quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

 “DIGNIDADE”

ou

(DIGNITAS, DIGNITATIS =

O QUE É DIGNO,

O QUE TEM VALOR.)

ou

(QUANDO A DIGNIDADE HUMANA

ESTÁ NA IMINÊNCIA

DE UM 

XEQUE-MATE.)


 

    É com uma alegria imensa que escrevo sobre o espetáculo “DIGNIDADE”, em cartaz na Arena do SESC Copacabana, surgido ao quase apagar das luzes do ano em curso, para fechá-lo com chave de ouro. Estou preparado para enfrentar um duplo grande desafio, de sintetizar, ao máximo, tudo o que preciso dizer sobre a montagem, tomando o maior cuidado para não dar “spoilers” e tirar, dos que ainda assistirão à peça, a mesma grata surpresa e o incomensurável prazer de que fui tomado, na noite do último domingo, dia 4 de dezembro de 2022. A verdade é que saí, totalmente, arrebatado, em profundo “estado de graça”, do Teatro e cônscio de que o que menos interessa, no espetáculo, é o fator “lazer” ou “entretenimento”. “DIGNIDADE” parece ter sido escrita (Não o foi.) e montada (Certamente, também, não.) para pressionar, fortemente, com o dedo, as chagas ainda muito “frescas” que trazemos na nossa alma – refiro-me aos brasileiros -, principalmente durante os quatro últimos anos de “trevas” a que fomos submetidos (Ainda estamos; falta pouco para o pesadelo acabar.). Embora tenha sido escrita por um dramaturgo catalão, IGNASI VIDAL, em 2014, trata-se de um texto que pode ser considerado universal e totalmente atual. A peça foi encenada, pela primeira vez, em Barcelona, nos anos de 2016 e 2017, cidade em que nasceu VIDAL, em 27 de janeiro de 1973, hoje, portanto, com 47 anos de idade. Sua atividade principal é como ator, premiado, em consagrados musicais. Nessa primeira encenação de “DIGNIDADE”, IGNASI participou como ator. Na verdade, apurei que ele escreveu a peça já pensando em interpretar o personagem Alex, aqui vivido, brilhantemente, por CLAUDIO GABRIEL. Logo após esta temporada carioca, que se encerra no próximo dia 18, a peça já está agendada para uma segunda, em São Paulo, no início do próximo ano. O texto também já conheceu outros palcos: na Romênia (De 2017 até hoje.), no Equador (2017 a 2019), em Buenos Aires (2017), no Panamá (2018), novamente em Barcelona (2018), em Madri (2019), no Peru (2019), no México (2019) e nas Ilhas Canárias (2019). IGNASI VIDAL foi indicado como Melhor Autor Espanhol Vivo, no “Prêmio Teatro de Rojas”, em 2016, e a peça, como Melhor Texto, no mesmo “Prêmio”, em 2015.



      Em função da extrema qualidade do texto e sua arquitetura dramática, fiquei bastante frustrado, quando me decidi por uma profunda pesquisa sobre VIDAL, na "internet", e encontrei pouquíssimo material sobre ele, como autor; bem mais como ator. É preciso, contudo, que conheçamos este grande dramaturgo e que fiquemos atentos a futuras novas encenações de outros textos de sua lavra.




SINOPSE:

O cerne do texto de “DIGNIDADE” é debater a ética na política.

Endossa a análise, tendo a ética como centro da discussão, remetendo a reflexões profundas, necessárias em nossa sociedade, extremamente individualista e polarizada, principalmente nos dias de hoje.

A cena mostra a relação de dois amigos, figuras públicas, que, através de um diálogo preciso e arrebatador, nos apresenta um tópico que, mais do que nunca, precisa ser discutido, nos dias de hoje: o limite tênue entre o certo e o errado, e até onde deve ir a ambição, se confrontada com limites éticos inexoráveis.

Sozinhos, em uma sala, na sede de um importante partido político, que pode ser qualquer um (Cada espectador, dependendo de suas convicções político-partidárias, fará a leitura que melhor lhe aprouver.), às vésperas da convenção que decidirá o nome que vai concorrer à presidência da República, nas próximas eleições, dois personagens se encontram: Francisco / Fran (THELMO FERNANDES), líder do partido, seu presidente, promissor político, símbolo de mudança para o país, e o seu "braço direito", Alexandre / Alex (CLAUDIO GABRIEL), o assessor que sabe tudo, e mais alguma coisa, a respeito da vida de Fran.

Depois de anos caminhando juntos, eles, finalmente, estão prestes a chegar ao mais alto cargo do país.

A intenção de Alex – e ele não esperava outra coisa – era de que Fran o incluísse, na chapa do partido, como seu vice-presidente, já visando a futuras elevações na vida pública.

Mas será que ambos merecem ocupar tais postos de relevadíssima importância para um país?

O que parece ser um descontraído encontro, entre velhos amigos, pouco a pouco, vai-se revelando um tenso jogo, cheio de surpresas e segredos, que "põe em xeque" a relação de amizade e parceria de tantos anos, expondo diferentes pontos de vista e dilemas éticos.

Resumindo: O espetáculo realiza um mergulho nas entranhas da política, nos seus "proibidos subterrâneos", revelando detalhes de seus "podres" bastidores, enquanto confronta uma antiga amizade e seus ideais individuais. 









       A SINOPSE fala muito em “ética”, e o título da peça – que não poderia ser outro – é “DIGNIDADE”, o que até pode confundir alguns mais desavisados, que acham serem sinônimas as duas palavras. A origem do vocábulo “ética” está no grego “ethos”, que quer dizer “o modo de ser, o caráter”. Os romanos traduziram o “ethos” grego para o latim “mos”, ou, no plural, “mores”, significando “costume”, de onde vem a palavra “moral”. Já “DIGNIDADE” vem do latim “dignitas”, que significa “o que tem valor”; de “dignus”, “digno, valioso, adequado, compatível com os propósitos”. Torna-se fácil, pois, entender que a ética é condição “sine qua non” para se dizer que alguém deve ser respeitado por sua “DIGNIDADE”.





       O fato de o brilhante texto já ter sido apontado, por mim, como  universal e atual oferece, ao seu tradutor, duas possibilidades: a de, simplesmente, se preocupar com a tradução de um idioma para outro ou de, também, proceder a algumas pequenas adaptações, as quais, em nada, comprometem o original, e sim, a meu juízo, o enriquecem consideravelmente. É claro que a ação poderia nos ter sido apresentada como se estivesse acontecendo na Espanha, país que não está livre da corrupção e de todas as "obscuridades" de que o texto trata. Basta que nos lembremos do episódio recente - 2020 -, envolvendo o seu rei, de 84 anos, à época, Juan Carlos I, o qual governou o país por 40 anos e foi obrigado a transferir a "dignidade" do trono a seu filho, Felipe VI, e a buscar novo endereço, em Abu Dhabi, acusado de transações ilícitas com a Arábia Saudita. Penso que a trama poderia ocorrer - e ocorre - em qualquer outro país do planeta Terra, REDONDO, porque, infelizmente, como diz o filósofo Luiz Felipe Pondé, "O ser humano pode não ser corrupto, por natureza, mas a carne é fraca.". Há os que afirmam ser a corrupção algo intrínseco a todo "homo sapiens". DANIEL DIAS DA SILVA achou por bem centralizar tudo no Brasil, pelo que conta com toda a minha aprovação, visto que nosso país apresentou, e ainda está apresentando, no ano em curso, a política ocupando um lugar de protagonismo, nos debates sociais, como poucas vezes visto.








      DANIEL DIAS DA SILVA, idealizador do projeto, tradutor do texto e diretor do espetáculo, teve acesso ao original de “DIGNIDADE” durante o período de maior “pico” da pandemia de COVID-19 e ficou totalmente arrebatado por ele, quando enxergou, na obra, quão era ela “pertinente e atual”. O espectador é levado a uma posição de “vouyer”, “de um espectador privilegiado, uma testemunha dos bastidores da política, daquilo que acontece longe dos holofotes e das câmeras, mas que afeta a todos nós. E, também, lembrar da nossa responsabilidade, como cidadãos, questionando cada espectador sobre em qual posição ele quer estar nesse jogo: como uma mera peça que vai sendo movimentada ou como aquele que está no comando dos rumos do país e que contribui, de forma ativa, para o destino da sociedade?”, diz o diretor.








Este espetáculo tinha tudo, mesmo, para dar certo. A descoberta dessa joia de texto, um dos melhores que conheci, nos últimos tempos, por DANIEL DIAS DA SILVA. O seu competente papel de tradutor e de diretor. A concretização de um desejo, alimentado, fazia muitos anos, por THELMO FERNANDES e CLAUDIO GABRIEL, dois grandes amigos, que comemoram 30 anos de carreira e uma amizade que se iniciou, há mais de três décadas, na Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena, no Rio de Janeiro. A convocação de um “escrete de craques”, para criar todos os importantes elementos exigidos para uma montagem teatral de alto nível. A pertinência do tema, no momento atual, quando vivemos “num cenário em que as relações duvidosas e espúrias do submundo da política ficam, cada vez mais, transparentes, trair princípios e provocar ressentimentos que destroem são algumas questões apontadas no texto. A ideia do projeto é, portanto, mostrar, ao espectador, um reflexo claro de nossa sociedade e a relação contaminada e, na maior parte, nociva entre o interesse público e o pessoal, atropelando os limites éticos e morais.” – está escrito no “release”, que me chegou às mãos via BRUNO MORAIS e GISELE MACHADO (Marrom Glacê Assessoria).





O espírito coletivo, imprescindível, numa montagem teatral, aqui está, visivelmente, presente, no fato de o diretor não se considerar o “rei da cocada preta” (Ou “branca”, tanto faz, para os que veem, na expressão, um exemplo de "racismo estrutural". É, simplesmente, porque prefiro as cocadas feitas com coco queimado.), ouvindo sugestões e participando de todas as etapas de criação, como, de fato, deve sempre ocorrer, dialogando com seus colaboradores. Para isso, para atingir o que desejava, como “maestro” desta encenação, DANIEL pensou, partindo do princípio de que a peça não seria encenada num palco italiano, e sim na configuração de arena, em uma analogia com o jogo de xadrez, no qual jogadas inesperadas acontecem e “destroem” outras peças, porque é assim que os dois personagens se apresentam: como dois competidores, numa partida do referido jogo, o qual requer muita inteligência e astúcia. Em seu corretíssimo trabalho, tudo milimetricamnete executado, o diretor faz com que os dois atores se desloquem, o tempo todo, por entre peças “estilizadas” de um jogo de xadrez, por sobre um tabuleiro. Já disse que a arquitetura dramática me deixou encantado com o texto, não só pela linguagem empregada, como também, ou principalmente, pelos “ganchos” que o autor cria e as pistas que ele nos dá, muitas vezes, não percebidas no momento em que se revelam. Sem querer, absolutamente, dar qualquer tipo de “spoiler”, repito, chamo a sua atenção para a postura dos dois personagens, que vai sendo modificada, ao longo de 90 minutos, tempo de duração do espetáculo, assim como certas falas, que justificarão, ou explicarão, o final, totalmente inesperado. Quem “domina” e quem é “dominado”? Quem é o “dono da situação”? Quem “está com a faca e o queijo na mão”? Quem conquistará o “cinturão de vencedor” e qual dos dois será o “nocauteado”? Fran? Alex? Os dois? Ou nenhum deles? VIDAL nos “engana”, com a maior “desfaçatez”, e todos ficamos perplexos, com a cena final, a qual, poderia não ter existido, se acontecesse o desenlace que, realmente, gostaríamos de ter visto (Eu, pelo menos.). A plateia recebe um “direto no estômago”, porque não levou em consideração que há uma grande relatividade sobre o que pode ser considerado certo ou errado, moral ou imoral, e que o ser humano, a tudo, se presta e, de tudo, é capaz, quando seus interesses pessoais estão em jogo ou quando percebe que não tem mais saída e quer arrastar o seu inimigo para o mesmo “buraco”, como um ato de “vingança”.





Basta adentrar o espaço da Arena e deparar-se com o cenário / instalação, de NATÁLIA LANA, para que iniciemos o trabalho de tentar entender aquela OBRA-PRIMA de cenografia. Em total harmonia, trabalharam NATÁLIA e DANIEL, até que ela criasse um “tabuleiro de xadrez”, que ocupa todo o espaço cênico, sobre o qual, como já falei, há a “sugestão” de peças utilizadas no referido jogo de mesa, seguindo, toda a cenografia, o estilo da “Bauhaus”, a escola de "design", arquiterura e artes plásticas mais importante e conhecida no mundo, criada, em 1919, pelo célebre arquiteto Walter Gropous, na Alemanha, que foi perseguida pelo governo nazista e acabou sendo desativada, em 1933. Como se pode ver, a perseguição aos artista é coisa de "nazistas e fascistas" e está muito próxima a nós, no Brasil do último quatriênio, prestes a terminar, felizmente. Propõe esse estilo que o "design devia ser, primordialmente, simples e neutro, sempre focado na funcionalidade. É  considerada uma das mais importantes precursoras do modernismo, na arquitetura do século XX, servindo como referência obrigatória para artistas de todos os campos, incluindo a cenografia. Há, ainda, neste trabalho, a presença de mesas e cadeiras com formas retas ou geométricas. Também pendem, do teto, alguns fios (cordéis) com pedaços quadrados de um material que não consegui identificar, como – perdão pela grosseira comparação, mas não sabia como fazer a sua descrição; as fotos falam mais que todas as comparações – um “espetinho de churrasco” (Que vergonha! Momento descontração.) Esse elemento cênico tanto pode sugerir colunas dos templos e prédios públicos do Império Romano, citado numa determinada parte do texto, ou fazer uma alusão à “burocracia” (pilhas de papel) na política. Talvez você, que me lê, possa fazer outra decodificação disso, o que acho ótimo. Um preciosíssimo trabalho de NATÁLIA – mais um, em seu extenso e premiado currículo -, executado, com o maior esmero, pelo cenotécnico ANDRÉ SALLES  e sua equipe de construção e montagem. O acabamento do cenário é impecável.


(Foto: Gilberto Bartholo.)


      VILMAR OLOS, em mais uma “dobradinha” com a premiada cenógrafa, criou um desenho de luz, sem muitas variações, pertinente, em todos os sentidos, que ganha maior ou menor intensidade, de acordo com a tensão ou “descontração”, esta aparente, de cada momento. Essa luz, indiscutivelmente, valoriza toda a “arquitetura plástica”.




(Foto: RB.)



  VICTOR GUEDES não poderia ter vestido de forma mais adequada os dois personagens: ternos elegantes e bem talhados, em cores sóbrias, como os que usa esse tipo de gente, a qual se vale da "excrescência" do chamado "auxílio paletó".

   



(Foto: RB.)


Há de se destacar, ainda, nesta montagem, a excelente trilha sonora, também assinada por DANIEL DIAS DA SILVA, com destaque para a canção que fica sendo executada, tão logo termina a última cena, enquanto o público vai evacuando o espaço, num silêncio revelador de que foi muito “mexido” pelo que viu. Trata-se de “GOLPISTAS”, composta e interpretada por Caio Prado, cuja letra aqui está, na íntegra, para a sua reflexão:




(Foto: RB.)


 


Caio Prado.

(Foto: autoria desconhecida.)



 

“GOLPISTAS”

(Caio Prado) 

Enquanto você dorme,
Eles planejam um novo golpe, golpe.
Dão armas aos fascistas.
Eles são falsos moralistas, golpistas.

Enquanto você ri.
Eles dão curso ao retrocesso, golpe.
Conspiram ministérios.
Eles sustentam privilégios, golpistas.

Transformam o oprimido em opressor bandido,
Legislam pela redução da idade penal,
Reprimem manifestações com militares,
Iludem, livremente, em rede nacional.

Precisamos falar de política.
A todo custo, a praça pública ocupar.
Precisamos falar de política.
A nossa luta é pela resistência popular.

Enquanto você dorme,
Eles planejam um novo golpe, golpe.
Grampeiam o seu sono.
Eles são ratos desumanos, golpistas.

Enquanto você ri,
Eles torturam o seu passado, golpe.
E, se você não pensa,
E, se você não pensa,
Os mortos não estão na imprensa.

Massacram, todo dia, pobre nas favelas,
Defendem morte, como pena pra marginal,
Revogam previdências de trabalhadores,
Governam para a exploração do capital.

Precisamos falar de política.
A todo custo, a praça pública ocupar.
Precisamos falar de política.
A nossa luta é pela resistência popular.

Precisamos falar de política.
A todo custo. a praça pública ocupar.
Precisamos falar de política.
A nossa luta é pela resistência,

Resistência,
Resistência,
Resistência,
Resistência.


A nossa luta é pela resistência popular.
 






(Foto: RB.)



Merece um destaque e o aplauso merecido RENATA BLASI, por ser uma das idealizadoras do projeto e por seu trabalho na direção de produção, em que também devem ser lembrados os nomes de JULIA DE AQUINO (direção de produção) e JULIANA TRIMER (assistência de produção). Para se erguer um espetáculo teatral, um grupo de profissionais se junta, até que ele seja considerado “pronto para o consumo”, entretanto, para que isso possa acontecer, a cada sessão, o trabalho da equipe de produção é fundamental. Se esta falha, o espetáculo não acontece.




(Foto: RB.)


Se me perguntassem o que eu considero “a cereja desse bolo”, nesta montagem, eu diria que é o texto, mas a resposta não viria “de chofre”, uma vez que sentiria vontade de, também, apontar as atuações de THELMO FERNANDES e CLAUDIO GABRIEL, dois magníficos atores, que demonstram uma “simbiose” total, na interpretação de seus personagens, o que é fundamental para os que contracenam entre si. Ambos são protagonistas, no mais elevado grau de interpretação da palavra, e “batem bola” como dois grandes “craques”, para o que age, a favor, como “mocinho”, a velha amizade que há entre eles e o imenso talento da dupla. Ambos vão se moldando, à proporção que as situações desfilam, aos olhos do público, apresentado-se mais favoráveis a um e desfavoráveis a outro, em alternâncias. Um belíssimo trabalho de interpretação, merecedor de prêmios.  




 (Foto: RB.)



 

 

FICHA TÉCNICA:

 

Idealização: Daniel Dias da Silva, Renata Blasi e Thelmo Fernandes

Texto: Ignasi Vidal

Tradução: Daniel Dias da Silva

Direção: Daniel Dias da Silva

Assistência de Direção: Sávio Moll

 

Elenco: Thelmo Fernandes e Claudio Gabriel

 

Cenografia: Natália Lana

Iluminação: Vilmar Olos

Figurino: Victor Guedes

Trilha Sonora: Daniel Dias da Silva

Projeto Gráfico: Raquel Alvarenga

Fotografia: Rafael Blasi - Vida Longa Audiovisual

Vídeos: Vida Longa Audiovisual

Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria – Gisele Machado & Bruno Morais

Gestão de Redes Sociais: Ana Lobo

Assistência de Produção: Julia de Aquino

Produção Executiva: Juliana Trimer

Direção de Produção: Renata Blasi e Ana Paula Abreu

Produção: Diálogo da Arte Produções Culturais

Realização: Blasi & Fernandes Produções Artísticas – Diálogo das Artes Produções Culturais

 

 

 





(Foto: RB.)






SERVIÇO:

 

Temporada: De 25 de novembro a 18 de dezembro de 2022.

Local: Sesc Copacabana (Arena).

Endereço: Rua Domingos Ferreira, nº 160 - Copacabana - Rio de Janeiro.

Dias e Horários: De quinta-feira a domingo, sempre às 20h.

Valor dos Ingressos: R$7,50 (associado do Sesc), R$15,00 (meia entrada) e R$30,00 (inteira).

Informações: (21) 2547-0156.

Horário de Funcionamento da Bilheteria: De terça a sexta-feira, das 9h às 20h; aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 20h.

Classificação Indicativa: 12 anos.

Duração: 90 minutos.

Gênero: Drama.


 




(Foto: RB.)



Muito mais, ainda, se pode falar sobre o sentido do vocábulo “dignidade”. Na Roma Antiga, uma pessoa possuía “dignitas”, quando ganhava o respeito dos outros, por seu comportamento ético. Com essa denominação, fazia-se alusão a seu prestígio, sua honra e sua reputação social. Para o político e filósofo Cícero, “‘dignitas’ é um dos valores humanos mais elevados, pois se encontra em um nível muito superior aos interesses pessoais”. Quando um político deixava de fazer jus a tal mérito, reconhecido(s) o(s) seu(s) erro(s), preferia perder a vida, por suas próprias mãos, a enfrentar a vergonha de um julgamento e a execração pública. Ainda hoje, com extrema raridade, num passado não tão distante, no Japão, por exemplo (Trago essa imagem “fresca”, na minha mente, quando a vi pela TV.), um político, após ter pedido desculpas, em público, por um grave erro de conduta, cometido por ele, deu um tiro na boca, em frente às câmeras.




(Foto: RB.)



Na “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, apresentada na “Assembleia Geral das Nações Unidas”, no final de 1948, em seu preâmbulo, pode ser lido que “os ideais de paz, liberdade e justiça estão baseados na ‘dignidade’ que todo ser humano possui”. Será mesmo que todos os humanos podem ser considerados “dignos”?




(Foto: RB.)


“Uma pessoa ‘digna’ possui princípios íntegros e inflexíveis, adotando comportamento calmo e equilibrado, de respeito próprio e pelos demais. Outra característica que acompanha a ‘dignidade’ é uma perceptível elevação de caráter, que ocasiona boa reputação, renome e estima devidos ao decoro com conduz seus assuntos.” Uma pessoa perde a “dignidade”, quando perde a honestidade, a honra de ser quem ela era, uma pessoa digna, que procedia com decência. “A pessoa que vive uma vida ‘digna’ tem valores morais e éticos bem definidos. É independente, generosa e não espera por recompensas ou reconhecimento externo. ‘Digna’ é a pessoa que busca a verdade em todos os assuntos relativos ao empreendimento humano...”.


(Foto: RB.)


No texto, os personagens trocam farpas e falam sobre propinas, falta de lisura no trato com o dinheiro público, improbidade parlamentar, falta de decoro, ética, mordomias, locupletações, ambições desmedidas e injustificáveis... Assistam à peça e apontem o dedo, ou não, para Fran ou Alex. Ou para os dois. Ou para nenhum deles.


(Foto: RB.)


ESTE ESPETÁCULO É DIGNO DA MINHA MAIS EFUSIVA RECOMENDAÇÃO.



Ignasi Vidal - o autor do texto

(Foto: autoria desconhecida.)




Daniel Dias da Silva - o diretor.
(Foto: autoria desconhecida.)




Parte da Equipe.


 

 

FOTOS: RAFEL BLASI

(Oficiais)

e

RICARDO BRAJTERMAN

(RB - Convidado)

 

 


GALERIA PARTICULAR:

 

 

Com Daniel Dias da Silva.

("Selfie".)


Com Thelmo Fernandes.

(Foto: Juliana Trimer.)


Com Claudio Gabriel.

(Foto: Juliana Trimer)

 

 

VAMOS AO TEATRO,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO

 DO BRASIL,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!

 

RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!

 

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POSSAMOS DIVULGAR

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TEATRO BRASILEIRO!!!

 

 

 

 

 


 

 
















































































2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. O seu texto me deixou curioso em ver o espetáculo, ainda que isso só vá confirmar o que penso a respeito dos homens da Política.

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