MOGLI,
O MUSICAL
(UMA LIÇÃO DOS BICHOS DA MATA
AO BICHO HOMEM.)
ou
(UM MUSICAL INFANTIL PARA GENTE DOS OITO
AOS OITENTA.)
No
ano passado, fui levado ao Méier,
subúrbio do Rio de Janeiro, para
assistir a um musical infantil: “MOGLI,
O MUSICAL”.
Fui com o firme propósito
de me divertir e de gostar do espetáculo e saí do teatro bastante frustrado.
Por que a peça não era boa? NÃO!
Porque não consegui assistir a ela até o final, pois, mais ou menos, na metade da encenação,
que estava bastante agradável, um problema sério, na rede elétrica local, fez com
que a peça fosse interrompida, deixando uma plateia, que superlotava o Imperator, chateada e triste,
principalmente as crianças.
Não pude voltar, para vê-la
em outro dia, nem comparecer a um outro teatro, o Riachuelo, onde, posteriormente, a peça cumpriu uma segunda temporada,
meteórica.
Já estava perdendo a
esperança de poder assistir, até o final, ao espetáculo, quando veio o convite
para poder conhecer toda a trajetória do Menino
Lobo, agora em cartaz no Teatro Bradesco, no Village Mall, na Barra da Tijuca,
onde fica em cena por apenas mais um
final de semana, até o dia 12 de fevereiro, aos sábados, às 11h30min, e, aos domingos, às 15h.
Assisti à
peça, no último sábado e recomendo muito o espetáculo.
SINOPSE:
Criado por lobos, após ter sido abandonado
na selva, MOGLI recebe ajuda dos
seus amigos URSO BALU e da pantera BAGUERA, para se defender de SHERIKAN, o tigre-de-bengala, que
detesta os homens e que matara seus pais.
É assim que começa a história do
espetáculo “MOGLI, O MUSICAL”, com o
objetivo de tratar temas tão recorrentes hoje em dia: a tolerância, a aceitação
e o preconceito.
A peça é inspirada no
texto “O Livro da Selva”, do grande
autor inglês Rudyard Kipling, que retrata
a divertida história desse menino, de 12 anos, que precisa ser aceito por todos
os animais da selva.
MOGLI e seus amigos saem, em uma jornada, rumo à aldeia de homens,
em busca da flor vermelha, a única coisa que pode protegê-lo de SHERIKAN.
Mas, o caminho é longo e
apresenta diversos desafios: a trupe terá que passar por um bando de macacos
enlouquecidos e enlouquecedores, uma manada de elefantes e um jacaré faminto.
O
espetáculo merece ser visto, não só pelos valores éticos e humanos que o texto, de forma bem simples, clara, em “linguagem
de criança”, apresenta, como também pela plasticidade que conseguiram alcançar,
com ótima cenografia, de WANDERLEY NASCIMENTO, que também assina
os lindos e criativos figurinos,
assim como a variada, ajustada e expressiva iluminação, de RICARDO VIANA.
A
ficha técnica ainda nos revela os
nomes de LARISSA LANDIM, responsável
pelas ótimas coreografias e direção de movimento, e de MÁRCIO LOUZA, que assina o visagismo. Há, também, uma boa direção musical e preparação vocal, de LEDJANE
MOTTA, além dos ótimos arranjos
musicais e vocais, de EDUARDO
LOUZADA e VINÍCIUS RODRIGUES
É
um espetáculo leve e dinâmico, como deve ser uma peça infantil, mais ainda por
se tratar de um musical, no qual um dos pontos de destaque são as doze canções, de melodias simples e de fácil
apreensão, para os ouvidos, com letras interessantíssimas, engraçadas e que
dizem muitas verdades que os adultos costumam dizer, utilizando outras palavras.
A trilha sonora, toda original, foi composta por MATHEUS BRITO.
Numa
época tão difícil para o TEATRO, principalmente
o infantil, sem patrocínios, devo
louvar a coragem de MATHEUS BRITO, autor do texto e diretor da peça, além de um de seus produtores, ao lado de Alex
Felippe, o outro produtor,
quando colocam dez atores em cena,
fazendo, alguns, vários personagens, o que torna bem dinâmica e surpreendente a
montagem.
E
já que falamos do elenco, é preciso
registrar a sua boa qualidade, o bom trabalho de interpretação. Todos têm um rendimento
muito bom, com destaque para o menino CAIO
NERY, que se mostra uma revelação para um futuro no TEATRO MUSICAL, pois, além de interpretar bem, canta
satisfatoriamente, se considerarmos que está na fase de mudança de voz.
Além
dele, ISABELE
RICCART (BAGUERA) e ERICK DE LUCA (BALU) conseguem segurar o espetáculo, como dois
suportes para toda a trama. Mérito também para todos os demais atores, que
conseguem impor, a cada novo personagem, uma postura corporal diferente, assim
como a voz.
“MOGLI, O MUSICAL” não é o que se pode
chamar de uma superprodução, que,
muitas vezes, de “super” só a nomeação
e ricos cenários e figurinos, mas é um super espetáculo. Aqui, os cinco cenários e os vinte e cinco figurinos, tudo de muito bom gosto e criatividade, dão conta do
recado e ajudam a contar uma bela história.
“É um
musical infantil que faz com que, tanto as crianças quanto os pais, se divirtam
e entendam essa mensagem de amor e tolerância”, afirma o diretor. E eu assino embaixo.
FICHA TÉCNICA:
Texto
e Direção: Matheus Brito
Assistência
de Direção: Matheus Castro
ELENCO:
Caio Nery - Mogli
Isabele Riccart - Baguera
Erick de Luca – Balu
Alex Felippe - Akelá/Kaa/Elefante/Humano
Gustavo Genton - Sherikan/Hati
Lucas Baptista - Tabaqui/Macaco/Urubu
Maicon Lima - Rei
Macaco/Elefante/Lobo/Urubu
Marcos Gonçalves - Gavião/Macaco/Lobo/Urubu
Rennato Cinelli - Elefante/Macaco/Lobo
Trilha
sonora original (doze músicas): Matheus Brito
Coreografia
e Direção de Movimento: Larissa Landim
Cenografia
e Figurinos: Wanderley Nascimento
Visagismo:
Márcio Louza
Cenotécnica:
Carlos Elias
Iluminação:
Ricardo Viana
Fotografia:
Marcela Dias
Projeção:
Flávia Felinto e Diogo Rodrigo
Designer
Gráfico: Matheus Castro, Lucas Huguenin e Nana Suzart
Direção
Musical e Preparação Vocal: Ledjane Motta
Arranjos:
Eduardo Louzada e Vinícius Rodrigues
Equipe
de Figurino: Iramar Alves Cruz, Ilza Fidelis, Ana Cláudia Alves, Rosa Maria
Santana Santos, Lucas Francisco, Adriano Camargo, Diva De Freitas Diniz,
Vanessa Diolinda Cardoso e Joelson André
Equipe
de Cenário e Adereços: Louis Cavalcanthé, Vaneo Wessler, Sizinho, Vilma Macedo,
Bárbara M. Almeida, Manoel Antônio, Luiz Cláudio Carvalho, Valéria Chaves,
Marcelo Machado e Maria Aida
Boneco
Mogli e Kaa: Leandro Mariz
Boneco
Jacala: Charles Viana
Produção:
Alex Felippe
Assistência
de Produção: Matheus Castro, Heitor Esteves e Marcela Dias
Realização:
Arlequim Produções
SERVIÇO:
Temporada: Até o dia 12 de fevereiro
Local: Teatro Bradesco Rio
Endereço: Avenida das Américas, 3900 – loja 160 - Shopping VillageMall – Barra da Tijuca – Rio de
Janeiro
Dias e Horários: Sábados, às 11h30; Domingos, às 15h
Classificação Etária: Livre
Duração: 75min
Duração: 75min
Valor dos Ingressos:
Frisa e Balcão Nobre = R$60,00
Camarote e Plateia Alta = R$80,00
Plateia Baixa = R$100,00
Observação: Meia-entrada em todos os setores.
Levem suas
crianças e as suas próprias, interiores!
(FOTOS: MARCELA DIAS.)
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