANDRE QUEIROZ (teclado); LEO BANDEIRA (bateria e percussão); PEDRO AUNE (baixo); LUIZ FELIPE FERREIRA (violino); THAIS FERREIRA (violoncelo) e VÍTOR DE MEDEIROS (sax alto, sax barítono, flauta e clarinete).

Segue o roteiro do “show”, acompanhado de alguns comentários:

1) “DOCE TRAVESTI” (“THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW”), com Gottsha. Coro: Diana Cataldo, Gabi Porto e Maíra Garrido. Versão: Claudio Botelho.

COMENTÁRIO: Foi muito bem escolhido o número de abertura do “show”. Gottsha, que fez parte do elenco do musical, recentemente apresentado em São Paulo - ao qual assisti duas vezes - e, ainda, aguardado pelos cariocas, já deu o tom do que seria aquela noite. O sucesso do evento já estava garantido, pois Gottsha conseguiu mexer com os mil espectadores, que lotaram o Teatro Riachuelo, com seu carisma e talento.
 
 
 
 
 
 

2) “NOT GETTING MARRIED TODAY” (“COMPANY”), com Reiner Tenente, João Fonseca e Tony Lucchesi. Versão: Claudio Botelho.

COMENTÁRIO: É sempre bom ver o João Fonseca ator, o que, faz tempo, passou a ser uma raridade, desde que resolveu se dedicar à direção, por sinal, de alguns dos melhores espetáculos já encenados nos últimos tempos. Foi uma “participação afetiva”, ao lado do amigo e parceiro de tantos trabalhos, Reiner Tenente, que divertiu muito a plateia.
 
 
 
 
 
 
 
 

3) “ON MY OWN” (LES MISÉRABLES), com Jarbas Homem de Mello. Versão: Claudio Botelho.

COMENTÁRIO: Este foi um dos momentos de maior emoção da noite, quando Jarbas, ao cantar, magnificamente, prestou uma linda e comovente homenagem a seu grande amigo e um dos maiores nomes do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, falecido há poucos dias, Marcos Tumura. Jarbas cantou com a garganta e o coração, deixou a alma voar, levando às lágrimas muitos espectadores, dentre os quais me alinho. Quero registrar que, além de grande bailarino e ator, Jarbas vem demonstrando, nos seus últimos trabalhos, um amadurecimento impressionante no cantar. Foi, sem dúvida, um dos grandes destaques da noite.

 




4) “A VOLTA DO MALANDRO” (“ÓPERA DO MALANDRO”), com Izabela Bicalho e Tacy de Campos.

COMENTÁRIO: Izabela e Tacy se comportaram muito bem em cena, aliando, às suas ótimas vozes, toda uma postura exigida pelo personagem, um malandro carioca, ou, pelo menos, aquilo que se convencionou ser o protótipo do personagem. Duas vozes contrastantes, que combinaram muito bem.
 





5) “TODA NOITE” (“O BEIJO NO ASFALTO”), com Claudio Lins.

COMENTÁRIO: Outro grande destaque da noite. A canção, também da autoria de Claudio, é uma das mais belas do espetáculo e ganhava um brilho todo especial, no contexto da cena, interpretada por uma das maiores cantrizes do nosso TEATRO MUSICAL, Laila Garin, que fez falta naquela noite. Cláudio deixou extravasar seu talento e emoção e cantou com a alma feminina, arrancando muitos aplausos do público; meus, especialmente.
 
 


6) “CELL BLOCK TANGO” (“CHICAGO”), Gabriel Querino, Gustavo Klein, Marcelo Ferrari, Márcio Jahú, Rodrigo Morura e Victor Maia. Versão: Claudio Botelho.

COMENTÁRIO: Número bastante divertido, que deu oportunidade aos atores de mostrar uma grande versatilidade em cena.
 
 




7) “EU PRECISO DIZER QUE TE AMO” (“CAZUZA, PRO DIA NASCER FELIZ – O MUSICAL”), com Marya Bravo e Stella “Maria Rodrigues.

COMENTÁRIO: Duas grandes cantrizes se reuniram para interpretar uma canção de letra tão simples e singela, conseguindo valorizá-la, com suas belas vozes e interpretações. O toque de “ingenuidade” e pureza na noite.


 

8) “AND I AM TELLING YOU” (“DREAMGIRLS”), com Wladimir Pinheiro.

COMENTÁRIO: Neste número solo, Wladimir nos mostrou, mais uma vez, o seu potencial vocal e como deve se portar, em cena, um cantor de musicais. Foi ovacionado pelo público.


 

9) “É UMA PARTIDA DE FUTEBOL (“SAMBA FUTEBOL CLUBE”), com Bel Lima, Claire Nativel, Diana Cataldo, Gabi Porto, Joana Mendes, Júlia Morganti, Lyv Ziese, Maíra Garrido, Marina Motta, Tecca Ferreira e Thainá Gallo.

COMENTÁRIO: Completamente à vontade, em cena, o grupo de atrizes reviveu uma cena de um dos musicais que mais sucesso fizeram, nos últimos anos, genuinamente brasileiro, com direito a um grito de empoderamento, ao final do número, quando todas, levantando as camisas de clubes de futebol, que usavam, deixaram, por dois ou três segundos, os seios à mostra, num “desafio” aos moralistas e puritanos, com direito a um grito de guerra: “RESPEITA AS MINA!”. Algo, certamente, inesperado, mas muito bem aceito pelo público presente.
 
 
 
 

10) “WHITE BOYS / BLACK BOYS” (“HAIR”), com Ícaro Silva, André Sigom, Nando Brandão (White Boys), Renan Mattos, André Vieri e Oscar Fabião (Black Boys). Versão: Claudio Botelho.

COMENTÁRIO: Canção das mais conhecidas do musical “Hair”, de cuja primeira montagem, no Brasil, fiz parte do elenco (1970/71), a cena, que, no original, é feita por mulheres, aqui, além de ser defendida por homens, três brancos e três negros, as raças também foram trocadas. Exemplo maior de diversidade e respeito às diferenças não poderia haver, sem falar na excelente interpretação dos seis ótimos atores.

 

 

11) “CAMBAIO” (“CAMBAIO”), com Soraya Ravenle.

COMENTÁRIO: Extraído de outro grande musical genuinamente brasileiro, este número também chamou a atenção da plateia, não só pela sua força, em si, graças à letra e à melodia, mas também pela inesquecível interpretação de Soraya, que dominou, literalmente, todo o imenso palco do Teatro Riachuelo. Não sei se houve marcações, por parte da direção, ou se a atriz comandou, independentemente, seus passos pelo palco, mas o fato é que uma única atriz, de baixa estatura e de modesta compleição física, preencheu todo o espaço cênico, com deslocamentos arrebatadores, seguindo a letra da canção. Uma obra-prima a apresentação de Soraya!




 

12) “MY MAN” (“FUNNY GIRL”), com André Dias.

COMENTÁRIO: É impossível negar elogios à interpretação desta canção, da maneira como André a levou para o palco, explorando os agudos que ela exige e fazendo uma leitura que jamais eu poderia imaginar na voz de um homem.


 

13) “O MEU AMOR! (“ÓPERA DO MALANDRO”), com Gabriel Stauffer, Hugo Kert, Leo Bahia e Marcelo Várzea. Participação especial: Pedro Pedruzzi.
 
COMENTÁRIO: O duelo entre duas mulheres, Lúcia e Terezinha, por um mesmo macho, o cafajeste Max Overseas, cantando uma canção de letra picante e erótica, caiu muito bem no colo de quatro atores, excelentes, por sinal, que representaram as duas apaixonadas, em dose dupla. Cada um dos quatro parecia “duelar” mesmo por ser o melhor em cena. O resultado dessa “contenda” foi um dos melhores números do espetáculo.
 
 


14) “I’LL COVER YOU” (“RENT”), Kacau Gomes e Lílian Valeska. Versão: André Dias e Maurício Xavier.

COMENTÁRIO: Uma das minhas canções preferidas deste musical, também um dos que ocupam a minha preferência, foi brilhantemente interpretada por duas divas dos musicais. Kacau e Lílian deram um “show” de interpretação.
 
 
 
 
 
 


15) “SOU GAY E TUDO BEM” (“ANOTHER DAY OF SUN”) (“LA LA LAND”), com Bel Lima, Bruno Rasa, Carol Botelho, Fabiana Tolentino, Fernanda Gabriela, Gabi Porto, Leonam Moares, Philipe Carneiro, Saulo Segreto e o Ballet Focus Cia. de Dança (Carol Pires, Clarice Silva, Cosme Gregory, Eléonore Guisnet, Gabriela Leite, José Villaça, Lucas Nunes, Márcio Jahú e Mônica Burity). Versão: Bruno Camurati.

COMENTÁRIO: Excelente cena, contando com a luxuosa participação de uma companhia de balé, grande detalhe que enriqueceu a apresentação.
 
 


16) “TEREZINHA” (“ÓPERA DO MALANDRO”), com Ney Latorraca.

COMENTÁRIO: Com sua irreverência e humor cáustico, Ney, “subvertendo” a organização da festa, saiu da plateia, para apresentar seu número, fazendo, como já o faz no musical “Vamp”, em final de temporada no mesmo Teatro Riachuelo, piadas e improvisações com a plateia, abusando de “cacos”, uma de suas marcas principais. Só que tudo funciona bem e o público vai à loucura. Cônscio de que não é um cantor, confessou-o, em público, sentou-se na escada, que dá acesso ao palco, retirou, do bolso, a letra da canção que deveria cantar e, praticamente, a declamou, tendo sido efusivamente aplaudido, mais por seu carisma e respeito aos seus 75 anos de idade, a maior parte deles a serviço do TEATRO.





 
17) “MEDLEY PRINCESAS DA DISNEY”, com Caio Loki, Jorge Maya, Marcelo Nogueira, Mau Alves e Pablo Áscoli.

COMENTÁRIO: Definitivamente, o número mais leve e engraçado de todo o “show”. Um ótimo texto, de humor refinado e, às vezes, escrachado, dito por cinco grandes atores, na pele das inocentes e cândidas princesas dos desenhos animados. Cada um, à sua maneira, soube tirar partido da sua “mocinha” e a plateia vibrou com o número. Afinal, não é todo dia, por exemplo, que se vê um Jorge Maya, por exemplo, vestido, estilizadamente, de Branca de Neve.






 

18) “MEDLEY A BELA E A FERA” (“A BELA E A FERA”), com Evelyn Castro e Thati Lopes (Participação especial de João Fonseca e Pedro Pedruzzi).

COMENTÁRIO: Se outro número competiu, em humor, com o anterior, este foi o de Evelyn e Thati. Nem mesmo as duas excelentes atrizes conseguiam conter o riso em cena, de tão bem escrito que era. Uma “química”, daquelas que raramente acontecem em cena, existiu entre as duas atrizes, que fizeram o público dar boas gargalhadas.

 

19) “AS IF WE NEVER SAID GOODBYE” (“SUNSET BOULEVARD”), com Tadeu Aguiar.

COMENTÁRIO: Sem muitos comentários. Acho que nunca vi Tadeu cantar tão bem, e, ainda por cima, uma canção belíssima, que exige muito de quem a interpreta. Foi uma das mais belas imagens registradas no palco, vê-lo impecavelmente vestido e emoldurado por uma luz fascinante, sobre a qual falarei adiante.
 
 
 
 
 

20) “LOUD (MATILDA - O MUSICAL”), com Victor Maia, André Guedes, Gabriel Querino. Coro: Anderson Rosa, Andressa Tristão, Anna Júlia Dias, Bel Lima, Camila Matoso, Clara da Costa, Daniel Haidar, Gabriela Tavares, Kaique Lopes, Marina Mota, Wesley Carneiro e Yuri Izar. Pit Singer: Diana Cataldo, Gabi Porto e Maíra Garrido. Versão: Bruno Camurati.

COMENTÁRIO: Um número que chamou mais a atenção pela movimentação dos atores em cena, muito bem ensaiado e executado.
 
 


21) “MARIA” (WEST SIDE STORY), com Claudia Netto.

COMENTÁRIO: Nunca poderia acreditar que, um dia, veria essa belíssima canção, uma verdadeira declaração de amor do personagem Tony, antigo líder da gangue de brancos anglo-saxônicos, chamados de Jets, apaixonado por Maria, irmã do líder da gangue rival, os Sharks, formada por imigrantes porto-riquenhos, cantada por uma mulher. Eu só não tinha me lembrado de que, no palco, estava Claudia Netto, uma das mais representativas atrizes de musicais, com uma bagagem invejável, em seu currículo. Claudia emocionou o público de tal forma, que foi uma das atrações mais aplaudidas da noite. Interpretação inesquecível!
 
 


22) “ELEPHANT LOVE MEDLEY” (“MOULIN ROUGE”), Gabriel Leone e Raphael Rossato.

COMENTÁRIO: Lindo número, os dois atores esbanjando sensualidade em cena e cantando lindamente. Foi, para mim, uma as mais agradáveis surpresas da noite.
 
 
 
 
 
 
 


23) “BE ITALIAN” (“NINE”), com Tiago Abravanel. Coro: André Vieri, Bruno Rasa, Gabriel Querino, Leonam Moraes, Mau Alves, Oscar Fabião, Pedro Pedruzzi, Saulo Segreto e Vinícius Teixeira. Versão Claudio Botelho.

COMENTÁRIO: Confesso que, ao ver, antes do início do espetáculo, o programa do “show”, foi um dos números pelos quais eu mais aguardava. Ver Tiago Abravanel, a despeito de seu imenso talento, fazendo o que Myra Ruiz fez na montagem original, como Sarraghina, parecia-me um dos maiores desafios da noite. E não é que ele nos surpreendeu, a todos, com uma brilhante interpretação, muito bem coadjuvado pelos demais atores!!! Além de tudo, ainda havia a famosa coreografia, com pandeiros, de difícil execução, que todos, da forma mais correta possível, executaram. Um dos pontos altos da noite!!!








 
24) “MEDLEY O DESPERTAR DA PRIMAVERA” (“O DESPERTAR DA PRIMAVERA”), com Claire Nativel, Eline Porto, Estrela Blanco, Gabriel Peregrino, Gabriel Stauffer, Hugo Kert, Ingrid Manzini, Leo Bahia, Lyv Ziese, Lua Blanco, Mariah Viamonte. Philipe Carneiro, Thiago Marinho e Vinícius Teixeira. Versão: Claudio Botelho.

COMENTÁRIO: Eu sabia que, nessa hora, meu coração bateria mais acelerado, por vários motivos: porque é um dos meus musicais favoritos (assisti a ele 23 vezes), porque, por causa dele, fiz grandes amigos e porque me traria muitas e deliciosas lembranças de um passado recente. E foi o que aconteceu, de verdade, provocando-me muitas lágrimas. Foi impecável a versão apresentada, no palco do Teatro Riachuelo, inclusive com a participação de alguns integrantes da versão original. Foi muito lindo!!!




 

25) “I WILL SURVIVE” (“PRISCILLA, A RAINHA DO DESERTO”), com Analu Pimenta, Cássia Raquel e Letícia Pedroza.

COMENTÁRIO: Os roteiristas do “show” escolheram muito bem a canção de encerramento da festa, cuja letra é muito significativa: apesar de tudo e de todos, EU SOBREVIVEREI. O trio de cantoras não economizou a voz, para interpretar um clássico dos musicais, que virou um hino de resistência e que também serve para encerrar as festas de casamento, por exemplo (momento descontração).
 
 


Tudo funcionou a contento, na festa, e eu quero registrar quatro detalhes técnico-artísticos importantíssimos: a brilhante direção, de JOÃO FONSECA e REINER TENENTE; o cenário, simples e muito significativo, de NELLO MARRESE; a belíssima luz, de LUIZ PAULO NENEN e DANI SANCHEZ, e o desenho de som, de HAIKAI ÁUDIO, que só falhou, ligeiramente, duas vezes, porém não prejudicando o todo.

Apesar de tudo e de todos, inclusive do não pagamento do fomento, por parte de um “(im)prefeito fantasma” o TEATRO SOBREVIVERÁ, enquanto houver gente que dá o sangue e o suor por ele, como aquelas quase 150 pessoas, no total , que se reuniram para nos proporcionar uma noite inesquecível de arte e solidariedade.

E VIVA O TEATRO MUSICAL BRASILEIRO!!!

E VIVA A SOCIEDADE VIVA CAZUZA!

E VIVA O ARTISTA BRASILEIRO!

EVOÉ!!!


 
 
 



 

(FOTOS: CLARISSA RIBEIRO,
GABI CASTRO,
REGINA CAVALCANTI,
LIS MAIA
e OUTRAS FONTES.)
 

 

 

 

 

 





 






 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





 



 

 














 

 

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