segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

 

“IOLANTA –

A PRINCESA

DE VIDRO”

ou

(O QUE OS OLHOS

NÃO VEEM

O CORAÇÃO SENTE.)



      Uma OBRA-PRIMA!!! Um espetáculo IRRETOCÁVEL!!!

    Poderia iniciar e terminar, com essas duas frases nominais, a minha crítica sobre o espetáculo em tela (Por mim, tudo pode ser resumido nelas.), o qual é apresentado num horário destinado ao público infantojuvenil“uma opereta infantojuvenil” - embora, a meu juízo, merecesse o chamado “horário nobre”, já que não é focado naquele nicho, especificamente, apesar de, no “SERVIÇO”, aparecer, como “classificação etária”, a indicação de LIVRE. Não questiono tal recomendação, ou sugestão, mas não me furto a dizer que “IOLANTA...” talvez seja muito mais um espetáculo para o público adulto do que para os pequenos, embora estes também se encantem por ele, mesmo que não consigam entender algumas coisas, por se tratar de uma obra que apresenta matizes um tanto quanto “eruditos”

    


      Não nos esqueçamos de que se trata de uma “opereta”, que, etimologicamente, significa “uma pequena ópera”, um estilo de ópera leve, tanto na sua substância musical como no conteúdo do assunto. A “opereta” é, também, proporcionalmente, mais recitativa (não cantada) do que uma ópera, propriamente dita. De qualquer forma, muito do texto da história, contida numa “opereta” é dito cantado, exigindo uma atenção redobrada do espectador, o que não combina, lá muito bem, com crianças, principalmente as de hoje, que parecem já ter nascido com um ”chipe”, ou que o tiveram implantado, no cérebro, na hora do parto, o qual lhes permite entender tudo de computadores, telinhas e afins, afastando-se, a quase total maioria, de outras formas de lazer “de quintal” e cultura. Por outro lado, a beleza plástica do espetáculo, a parte musical, as canções - independentemente das letras - e a coreografia, por exemplo, são elementos que prendem a atenção dos miúdos.


   

         Sempre fui, se não o maior, um dos maiores críticos da péssima qualidade das peças infantis ou infantojuvenis que, infelizmente, grassam no cartaz teatral do Rio de Janeiro, e, quando me deparo, raramente, com algo de alto grau de excelência, que valoriza o público infantojuvenil e o respeita, não o tratando como idiotas, seres não pensantes e de gosto e senso estético inexistentes, não só me empolgo e fico feliz, como também me ponho a escrever uma crítica sobre o espetáculo.



      É obvio que só o primeiro parágrafo não seria suficiente para convencer meus leitores a uma ida, urgentemente, ao encontro de “IOLANTA...”, no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro (Ver SERVIÇO.) Assim como “A mulher de César não basta ser honesta; deve parecer honesta.”, faz-se necessário dizer o porquê de eu ter saído tão encantado da sessão a que compareci, já com a certeza de que iria gostar do espetáculo, antes mesmo de ter assistido a ele, no sábado, dia 29 de janeiro de 2022, a julgar por sua ficha técnica e pelo “release” que me fora enviado por PAULA CATUNDA (ASSESSORIA DE IMPRENSA). Esse encantamento atingiu a todos os que lotavam o Teatro e, tenho certeza, acontece em todas as sessões, com todos os que têm o privilégio de experimentar essa rara oportunidade de assistir a um espetáculo não voltado, especificamente, para os adultos ou para os pequenos e de qualidade extrema, a ponto de fazer jus, na minha avaliação, a ser classificado como uma OBRA-PRIMA, como abro este texto.

 

 



SINOPSE:


“IOLANTA – A PRINCESA DE VIDRO” é uma opereta, inspirada na obra russa “Yolanta”, de PYOTR ILYICH TCHAIKOVSKY e apresenta o mundo sensorial de IOLANTA, uma princesa cega.

Ainda bebê, ela perde a visão, devido a um acidente, e cresce de uma maneira inusitada: sem saber que é cega.

O pai, superprotetor, rei de Borgonhópoles, esconde, de todos, a condição da filha e constrói seu mundo, de forma que ela nunca descubra que é cega.

IOLANTA, então, cresce, isolada, no meio das montanhas e longe da maldade humana.

É uma história sobre a descoberta dos sentidos e sobre o poder de transformação e cura por meio do amor.

Na ópera original, a história se passa no século XV, nas montanhas do sul da França, porém, nesta adaptação, a peça ganha contornos brasileiros, sendo ambientada no período colonial, na região da Serra do Órgãos, no Rio de Janeiro.

Os reinos de Borgonhópolis e Provenzópolis foram inspirados nas cidades de Petrópolis e Teresópolis, respectivamente.

O Parnaso é uma riquíssima e fértil terra, situada entre os dois reinos, disputada pelas famílias reais D’Aquém e D’Além – de onde vêm, respectivamente, os jovens IOLANTA e FLORIAN.

Em meio às desventuras desta discórdia, os dois acabam se apaixonando...

 

 



      Devemos a idealização do projeto, como já ocorreu outras vezes, a VANESSA DANTAS, a qual, junto com ANA PAULA SECCO, forma a dupla que assina a dramaturgia da peça, com direção de DANIEL HERZ e direção musical de WLADIMIR PINHEIRO, interpretada por um elenco “de peso”, contando, ainda, na ficha técnica, com alguns dos melhores artistas criadores e técnicos do nosso TEATRO. Uma reunião de grandes talentos, resumindo.



      Um dos motivos que me levam a ter gostado muitíssimo do trabalho é o fato de, além de excelentes atores e atrizes, é que eles são muitos em cena, coisa rara de se ver, em época de pandemia e de falta de recursos financeiros. São nove pessoas, todos atores / cantores / musicistas, nove profissionais que acreditaram no projeto e se jogaram nele com muita garra e vontade de que desse certo. Pois saibam que deu (em ordem alfabética), CAIO PASSOS (RUFINO D’ACOLÁ), CHIARA SANTORO (MARTHA), KIKO DO VALLE (JEAN D’ALÉM), LEANDRO CASTILHO (SR. TCHAIKOVSKY), MARIAH VIAMONTE (IOLANTA D’AQUÉM), MARINO ROCHA (PETRAN D’AQUÉM), SAULO VIGNOLI (ALMERICO), SOFIA VIAMONTE (LAURETE) e TIAGO HERZ (FLORIAN D’ALÉM). Todos se apresentam acompanhados, ao vivo, pelo músico PEDRO IZAR, sem falar que o elenco toca diversos instrumentos em cena, como violão, violino, violoncelo, flauta, flautim, trompete, acordeão e piano.



   

        Contrariando o dito popular, que diz que “O que os olhos não veem o coração NÃO sente.”, nesta história, dá-se, exatamente o oposto, como resolvi transformar o referido ditado, no subtítulo desta crítica. É comum, e facilmente compreensível que, quando alguém é desprovido de um dos cinco sentidos, acaba por desenvolver, mais do que o comum, os demais, como uma forma de “compensação”, para lhe facilitar a sobrevivência em sociedade. Mas IOLANTA vive isolada “do mundo exterior”. A protagonista, aqui, vai além disso, uma vez que, exatamente pelo fato de ser privada do sentido da visão, ela explorou, profundamente, aquilo que, na realidade, não vê, que é a beleza do mundo invisível, comunicando-se com a natureza, “falando a língua dos pássaros e das flores”, como observa VANESSA DANTAS.



       Um dos pontos mais importantes desta narrativa, no dizer do diretor da peça, DANIEL HERZ, está no fato de que ela “traz a ideia de que, na diferença, você tem a possibilidade de um encantamento amoroso. É na singularidade do outro que você percebe uma outra percepção da vida, possibilitando a paixão. Nesse sentido, acho muito moderno montarmos esse espetáculo agora, nesse momento de tanta polarização. O que faz FLORIAN se apaixonar por IOLANTA não é o fato de ela ser cega, mas a consequência de ela ser cega traz uma sensibilidade, uma percepção diferente sobre a existência, algo que ele não tem”. É, deveras, interessante essa colocação de DANIEL, e confesso que não havia atentado para isso, mas o fato é que não foi, absolutamente, por piedade, que o coração do jovem príncipe passou a bater mais acelerado, quando conheceu a “PRINCESA DE VIDRO”, por sua fragilidade. Também não foi por ter sido atraído pela beleza física da moça. O sentimento maior que pode haver entre os humanos, o amor, surgiu quando FABIAN percebeu o quanto IOLANTA era bela por dentro, assim como passou a conhecer a sua visão de mundo. Essa observação de DANIEL é tão totalmente verdadeira quanto profunda, para ser observada após uma única vez em que se assiste à peça. Mais um motivo para eu voltar ao Teatro II do CCBB – Rio, já sabendo que, certamente, enxergarei mais do que consegui captar naquela tarde.



      Uma ideia magnífica deu origem a um texto de ótima qualidade, ressaltando-se quão iluminadas foram as duas dramaturgas, na adaptação do original, que, se mantido fosse, de forma alguma, atingiria os pequenos. Apesar de tratar de temáticas muito sérias e que devem ser, sempre, levadas à discussão, que são a questão de o amor vencendo a tudo e a todos, a importância da empatia e da inclusão social, o texto escorrega, de vez em quando, de leve, para um humor muito suave, inteligente, agradável, com pinceladinhas de críticas ao mundo contemporâneo, o que considero muito válido. A ARTE, mormente o TEATRO, é um veículo muito profícuo, para que se estabeleçam críticas, de toda sorte; políticas, inclusive.



          DANIEL HERZ é um dos nossos melhores encenadores e já passou por duas experiências semelhantes a esta montagem, uma vez que são dele as assinaturas da direção de “O Barbeiro de Ervilha” (Também com adaptação de VANESSA DANTAS) e “O Elixir do Amor” (idem). DANIEL, na minha modesta opinião, é um dos melhores diretores de sua geração, um diretor completo, porque sabe como dar um formato cênico a qualquer texto que lhe chegue às mãos e é um ótimo diretor de atores, considerado, por alguns (Já ouvi isso tantas vezes. Pausa para risos meus!!!)) um “perfeccionista”. Ele gosta de ensaiar exaustivamente, o que é cansativo, é verdade, e, por vezes, entediante, porém necessário. Não sei se por afinidade com ele, já que também o sou (“perfeccionista”) – eu mesmo me considero -, pergunto: E que mal há nisso? Nenhum; muito pelo contrário. Ele ensaia bastante seus espetáculos, até que eles atinjam um grau de “quase perfeição”, porque, pelo fato de o TEATRO ser uma ARTE realizada ao vivo, sempre pode haver algum detalhe que falhe num determinado momento. Mas que não foi por falta de ensaios e de vontade de acertar, disso tenho a maior certeza. E quem ganha, com essa metodologia e filosofia de trabalho, é o público, seja ele qual for.




     Separando as três operetas infantojuvenis de seus demais trabalhos, à frente da Cia. Atores de Laura, fundada por ele, ou convidado por outras companhias, digo que, falando, apenas, das operetas, esta é sua melhor realização, como encenador, a meu juízo, embora as anteriores também tenham sido um sucesso, de público e de crítica, como está sendo “IOLANTA...”.



        Tão importante, nesta montagem, quanto o diretor é a figura do diretor musical, aqui representado por WLADIMIR PINHEIRO, que compôs músicas e letras originais e fez a direção musical e a adaptação musical de algumas das mais consagradas obras do compositor russo TCHAIKOVSKY, como os balés “A Bela Adormecida”, “O Quebra-Nozes” e “O Lago dos Cisnes”, além de temas das sinfonias nº 5 e nº 6 e de concertos. Como é delicioso ouvir temas tão lindos e conhecidos, “vestidos em outros trajes”, com ótimos arranjos, musicais e vocais! Estes são um primor, quando cantados em solo ou por mais de uma voz. “Na transposição da história para o Brasil, a modinha imperial foi escolhida como tema musical”, explica WLADIMIR.




          Senti que o espetáculo merecia ser encenado num palco maior, para que se destacasse, ainda mais, a beleza do cenário, criado por GLAUCO BERNARDI, “inspirado nas arquiteturas francesa e italiana, do século XIX, e no artesanato da cultura popular russa, do mesmo período. Um grande realejo, com seus muitos compartimentos e seus bonecos mecânicos, representam os personagens que vão ganhando vida ao se transformarem nos atores (Extraído do “release.”). Uma cenografia rica, em beleza e bom gosto, além do acabamento, com tantos detalhes e elementos belíssimos e delicados, se estivesse “plantada” em outro espaço, de maiores dimensões, de certo, causaria um impacto positivo, aos olhos, maior do que aquele que já causa.



      Aponto KAREN BRUSTOLLIN como uma das melhores figurinistas do momento. Requisitada por muitos diretores e produtores (Vários trabalhos “on-line”, durante a pandemia, e agora, os presenciais, contam com ótimos figurinos seus.), por sua comprovada competência, no ofício que abraçou, tenho visto, nos últimos tempos, trabalhos brilhantes, nascidos da criatividade e do extremo bom gosto dessa profissional. É ela quem assina todos os figurinos da peça, perfeitamente adaptados a cada personagem, observada uma séria e profunda pesquisa sobre os trajes usados na época em que se passa a ação, resultando o conjunto num deleite para os nossos olhos. KAREN também demonstra – o que é ótimo, fundamental e indispensável – um cuidado muito grande com o acabamento dos figurinos que cria, à frente de sua equipe de produção.




       Como me escorei num ditado popular, para criar o subtítulo desta crítica, reservo-me o direito de explorar outro, para me refererir à luz da peça; “Filho(a) de peixe peixinho é.”. A iluminação, concebida por ANA LUZIA MOLINARI DE SIMONI, em muito, contribui para a plasticidade do espetáculo. ANA tem muito chão a percorrer, jovem que é, mas já pode ser considerada uma das melhores profissionais no ramo, trazendo o DNA do mestre AURÉLIO DE SIMONI, seu pai, que, fiquei sabendo, também deu seus sábios “pitacos” no trabalho de ANA LUZIA. Um desenho de luz que atende a todas as necessidades que a montagem requer, tudo na medida certa e a serviço de uma função bastante lúdica.





         JOÃO GABRIEL MATTOS é o responsável pelo desenho de som, que nos permite ouvir, no volume adequado, tudo o que se diz ou se canta, em cena. Deve ter sido um trabalho bastante instigante e um desafio, para quem se propões a equalizar o som num espetáculo deste tipo, que mistura recitação com canto.



         Normalmente, o crítico faz as melhores referências, quando vai tratar da parte de interpretação, aos protagonistas da peça, ainda que isso não seja uma “cláusula pétrea”, já que, por inúmeras vezes, vemos atores, em personagens coadjuvantes (Coadjuvantes são os personagens, não os atores.), com um rendimento, em cena, superior ao de um ou outro protagonista. No caso de “IOLANTA...”, afirmo que cada um dos nove, em cena, honra seu personagem, valoriza-o, com a maior correção possível, em suas interpretações. Não teria como destacar o trabalho de um ou outro, visto que todos são profissionais que merecem o meu respeito e admiração, pelo que já representaram e pelo que representam na obra aqui analisada. Devo afirmar, porém, que tive algumas surpresas, como a capacidade para o canto, de MARINO ROCHA e a veia cômica de KIKO DO VALLE. Elenco coeso e de rendimento excelente.



       Embora eu não vá falar, individualmente, de todos os demais profissionais que fazem parte da ficha técnica da peça, parabenizo a todos, pelos tijolinhos com os quais cada um, com seu trabalho, competência e dedicação, ajudou a construir esta “IOLANTA”...”.



       



FICHA TÉCNICA:

 

Libreto: Vanessa Dantas, Ana Paula Secco e Wladimir Pinheiro

Texto original, a partir da ópera russa “Yolanta”, de Tchaikovsky: Vanessa Dantas e Ana Paula Secco

Música e Letras Originais, Adaptação Musical: Wladimir Pinheiro

Direção: Daniel Herz

Direção Musical e Arranjos: Wladimir Pinheiro

Direção de Movimento: Daniel Herz e Esther Weitzman

 

Elenco (por ordem alfabética): Caio Passos, Chiara Santoro, Kiko do Valle, Leandro Castilho, Mariah Viamonte, Marino Rocha, Saulo Vignoli, Sofia Viamonte e Tiago Herz

 

Músico: Pedro Izar

Cenário: Glauco Bernardi

Figurino: Karen Brustollin

Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni

Desenho de Som: João Gabriel Mattos

Preparação Vocal: Chiara Santoro

Assistente de Direção: Fernando Queiroz

Operador de Som: Arthur Ferreira

Microfonista: Adriana Lima

Costureira: Vera Lúcia dos Santos Costa

Comunicação Visual: Bruno Dante

Assessoria de Imprensa: Paula Catunda

Mídias Sociais: Guilherme Fernandes

Fotografia: Caíque Cunha e Guilherme Fernandes

Maquiagem: Bruno Alsiv

Direção de Produção: Pagu Produções Culturais (Bárbara Galvão, Carolina Bellardi e Fernanda Pascoal)

Produção Executiva: Fernando Queiroz

Gestão Administrativa - Financeira: Natália Simonete - Estufa de Ideias

Assistente Financeiro: Pedro Henrique Cavalcante - Estufa de Ideias

Patrocínio: Eletrobras Furnas e Centro Cultural Banco do Brasil

Realização: Marcatto Produções, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

O projeto conta com a Lei de Incentivo à Cultura.


 


 

 



SERVIÇO:


Temporada: de 22 de janeiro a 13 de março de 2022

Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Teatro II

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro – Rio de Janeiro -  RJ

Informações: (21) 3808-2020

Dias e Horários: sábados e domingos, às 16h

Valor dos Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia entrada)

Ingressos na bilheteria: de quarta-feira a segunda-feira, das 9h às 20h 

Ingressos pelo site: eventim.com.br

Classificação: Livre

Duração: 80 min.

Gênero: Opereta infantojuvenil

 

 




      Devido ao “arrefecimento”, com relação à pandemia de COVID-19, ainda que tenhamos que manter todos os protocolos, até hoje, indicados e estabelecidos pelas autoridades sanitárias, o TEATRO, aos poucos, vai voltando a ser TEATRO, ou seja, volta a receber, presencialmente, o público. E isso vem acontecendo de forma muito positiva, em todos os sentidos, com as casas de espetáculo lotadas e, um detalhe muito importante, com produções infantojuvenis de excelente qualidade. Parece que o que estava contido, reprimido, contra a vontade, dentro dos artistas, explodiu, de repente, de uma forma que está viralizando e levando o público de volta aos Teatros do Rio de Janeiro. Creio que, em outras praças, também; com relação a São Paulo, sei que não está sendo diferente.



  É algo raríssimo, no Rio de Janeiro, pelo menos, termos, simultaneamente, em cartaz três espetáculos infantojuvenis de extremíssima qualidade, como está ocorrendo agora. Além que “IOLANTA...”, no mesmo CCBB – Rio de Janeiro, mas  no Teatro III, “Pinóquiuo”, sobre o qual já escrevi, e, no Teatro Clara Nunes, “Pimentinha - Elis Regina para Crianças”, sobre o qual começarei a escrever hoje mesmo. Dá para assistir aos três, todos muito recomendados por este crítico, um grande admirador, incentivador e entusiasta desta fatia do mercado teatral.



       Nunca devemos nos esquecer de que as crianças e adolescentes de hoje, e de sempre, merecem assistir a espetáculos da melhor qualidade, até porque são muito mais críticos e sinceros que os adultos e, também, de que estamos formando os espectadores adultos, do futuro.

 

 

 

 


FOTOS: CAÍQUE CUNHA

E

GUILHERME FERNANDES

 

 

GALERIA PARTICULAR

(FOTOS: DIVERSAS PESSOAS):

 

(Com Tiago Herz.)


(Com Kiko do Valle.)


(Com Marino Rocha e Leandro Castilho.)


(Com Amanda Ramos e Caio Passos.)


(Com Chiara Santoro.)


 (Com Vanessa Dantas e Ana Paula Secco.)

 


 

E VAMOS AO TEATRO,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO

DO BRASIL,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!

 

RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!

 

 

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