terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


MOGLI,

 O MUSICAL

 

(UMA LIÇÃO DOS BICHOS DA MATA AO BICHO HOMEM.)

ou

(UM MUSICAL INFANTIL PARA GENTE DOS OITO AOS OITENTA.)

 
 
 

 

            No ano passado, fui levado ao Méier, subúrbio do Rio de Janeiro, para assistir a um musical infantil: “MOGLI, O MUSICAL”.

Fui com o firme propósito de me divertir e de gostar do espetáculo e saí do teatro bastante frustrado. Por que a peça não era boa? NÃO! Porque não consegui assistir a ela até o final, pois, mais ou menos, na metade da encenação, que estava bastante agradável, um problema sério, na rede elétrica local, fez com que a peça fosse interrompida, deixando uma plateia, que superlotava o Imperator, chateada e triste, principalmente as crianças.

Não pude voltar, para vê-la em outro dia, nem comparecer a um outro teatro, o Riachuelo, onde, posteriormente, a peça cumpriu uma segunda temporada, meteórica.

Já estava perdendo a esperança de poder assistir, até o final, ao espetáculo, quando veio o convite para poder conhecer toda a trajetória do Menino Lobo, agora em cartaz no Teatro Bradesco, no Village Mall, na Barra da Tijuca, onde fica em cena por apenas mais um final de semana, até o dia 12 de fevereiro, aos sábados, às 11h30min, e, aos domingos, às 15h.

Assisti à peça, no último sábado e recomendo muito o espetáculo.


 



 
 
 
 



 
SINOPSE:
 
Criado por lobos, após ter sido abandonado na selva, MOGLI recebe ajuda dos seus amigos URSO BALU e da pantera BAGUERA, para se defender de SHERIKAN, o tigre-de-bengala, que detesta os homens e que matara seus pais.
 
É assim que começa a história do espetáculo “MOGLI, O MUSICAL”, com o objetivo de tratar temas tão recorrentes hoje em dia: a tolerância, a aceitação e o preconceito.
 
A peça é inspirada no texto “O Livro da Selva”, do grande autor inglês Rudyard Kipling, que retrata a divertida história desse menino, de 12 anos, que precisa ser aceito por todos os animais da selva.
 
MOGLI e seus amigos saem, em uma jornada, rumo à aldeia de homens, em busca da flor vermelha, a única coisa que pode protegê-lo de SHERIKAN.
 
Mas, o caminho é longo e apresenta diversos desafios: a trupe terá que passar por um bando de macacos enlouquecidos e enlouquecedores, uma manada de elefantes e um jacaré faminto.
 

 
 



 
 
 
 



            O espetáculo merece ser visto, não só pelos valores éticos e humanos que o texto, de forma bem simples, clara, em “linguagem de criança”, apresenta, como também pela plasticidade que conseguiram alcançar, com ótima cenografia, de WANDERLEY NASCIMENTO, que também assina os lindos e criativos figurinos, assim como a variada, ajustada e expressiva iluminação, de RICARDO VIANA.

            A ficha técnica ainda nos revela os nomes de LARISSA LANDIM, responsável pelas ótimas coreografias e direção de movimento, e de MÁRCIO LOUZA, que assina o visagismo. Há, também, uma boa direção musical e preparação vocal, de LEDJANE MOTTA, além dos ótimos arranjos musicais e vocais, de EDUARDO LOUZADA e VINÍCIUS RODRIGUES

            É um espetáculo leve e dinâmico, como deve ser uma peça infantil, mais ainda por se tratar de um musical, no qual um dos pontos de destaque são as doze canções, de melodias simples e de fácil apreensão, para os ouvidos, com letras interessantíssimas, engraçadas e que dizem muitas verdades que os adultos costumam dizer, utilizando outras palavras. A trilha sonora, toda original, foi composta por MATHEUS BRITO.

            Numa época tão difícil para o TEATRO, principalmente o infantil, sem patrocínios, devo louvar a coragem de MATHEUS BRITO, autor do texto e diretor da peça, além de um de seus produtores, ao lado de Alex Felippe, o outro produtor, quando colocam dez atores em cena, fazendo, alguns, vários personagens, o que torna bem dinâmica e surpreendente a montagem.

            E já que falamos do elenco, é preciso registrar a sua boa qualidade, o bom trabalho de interpretação. Todos têm um rendimento muito bom, com destaque para o menino CAIO NERY, que se mostra uma revelação para um futuro no TEATRO MUSICAL, pois, além de interpretar bem, canta satisfatoriamente, se considerarmos que está na fase de mudança de voz.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



            Além dele, ISABELE RICCART (BAGUERA) e ERICK DE LUCA (BALU) conseguem segurar o espetáculo, como dois suportes para toda a trama. Mérito também para todos os demais atores, que conseguem impor, a cada novo personagem, uma postura corporal diferente, assim como a voz.

“MOGLI, O MUSICAL” não é o que se pode chamar de uma superprodução, que, muitas vezes, de “super” só a nomeação e ricos cenários e figurinos, mas é um super espetáculo. Aqui, os cinco cenários e os vinte e cinco figurinos, tudo de muito bom gosto e criatividade, dão conta do recado e ajudam a contar uma bela história.

“É um musical infantil que faz com que, tanto as crianças quanto os pais, se divirtam e entendam essa mensagem de amor e tolerância”, afirma o diretor. E eu assino embaixo.

 
 




 
 
 
 




 




 
FICHA TÉCNICA:
 
Texto e Direção: Matheus Brito
Assistência de Direção: Matheus Castro
 
ELENCO:
Caio Nery  - Mogli
Isabele Riccart - Baguera
Erick de Luca – Balu
Alex Felippe - Akelá/Kaa/Elefante/Humano
Gustavo Genton - Sherikan/Hati
Lucas Baptista - Tabaqui/Macaco/Urubu
Maicon Lima - Rei Macaco/Elefante/Lobo/Urubu
Marcos Gonçalves - Gavião/Macaco/Lobo/Urubu
Rennato Cinelli - Elefante/Macaco/Lobo
 
Trilha sonora original (doze músicas): Matheus Brito
Coreografia e Direção de Movimento: Larissa Landim
Cenografia e Figurinos: Wanderley Nascimento
Visagismo: Márcio Louza
Cenotécnica: Carlos Elias
Iluminação: Ricardo Viana
Fotografia: Marcela Dias
Projeção: Flávia Felinto e Diogo Rodrigo
Designer Gráfico: Matheus Castro, Lucas Huguenin e Nana Suzart
Direção Musical e Preparação Vocal: Ledjane Motta
Arranjos: Eduardo Louzada e Vinícius Rodrigues
Equipe de Figurino: Iramar Alves Cruz, Ilza Fidelis, Ana Cláudia Alves, Rosa Maria Santana Santos, Lucas Francisco, Adriano Camargo, Diva De Freitas Diniz, Vanessa Diolinda Cardoso e Joelson André
Equipe de Cenário e Adereços: Louis Cavalcanthé, Vaneo Wessler, Sizinho, Vilma Macedo, Bárbara M. Almeida, Manoel Antônio, Luiz Cláudio Carvalho, Valéria Chaves, Marcelo Machado e Maria Aida
Boneco Mogli e Kaa: Leandro Mariz
Boneco Jacala: Charles Viana
Produção: Alex Felippe
Assistência de Produção: Matheus Castro, Heitor Esteves e Marcela Dias
Realização: Arlequim Produções
 

 
 
 



 
 
 
 
 

 
SERVIÇO:

Temporada: Até o dia 12 de fevereiro
Local: Teatro Bradesco Rio
Endereço: Avenida das Américas, 3900 – loja 160 -  Shopping VillageMall – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro
Dias e Horários: Sábados, às 11h30; Domingos, às 15h
Classificação Etária: Livre
Duração: 75min
Valor dos Ingressos:
Frisa e Balcão Nobre = R$60,00
Camarote e Plateia Alta = R$80,00
Plateia Baixa = R$100,00
Observação: Meia-entrada em todos os setores.
 



 
 



Levem suas crianças e as suas próprias, interiores!
 
 
 
 
 
 
 
(FOTOS: MARCELA DIAS.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

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