domingo, 2 de novembro de 2025

 

“RITINHA ROCK & ROLL” –

RITA LEE PARA CRIANÇAS”

ou

(UM ESPETÁCULO INFANTIL PARA TODA A FAMÍLIA.)

 

 



         Em 2013, no Rio de Janeiro, a dupla PEDRO HENRIQUE LOPES e DIEGO MORAIS teve a genial ideia de criar um vitorioso projeto, chamado “Grandes Músicos para Pequenos”, cujo propósito maior era “apresentar a vida e a obra de grandes compositores às novas gerações, promovendo o resgate da cultura brasileira, por meio de espetáculos que unem música, TEATRO e emoção, em experiências inesquecíveis para toda a família”. Até hoje, os 8 espetáculos que fazem parte do projeto já foram assistidos por mais de 300.000 espectadores, sendo detentores de 15 prêmios e outras 60 indicações, em importantes premiações, consolidando-se como uma grande e importante referência no TEATRO MUSICAL INFANTIL BRASILEIRO.




O espetáculo que marcou o início da proposta foi “Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga Para Crianças” (2013). Seguiram-se, na ordem, “O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças” (2016), “Bituca – Milton Nascimento para Crianças” (2017), “Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças” (2018), “Raulzito Beleza – Raul Seixas para Crianças” (2019), “Pimentinha – Elis Regina para Crianças” (2021) e “A Menina do Meio do Mundo – Elza Soares para Crianças” (2022), além, é claro, do atual e que serve de motivo para esta crítica: “RITINHA ROCK & ROLL – RITA LEE PARA CRIANÇAS”, em cartaz no simpático e aprazível espaço “EcoVilla Ri Happy”, que fica dentro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. É preciso que se diga que, desde a primeira peça, este lindo projeto é reconhecido pelo público – leia-se “famílias” – e pela crítica especializada.

 


 

 

SINOPSE:

O musical infantil apresenta o legado de Rita Lee para as novas gerações, em trama sobre liberdade e a importância de lutar pelos nossos sonhos.

O espetáculo mostra que ninguém é pequeno demais para ter sonhos grandes.

A trama acompanha a história de uma menina cheia de imaginação, que sonha em mudar o mundo com muito “rock’n roll”.

Entre aventuras na escola e a defesa dos animais de um circo, Ritinha (JULIA GORMAN) descobre a força da música, para expressar suas ideias e transformar o mundo ao seu redor.

 

 

         É mais que justa a homenagem a Rita Lee, aquela que é considerada a “Rainha do Rock Brasileiro”, que tanta contribuição deixou como legado para a Música Popular Brasileira, atingindo das crianças aos adultos. É por isso que afirmo, peremptoriamente, que este espetáculo, ainda que classificado como “infantil”, pode, e deve, ser assistido pela família, como testemunhamos nas plateias.



         A importância dessa grande cantora e compositora é imensa, não só pela parte artística, mas também pela influência que exerceu nas mudanças de hábitoe e maneira de pensar de uma sociedade, o que é ratificado pelo autor do texto, PEDRO HENRIQUE LOPES: “A coragem e a irreverência de Rita Lee norteiam o espetáculo. A gente conta a história de uma menina que não se conformava com o mundo em que estava inserida e de como ela conseguiu ser uma semente para muitas mudanças. Estudando a obra e a vida de Rita para o espetáculo, a gente percebe o quanto ela foi essencial para a evolução da nossa sociedade. Rita Lee segue sendo fundamental”.



         O espetáculo segue os altos padrões de qualidade dos anteriores e, como não poderia deixar de ser, sendo o principal público-alvo as crianças da primeira infância, é apresentado de uma forma muito lúdica, colorida, destacada na cenografia, deveras criativa, de VICTOR ARAGÃO e DIEGO MORAIS, nos vários figurinos, criados por CLIVIA COHEN, e na alegre iluminação, atribuída a FELÍCIO MAFRA, conhecido, carinhosamente, no meio teatral, como “RUSSINHO”.



         O texto, de PEDRO HENRIQUE LOPES, como não se poderia esperar de outra forma, é leve e com um vocabulário bem simples, sem muita sofisticação, e chega, facilmente, aos pequenos. Por sua vez, DIEGO MORAIS, como diretor geral, imprime ao espetáculo um ritmo bastante ágil e com ótimas soluções criativas e de marcação no palco.



         Quanto ao elenco, este se apresenta da forma mais aproveitável possível, sendo que PEDRO HENRIQUE LOPES, MARTINA BLINK e ALINE CARROCINO já atuaram em outros espetáculos do projeto e continuam demonstrando uma elogiável “performance”, em termos de atuar para crianças. JULIA GORMAN sustenta, com muito brilhantismo, o papel da protagonista, assim como THIAGO MARINHO marca presença com seu talento; e LUCAS MENEZES, muito jovem, foi, para mim, uma agradável surpresa, representando para os pequenos.



         A trilha sonora, de altíssima qualidade, em forma de “playbacks”, é gravada, e o destaque vai para o trabalho de direção musical, a cargo de GUILHERME BORGES. Para tornar o espetáculo bem alegre, entra a parte da coreografia, assinada por NATASHA TRAVASSOS.



         Nem é preciso dizer que os grandes “hits” que marcaram a trajetória musical de Rita Lee desfilam no palco, como “Lança Perfume”, “Chega Mais” e “Jardins da Babilônia”, entre tantos outros, convidando e levando toda a família a cantar, dançar e se emocionar.



         Palavras muito pertinentes do diretor, extraídas do “release” que me chegou às mãos, via RACHEL ALMEIDA: “Hoje, o desafio é tirar não só as crianças, mas também os adultos de frente das telas. Com os espetáculos do “Grandes Músicos para Pequenos”, que resgatam a memória afetiva e o legado de importantes artistas brasileiros, conseguimos criar um programa cultural que é interessante para todas as gerações da família. A música, desde sempre, foi, e segue sendo, um elo, para unir crianças e adultos. Para nós, é uma realização ver essa conexão acontecer dentro do TEATRO”.

 

 


 


FICHA TÉCNICA:

Roteiro Original: Pedro Henrique Lopes

Direção Geral: Diego Morais

 

Elenco: Julia Gorman (Ritinha), Pedro Henrique Lopes, Aline Carrocino, Martina Blink, Thiago Marinho e Lucas Menezes (Os cinco atores se revezam em vários personagens.)

 

Direção Musical: Guilherme Borges

Coreografia: Natacha Travassos

Cenografia: Victor Aragão e Diego Morais

Figurinos: Clivia Cohen

Iluminação: Felício Mafra (Russinho)

Fotos: Junior Mandriola e Andrea Rocha.

Assessoria de Imprensa: Racca Comunicação (Rachel Almeida)

Direção de Produção e Realização: Entre Entretenimento

 





SERVIÇO:

Temporada: De 18 de outubro a 16 de novembro de 2025.

Local: EcoVilla Ri Happy (dentro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro).

Endereço: Rua Jardim Botânico, nº 1008 – Jardim Botânico – Rio de Janeiro.

Telefone: (21) 3553-2616.

Dias e Horários: Sábados e domingos, às 16h.

Valor dos Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada).

Venda de ingressos: Na bilheteria da EcoVilla (sem taxa de serviço) ou no “site” Ingresso.com (www.ingresso.com/espetaculos/ritinha-rock-roll-rita-lee-para-criancas).

Observação 1: A bilheteria funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 18h.

Observação 2: Não é preciso comprar a entrada do Parque; apenas o ingresso para a programação.

Acessibilidade completa em todas as sessões (libras, legendagem, fones abafadores e audiodescrição

Lotação: 350 pessoas.

Duração: 60 minutos.

Classificação: Livre.

Gênero: TEATRO Infantil.


 


 

       Indubitavelmente, com todos os espetáculos do projeto, PEDRO HENRIQUE LOPES e DIEGO MORAIS alcançam seu grande objetivo, que é levar o legado de uma cultura quase esquecida para as novas gerações, com um conteúdo atraente para as famílias, criando experiências de entretenimento inesquecíveis e marcantes, em que o espectador participa de forma ativa. E é pelo todo exposto que RECOMENDO, EXAUSTIVAMENTE, ESTE LINDO E DIVERTIDO ESPETÁCULO, PARA AS FAMÍLIAS.

 

 


 


 

FOTOS: JUNIOR MANDRIOLA

e

ANDREA ROCHA.

 

 


 

É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO BRASILEIRO!

 











































































































segunda-feira, 20 de outubro de 2025

 

“NAS SELVAS

DO bRAZYL”

ou

(UM AMÁLGAMA DE HISTÓRIA E TEATRO.)

 


Depois de uma considerável entressafra de espetáculos de gosto duvidoso, no Rio de Janeiro, voltei a sentir prazer em ir ao Teatro, de dez dias para cá, só tendo assistido a peças agradáveis de serem vistas, todas merecendo uma crítica deste amante do bom TEATRO, como foi o caso de ontem (19/10/2025), no CCBB - RJ (Teatro I), quando me deliciei, assistindo à “NAS SELVAS DO bRAZYL”, com essa grafia mesmo.



 

SINOPSE:

Dois atores embarcam no desafio de encenar a célebre expedição do Marechal Rondon (GUSTAVO GASPARANI) e do ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt (ISIO GHELMAN), pelo mítico Rio da Dúvida, no início do século XX.

À medida que a narrativa avança, os limites entre atores e personagens se dissolvem, arrastando-os para dentro da própria selva.

Entre especulações sobre a expedição histórica e os anseios do presente, a floresta revela seus riscos e os sinais das mudanças climáticas que ameaçam o futuro de todas as espécies.




 

       Antes de entrar nos comentários sobre a peça, considero oportuno e esclarecedor falar um pouco sobre a expedição que motivou PEDRO KOSOVSKI a escrever a dramaturgia do espetáculo. A Expedição Científica Rondon - Roosevelt (1913-1914), patrocinada pelo Museu Americano de História Natural, foi uma experiência real, liderada, conjuntamente, pelo marechal brasileiro Cândido Rondon (1865 / 1958) e pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt (1858 / 1919), 26º presidente norte-americano, para explorar e mapear o Rio da Dúvida, localizado no Mato Grosso, na Bacia Amazônica. O objetivo era descobrir se o rio era um afluente do Amazonas, mas enfrentou muitos desafios, como o clima, a selva densa e doenças, como a malária, que, gravemente, afetou Roosevelt. Como resultado da expedição, o rio foi renomeado para Rio Roosevelt, em homenagem ao ex-presidente. 



Fotos da expedição real.


A equipe enfrentou inúmeros perigos, incluindo o terreno difícil, cachoeiras, a correnteza forte do rio, durante a estação chuvosa, e o impaludismo (malária). Apesar dos muitos contratempos, entre as conquistas do grupo expedicionário, contabilizam-se o pretendido mapeamento do rio e a coleta de inúmeros espécimes de animais, principalmente insetos.



  Entre os obstáculos que o grupo enfrentou, destaca-se o fato de Roosevelt ter quase morrido, durante a viagem, e sua saúde ter ficado, permanentemente, debilitada, por doenças contraídas na expedição. Por outro lado, Rondon, apesar de também ter contraído malária, permaneceu imune durante a maior parte da viagem. A expedição explorou mais de 500 km do tortuoso percurso do rio.



   Extraído do rico “release” que me foi enviado por STELLA STEPHANY, assessora de imprensa da peça: Através do encontro entre o estrangeiro colonizador e o militar brasileiro, defensor dos indígenas, a peça reflete sobre os efeitos provocados pelo modelo colonizador no meio ambiente, na floresta e em seus povos”.



  A preciosa e muito bem elaborada dramaturgia, de PEDRO KOSOVSKI, funde duas camadas em cena: os personagens, às voltas com a expedição, no início do século XX, e os atores hoje, em pleno terceiro milênio, lidando com as memórias daquele tempo, diante de um colapso climático iminente, que assola o planeta Terra. Até certo ponto - o que é bom e funciona muito bem -, o texto pode ser considerado um pouco hermético, o que não constitui nenhum defeito, obrigando o espectador a se manter bem atento às falas, ora emitidas pelo dois protagonistas, ora, por dois atores: ISIO e GASPARANI ou dois outros, aleatórios?





                                   Pedro Kosovski.


A melhor qualidade do texto, a meu juízo, é buscar uma nova forma de compreender as relações entre humanos e natureza e a origem do povo brasileiro, convidando o público a uma reflexão sobre temas urgentes, como mudanças climáticas, diversidade e ancestralidade. 



  Sem fazer muito esforço, identificamos, nos personagens, dois claros e evidentes arquétipos: Roosevelt, como o homem branco, estrangeiro colonizador; Rondon corresponde ao homem militar pacifista, protetor dos povos originários, engajado na construção de uma ideia de naçãotendo descoberto e nomeado uma quantidade inestimável de rios, montanhas, vales e lagos, além de implantar mais de cinco mil quilômetros de linhas telegráficas nas florestas brasileiras.



 Ainda que baseado num evento real, a partir das memórias de uma expedição, a peça é uma obra de ficção. Destarte, os diálogos correspondem a tudo aquilo que não foi dito entre os dois personagens protagonistas, fruto da imaginação criativa do dramaturgo. KOSOVSKI afirma que pouco se fala sobre esse importante encontro, pouco é narrado e, muito menos, conhecido. Sendo assim, “a dramaturgia investe num exercício de imaginar, especular o que teria acontecido entre os dois”, da mesma forma que faz pensar que “há, nesse encontro, uma síntese de processos históricos importantes, feridas históricas importantes para o nosso país, como, por exemplo, a ideologia do progresso e do desenvolvimento, todo processo de colonização, de subalternização do Brasil, dependência do Brasil em relação os Estados Unidos - processos que hoje cobram o seu preço e se pronunciam em nossas vidas de modo muito visível e avassalador”.




           Em diálogos ágeis, abertos e francos, detectamos, ao longo da peça, vários temas, como o etnocentrismo, a postura colonizadora do homem branco em relação à floresta e seus povos e a hegemonia geopolítica dos Estados Unidos sobre Brasil, este aspecto acentuado e muito em voga nos dias de hoje.



           Embora a peça apresente dois protagonistas, podemos dizer, sem medo de errar, que, de forma humanizada, a Floresta Amazônica pode ser considerada um terceiro protagonista, na narrativa. Pelo olhar retrospectivo do autor, é fácil perceber os efeitos nocivos que o modelo colonizador imprimiu sobre o meio ambiente e os povos originários.



           Considero DANIEL HERZ um dos maiores encenadores brasileiros. Já tive a oportunidade de fazê-lo exaltado, em muitos trabalhos anteriores dirigidos por ele, mas creio que sua melhor “performance”, até agora, recai sobre esta montagem. Contando com colaboradores de peso, como DINA SALEM LEVY (cenografia), WANDERLEY GOMES (figurino), AURÉLIO DE SIMONI (iluminação), MARCELLO H (trilha sonora) e MÁRCIA RUBIN (preparação corporal), HERZ explora, a contento, todos os meandros do texto e, como poucos, executa um belíssimo trabalho de direção de atores.  




Daniel Herz.


          É profundamente prazeroso aplaudir dois dos nossos melhores atores, como ISIO GHELMAN e GUSTAVO GASPARANI. Tudo o que eu pudesse escrever sobre suas atuações seria pouco, diante do brilhantismo como se saem na interpretação dos dois opostos personagens, empreendendo uma verdade cênica poucas vezes observada num palco. Suas atuações se equivalem, em magistral qualidade, e são responsáveis por manter viva a atenção dos espectadores, da primeira à última cena, o que os faz merecedores de muitos merecidos aplausos ao final da peça.



 

FICHA TÉCNICA:

Idealização: Gustavo Gasparani

Texto: Pedro Kosovski

Direção: Daniel Herz

Assistência de Direção: Carol Pucu

 

Elenco: Gustavo Gasparani e Isio Ghelman

 

Cenografia: Dina Salem Levy

Assistência de Cenografia: Alice Cruz

Figurino: Wanderley Gomes

Iluminação: Aurélio de Simoni

Trilha Sonora: Marcello H

Preparação Corporal: Márcia Rubin

“Design” Gráfico: Luciano Cian

Fotos: Nil Caniné

Coordenação Administrativo-Financeira: Cacau Gondomar

“Performance” e Rede Social: Lead Performance

Produção Executiva: Luciano Pontes

Coordenação de Produção: Ártemis

Direção de Produção: Silvio Batistela

Produção: Idarte Produções Artísticas

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil 

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany


 

 





 

SERVIÇO:

Temporada: De 10 de outubro a 30 de novembro de 2025.

Local: Teatro I do CCBB - RJ / Centro Cultural Banco do Brasil – RJ.  

Endereço: Rua Primeiro de Março, nº 66 / Centro, Rio de Janeiro.

Telefone: (21) 3808-2020. 

Dias e Horários: De 5ª feira a sábado, às 19h; domingo, às 18h.

Valor dos Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), na bilheteria do CCBB (sem taxa de serviço) ou no “site” bb.com.br/cultura (com taxa de serviço).

Horário de funcionamento da bilheteria: de 4ª feira a 2ª feira, das 9h às 20h.

Capacidade: 159 lugares.

Duração: 70 minutos.

Classificação Etária: 14 anos.

Gênero: Drama Contemporâneo.


 


 

          Para os padrões dos dias de hoje, felizmente, a temporada não é tão curta, o que permite que um maior número de pessoas que apreciem um bom TEATRO possa conferir as minhas palavras. RECOMENDO MUITO ESTE ESPETÁCULO.

 

 

FOTOS: NIL CANINÉ

 

GALERIA PARTICULAR:


Com Daniel Herz.

Com Isio Ghelman.

Com Gustavo Gasparani.



É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO BRASILEIRO!