quarta-feira, 12 de agosto de 2020


NA COXIA,...

...COM RUBENS LIMA JR..

 

 

Rubens Lima Jr.

 

Se alguém o procurar por seu nome artístico, muitos vão saber de quem se trata, entretanto, se a pesquisa for feita sobre o seu primeiro nome, no diminutivo, não há, no universo teatral carioca, incluindo os profissionais da área e o público em geral, quem não conheça o RUBINHO, como, carinhosamente, é tratado RUBENS LIMA JR., professor do Departamento de Interpretação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), desde 1992, com um currículo extenso, tanto de formação quanto de trabalho.

           Em 1995, criou, no Centro de Letras e Artes da UNIRIO, o “Projeto Teatro Musicado”, coroando sua dissertação de mestrado em TEATRO MUSICAL, que teve como título “Arthur Azevedo e o TEATRO Naturalista”. Para pôr em prática seu “Projeto”, RUBINHO contou com o apoio da reitoria da Universidade e estabeleceu uma parceria com a Escola de Música e com os departamentos de Teoria, Cenografia e Direção Teatral, para produzir trabalhos de pesquisa acadêmica.

            Em sua primeira experiência desenvolvida no projeto, já deixou bem claro a que viera. Foi uma montagem de “Kabarret Valentim”, com 32 alunos, numa temporada de grande sucesso, que durou dois meses e fez com que o espetáculo representasse a instituição, a convite, no “Festival de Outono de Madri”, também em 1995, no qual o grupo ganhou o prêmio de “Melhor Espetáculo da Mostra Alternativa”. Uma curiosidade é que RUBINHO já havia participado de uma montagem do “Kabarret”, em 1983, como aluno, dentro da própria UNIRIO, que acabou se tornando uma produção profissional, em carreira, com temporadas em mais de um Teatro, no Rio de Janeiro.

           A partir de 2007, o “Projeto” deslanchou, com brilhantes montagens de um sucesso atrás do outro, cada um superando, em todos os sentidos, o do ano anterior. Logo a partir dessa primeira experiência, um público amante dos musicais, grupo no qual, orgulhosamente, me incluo (Assisto a todas as peças, mais de uma vez.), passou a ser fiel às "montagens de RUBINHO" e, a cada ano, um novo recorde de espectadores é batido. Para se ter uma ideia do quanto as “peças do RUBINHO” estão sendo concorridas, elas são iniciadas às 21h e, sendo a entrada gratuita, a partir das 20h, distribuem-se senhas, para o acesso ao “Palcão”.  Aproximando-se o final da tarde, já começa a se formar uma enorme fila, à porta da Sala Paschoal Carlos Magno e, não raro, voltam, frustradas, para suas casas, a cada dia, às vezes, cerca de cem pessoas, número superior ao da capacidade de lotação da casa.

            É ou não é um fenômeno? E a que se deve isso? Além do grande público, que disputa, com unhas e dentes, um lugar no minúsculo “Palcão” (Menos de cem lugares regulares.), sujeitando-se a se sentar nas escadas e no chão, têm assistido às sessões dessas práticas de montagem consagrados atores, diretores e produtores do TEATRO BRASILEIRO, da TV e do cinema. E as opiniões são unânimes: “Uma maravilha!”. “Fantástico!”. “Inacreditável!”. Assim se pronunciaram, por exemplo, Lilia Cabral e DONA Fernanda Montenegro. 

Pelas mãos do RUBINHO, dentro do seu “Projeto de Teatro Musicado”, vários alunos passaram e, hoje, são consagrados nomes do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO e também atuam em outras mídias, como LEO BAHIA, HUGO KERT, VICTOR LEAL MAIA, ANDREI LAMBERG, BÁRBARA SUT, BRUNO NUNES, BRUNO BOER, CAIO SCOT, CAMILA MAIALARISSA LANDIM, LEONAM MORAES, FERNANDA GABRIELA, LUÍSA VIANNA, LUIZ GOFMAN, NANDO BRANDÃO, SANTIAGO VILLALBA, TAUÃ DELMIRO, VINÍCIUS TEIXEIRA e tantos outros.

No próximo dia 8 de setembro (2020), RUBINHO completará 40 anos de carreira profissional, uma data a ser, muito merecidamente, comemorada.


 

1) O TEATRO ME REPRESENTA: Para ser bem “original”, considerando que não sou jornalista, vou começar por uma perguntinha bem básica. Como, onde e quando você descobriu que, para você, a “estrada de tijolos amarelos” o levaria ao mundo do TEATRO?

 

RUBENS LIMA JR.: Gosto de TEATRO desde pequeno. Inicialmente, fiz TEATRO escolar, infantil, no Instituto de Educação, no Rio de Janeiro, e, no ano de 1973, no Teatro Arthur Azevedo, dessa mesma escola, famosa pela minissérie “Anos Dourados”. Escrevi, montei, dirigi e fui o protagonista (Risos.) de um infantil, chamado “Circus”, que chegou a fazer alguns espetáculos para os alunos pequenos dessa mesma escola. Eu tenho, até hoje, algumas fotos. Tinha 12 anos, nessa época, e não parei mais. Mas o “clic” mesmo já havia sido dado, ao assistir, aos 7 anos, levado pela minha mãe, ao filme musical “A Noviça Rebelde”.


"Circus" - 1973

(Na porta o Instituto de Educação - Arquivo familiar.)


(Idem.)

2) OTMR: Ao contrário de hoje, quando muitos pais sonham com filhos artistas, antigamente, era muito difícil contar com o apoio da família, quando se escolhia qualquer arte, como profissão, principalmente o TEATRO. Como foi isso para você?  

 

RLJ: Não tive apoio, mas ninguém da família nunca teve nada contra. Iam assistir aos meus trabalhos e achavam que era um passatempo.  Meu primeiro espetáculo profissional aconteceu em setembro de 1980, com o infantil “O Tambor do Tereré”, de Hidelmar Barbosa, no Teatro do Monte Sinai, na Tijuca.

 

 

(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


3) OTMR: Como se deu a sua formação acadêmica?


RLJ: Primeiro, formei-me em jornalismo, pela PUC - Rio, profissão, que volta e meia, ainda exerço e que me foi fundamental, também, na área teatral; isso em 1983. No mesmo ano, entrei na UNIRIO e fiz bacharelado em direção, interpretação, licenciatura em TEATRO, pós- graduação (especialização) em TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, dois mestrados – um em educação e outro em TEATRO - e um doutorado em TEATRO. Quando fiz o mestrado em TEATRO - Educação e o doutorado, eu já era professor da UNIRIO. Passei no concurso para professor em 1993.


"Uma Mulher de Vida Nada Fácil"  - São Paulo - 1989

(Arquivo pessoal do entrevistado.)

 

 

(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


4) OTMR: Antes de encarar os estudos, para se tornar um profissional, você fez TEATRO amador? Em caso afirmativo, atuando ou dirigindo?

 

RLJ: Eu fiz muito TEATRO amador e tive algumas companhias de TEATRO, na Tijuca; especificamente, no Clube Municipal e o no Clube do América, sempre dirigindo e, algumas vezes, atuando.

 

"Confidências"  -  1988 

(Arquivo familiar do entrevistado.)


"Festival Tardieu" - Teatro da Aliança  Francesa  de Botafogo - 1986.

(Arquivo pessoal do entrevistado.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


5) RUBINHO, por conta do seu vitorioso “PROJETO TEATRO MUSICADO”, na UNIRIO, o seu nome sempre nos remete a musicais, e, embora eu saiba que essa é, na minha opinião, a sua “praia”, você também já dirigiu, e ainda dirige, outros gêneros teatrais. Fale, resumidamente, da sua trajetória como diretor, durante uma linda carreira, à beira dos 40 anos de profissão

 

RLJ: Eu fiz muitos espetáculos nesses últimos 40 anos e, apesar de grande parte deles pertencer aos musicais, já dirigi muitos outros gêneros, que vão do drama, comédia e infantis, passando pelo TEATRO do absurdo e alguns espetáculos experimentais. Tenho algo em torno de 60 espetáculos, vários, montados em diversos estados do Brasil e, também, na Espanha e em Portugal.


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


6) OTMR: O “PROJETO TEATRO MUSICADO” foi criado há 25 anos, quando os musicais eram bem raros entre nós, as grandes produções estavam apenas engatinhando, salvo raras exceções, e não havia, ainda, um público cativo, como acontece hoje. Ainda que já saibamos qual foi o embrião do “PROJETO”, qual era, exatamente, naquele momento, a sua intenção, com aquela iniciativa?


RLJ: Quando criei o “UNIRIO TEATRO MUSICADO”, em 1995, queria dar uma opção diferente dentro da Universidade, como uma espécie de especialização, a partir da minha experiência como profissional e, também, com professor de TEATRO, na formação de atores. O projeto sempre foi opcional e acabou se tornando, anos depois, na primeira matéria do gênero a ser aprovada pelo MEC, entrando, efetivamente, no currículo escolar universitário.


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


 

"Kabarret Valentim" -  1995 - UNIRIO.

(Arquivo pessoal do entrevistado.)

 

7) OTMR: Quais foram as primeiras reações das pessoas, dentro da UNIRIO, quando o “PROJETO” foi lançado? Refiro-me a toda a comunidade acadêmica, da administração ao alunado?

 

RLJ: No momento da criação, e até hoje, sempre foi motivo de polêmica, pois muitos achavam (alguns professores, colegas, e alguns alunos também) que o TEATRO MUSICAL não deveria ser ensinado numa Universidade. Polêmicas à parte, eu nunca desisti de implantar esse projeto, e continua firme, até hoje.


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)

 

 

(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


8) OTMR: Um dos aspectos que mais me encantam, no “PROJETO”, é o seu método de trabalho, envolvendo núcleos distintos da Universidade, todos voltados para o mesmo ideal, e, a partir de um determinado momento, abrindo as portas para estudantes de outras universidades públicas, inclusive para gente que não cursa TEATRO. Você tem consciência da dimensão do que representa, no momento político atual, essa união de forças?

 

RLJ: Acredito que todos podem aprender a atuar e no TEATRO MUSICADO. Acredito, também, nisto: que todos podem ser introduzidos nesse mundo. Depois de algum tempo, a proposta se estendeu a todos os cursos da UNIRIO e, mais tarde, a qualquer universidade federal do Brasil. Acho que, desde sempre, essa força e essa união se tornaram fundamentais para o "PROJETO".


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


9) OTMR: Como eu já tive a oportunidade de dizer, na apresentação desta entrevista, muita gente talentosa, reconhecida, hoje, pelo grande público, saiu das suas montagens, passou pelos seus ensinamentos, crivo e orientação. Vendo aqueles jovens, atuando nos seus musicais, você já enxergava, lá atrás, uma carreira de sucesso para eles, no futuro, que já é hoje?

 

RLJ: Eu nunca pensei ou criei expectativas sobre o sonho de todo ator que me procurava para estudar e aprender com o gênero musical. Apenas me senti como uma espécie de instrumento para isso. É o ator que tem que aproveitar e se desenvolver. Mas confesso que fico muito orgulhoso de ver vários atores que passaram por esse processo, trabalhando, hoje, profissionalmente, com muito sucesso.


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


10) OTMR: Você parece Midas, na escolha dos textos que monta, porque tudo se transforma em grande sucesso. Quais são os critérios, além da qualidade, obviamente, para essas escolhas?

 

RLJ: Minhas escolhas de qual espetáculo musical eu vou montar, inicialmente, eu as desenvolvo dentro da minha pesquisa na Universidade. Geralmente, de três em três anos, estudo uma linha dramatúrgica e pesquiso arduamente. Com certeza, aprendo junto. Atualmente, estou na fase 3 do trabalho de pesquisa do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, que passou por “O Mambembe”, do Arthur Azevedo, “O Primo da Califórnia”, de Joaquim Manuel de Macedo e, agora, com um texto inédito, e nunca montado como um musical, que é o conto “O Alienista”, de Machado de Assis.


AOUILA NO TEATRO: CHÃO DE ESTRELAS

 

11) OTMR: Na minha opinião, e acho que na de muita gente, um dos maiores sucessos de todas as montagens do “PROJETO”, se não for a melhor, foi “Tke Book of Mormon”. Eu assisti, três vezes, na UNIRIO, em outros espaços (UERJ, Cidade das Artes e Teatro João Caetano) e, uns dois anos depois da sua montagem, tive a oportunidade de conferir a produção londrina, em West End, e digo, de coração, que, guardadas as devidíssimas proporções, considerando-se os parcos recursos financeiros aqui disponíveis, e muito bem empregados, comparados com os de uma produção profissional, em Londres, em termos de qualidade, de espetáculo, de produto final, vocês não ficaram nada a dever aos gringos. Eu saí do Prince of Wales Theatre muito orgulhoso de vocês. Como se deu o processo de permissão para que o musical fosse montado no Brasil? 

 

RLJ: Pela lei de direitos autorais aqui, no Brasil, há uma cláusula, bem clara, que me permite montar qualquer espetáculo, desde que seja em um espaço escolar público, numa universidade federal, com intuito de aprendizado, de forma gratuita e, caso seja, também, apresentado em outro espaço, que tem ser público também, como um Teatro administrado por algum órgão oficial ou fundação, as apresentações terão de ser sempre de forma gratuita e sem ter nenhum tipo de propaganda ou patrocínio. Com isso, eu pude montar, tranquilamente, o “The Book of Mormon”. Fomos questionados, em algum momento, sobre essa montagem. O escritório de New York, que detém os direitos, contratou um advogado do Brasil, para assistir à montagem, entender e saber o que estava acontecendo aqui, já que esse sucesso tinha chegado até a Broadway, mas não tivemos nenhum problema, já que o advogado viu que não estávamos infligindo nenhuma lei de direitos autorais, para a tristeza de quem denunciou o nosso projeto (Risos.).


Carioca Cult: Stand-Up Musical


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)

 

(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)

 

12) OTMR: Você prefere trabalhar com elencos numerosos ou com poucos atores. Vejo em você, uma facilidade muito grande para conduzir trabalhos com muita gente em cena. Como funciona, na prática, o seu processo de ensaio e, em média, quanto tempo dura?

 

RLJ: A escolha dos atores para o projeto da UNIRIO se dá em um teste, para ver as possibilidades de cada um e nunca escolher um ator de musical pronto. No início desse processo, todos são avisados do tempo previsto, para não termos problemas no futuro. Ele dura, em media, um ano e meio e não começa, diretamente, com o musical escolhido. Trabalha-se, inicialmente, o TEATRO MUSICADO e todas as suas vertentes, como introdução à dança, o canto, a interpretação, a história do TEATRO MUSICAL e gêneros afins… Ainda acontecem exercícios de integração e relação, trabalhos com “cross fit”, TEATRO do Oprimido, de Augusto Boal, seminários feitos por eles e, só depois de seis meses, é que vamos pensar no texto do musical escolhido. E, desse trabalho, participam, ativamente, professores da Escola de Teatro e da Escola de Música da UNIRIO, além de diversos voluntários e especialistas de todos os setores que abrangem uma montagem musical.


Theatro Municipal do Rio de Janeiro - 2008

(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)

 

(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


13) OTMR: Existe uma preferência por alguma temática? Uma justificativa, por favor.

 

RLJ: Eu gosto de todos os gêneros musicais, mas prefiro as comédias musicais e o TEATRO de Revista Brasileiro.


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)


(Foto tirada e enviada pelo entrevistado. Arquivo familiar.)

 

14) OTMR: Você já teve experiências de direção em outras mídias? Em caso afirmativo, em qual(is) e como foi?

 

RLJ: Já dirigi algumas coisas diferentes, saindo um pouco do TEATRO. Para a televisão, uma minissérie sobre TEATRO, para a Fundação Roberto Marinho/Canal Futura, e, até, o “Miss Estado do Rio de Janeiro”, por dois anos seguidos, pela TV Band Rio, ao vivo. Algumas “performances”, para a “Flip”, de Parati, na Casa da Leitura, e diversos projetos do “Grupo ClãdestinoI”, de arte e educação, em seções de criação verbal, por todo o Brasil.



"Fascinante Gershwin"

(Foto: Thiago Ristow.)


15) OTMR: O seu método de direção, de trabalho, obedece a alguma disciplina rotineira ou varia de montagem para montagem?

 

RLJ: Meu trabalho de direção é sempre diferente, dependendo da proposta, dos atores, dos gêneros... Eu gosto muito de estar, sempre, buscando novas fórmulas de direção e, volta e meia, misturo tudo. Sou um “psicólogo”, na direção, em todos os sentidos.


"Fascinante Gershwin"

(Foto: Thiago Ristow.)


"Fascinante Gershwin"

(Foto: Thiago Ristow.)


"Fascinante Gershwin"

(Foto: Thiago Ristow.)


16) OTMR: Já passou pela experiência de dirigir e atuar, num mesmo espetáculo? Em caso afirmativo, como se dá o processo?


RLJ: Durante o início da minha carreira, fiz isso, algumas vezes, de atuar e dirigir, mas, como eu deixei de ser ator, isso, atualmente, não é nenhum problema. Mas, hoje em dia, eu jamais faria um trabalho atuando e dirigindo ao mesmo tempo. É muito ego para administrar. (Risos.)


A imagem pode conter: 8 pessoas, texto

17) OTMR: Nos últimos anos, você tem se dedicado, quase que “full time”, às suas atividades docentes e ao “PROJETO”. Não sobra tempo para dirigir um espetáculo, no circuito comercial? Por que você, infelizmente, atua bissextamente nesse circuito?

 

RLJ: Apesar do pouco tempo, consigo fazer trabalhos do “PROJETO UNIRIO TEATRO MUSICADO” junto com trabalhos profissionais.


Unirio Teatro Musicado - Publicações | Facebook


18) OTMR: Pode parecer meio óbvio, mas você seria capaz de, sinteticamente, definir quais são a função e a importância do diretor num espetáculo teatral?

 

RLJ: Sou um diretor “à antiga” (Risos.) e acho que a direção é a coisa mais importante em um espetáculo. Eu concebo a direção, as marcas, o que eu quero dizer sobre esse espetáculo e me cerco de atores, técnicos, para me ajudar a desenvolver essa minha concepção. Sou muito personalista no que faço, na direção, mas aceito, com tranquilidade, todas as sugestões, mas jamais conseguiria trabalhar em uma direção coletiva.


CANÇÕES PARA UM AMOR PERDIDO (2008) | Unirio Teatro Musicado - YouTube

 

19) OTMR: As relações diretor/elenco e diretor/artistas de criação (cenógrafo, figurinista, iluminador...) são bem distintas, mas "dialogam". Como elas se dão?

 

RLJ: Tenho ótimas relações com os outros setores de uma montagem. Acredito, piamente, que o TEATRO é uma arte coletiva, mas, com um comando.


 


"Cambaio"

(Divulgação.)



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20) OTMR: Quando o planeta foi tomado, de assalto, por um inimigo invisível, capaz de fazer parar o mundo, você estava em pleno processo do que seria o musical de 2020: “O Alienista”. Gostaria de que você falasse um pouco sobre ele e se continuará sendo a próxima montagem, em 2021, na hipótese, quase certeza, de que, infelizmente, o ano teatral, no Brasil, terminou, bruscamente, no dia 13 de março próximo passado, ou se vai abandonar o projeto e partir para outro.

 

RLJ: Apesar da pandemia, o próximo projeto do “UNIRIO TEATRO MUSICADO”, que é “O Alienista”, continua firme nos planos. Assim que passar essa pandemia, e quando tivermos segurança, voltaremos a ensaiar, para estrear logo. Deveríamos ter estreado em maio deste ano.



 Dr scott - Rocky Horror Show - UNIRIO - YouTube

(The Rocky..."

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Fabíola Romano - Louca Louca - Rocky Horror Show UNIRIO - YouTube

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Time Warp - UNIRIO - YouTube

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The Rocky Horror Show | Pedro Henrique Lopes

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The Rocky Horror Show | Pedro Henrique Lopes

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21) OTMR: Você, principalmente, no início de sua carreira, dirigiu muito TEATRO InfantojuveniL, ou, simplesmente, Infantil. Como se posiciona com relação ao que é feito, hoje, em termos de qualidade e de preocupação, por parte das produções, no que diz respeito à intenção de formar uma futura plateia?

  

RLJ: Gosto muito do TEATRO Infantil com qualidade e sempre busco isso, quando vou dirigir algum projeto do gênero.  Fujo de coisas fáceis e sem qualidade artística.



tommy: pinball wizard - parte 2 (trecho) @ unirio - YouTube

 "Tommy"

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"Tommy..."


"Tommy"


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22) OTMR: Você encara o TEATRO MUSICAL mais como uma forma de entretenimento ou ele acrescenta valores para o espectador?

 

RLJ: O TEATRO MUSICAL é um entretenimento e acrescenta valores ao público. O gênero é vasto em possibilidades.


Teatro no Campus - TOMMY Parte 3 - YouTube

"Tommy"

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23) OTMR: Nas suas montagens, você utiliza a caracterização para transformar atores e atrizes jovens em personagens velhos. Há algum limite de idade, para participar do “PROJETO”? E quais são os pré-requisitos exigidos, para fazer parte de uma “montagem do RUBINHO?

 

RLJ: Não existe nenhum pré-requisito especial, para participar do “PROJETO UNIRIO TEATRO MUSICADO”. Tem que ser apenas um candidato matriculado em alguma Universidade Federal e muita vontade de aprender, de querer fazer, de se entregar. Eu busco, nesse candidato, nas audições que faço, duas coisas: vontade e determinação.



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24) OTMR: O TEATRO MUSICAL, no Brasil, já atingiu um patamar, que justifica que haja alguns prêmios especiais, voltados, apenas, a esse gênero. Fora esses, os quais ainda são poucos, é bastante difícil ver musicais emplacando premiações, em todas as categorias, em prêmios não específicos para o gênero. Algumas pessoas me dizem que, de uma forma geral, infelizmente, ainda há um grande preconceito contra musicais, no Brasil, assim como também existe, com relação às comédias. Eu mesmo já ouvi comentários desabonadores sobre os dois gêneros, o que me deixa bastante triste e irritado. Digo-lhe, inclusive, que conheço atores (?) e atrizes (?) que consideram o TEATRO MUSICAL como uma espécie de “arte menor”, assim como, por total ignorância, muita gente tem o mesmo pensamento com relação às comédias. Na sua opinião, existiria uma espécie de preconceito com relação aos musicais e às comédias, por parte de quem organiza os prêmios de TEATRO ou julga? O que você tem a dizer sobre isso?


RLJ: A comédia e o musical sempre vão sofrer preconceito em matéria de premiação. Não é à toa que o “Globo de Ouro” nos EUA, divide essa premiação em dois setores, por causa disso. Existem, sempre, erros de avaliação. Afirmo que o TEATRO MUSICAL é um desafio muito forte para quem o faz, pois o ator é um verdadeiro atleta, que tem que, ao mesmo tempo, saber representar, cantar e dançar. É muito difícil e complexo. O preconceito contra o TEATRO MUSICAL, infelizmente, ainda vai existir, enquanto os críticos não entenderem que a arte pode ser comercial e, ao mesmo tempo, artística.



 

"...Spamalot"

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Ator e caracterizador, conheçam Vitor Martinez | Woo! Magazine

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25) OTMR: Tendo a sorte de poder assistir a musicais fora do país, e, salvo algum engano, sendo o maior frequentador e admirador de musicais no Brasil (Risos meus.), sem nenhum ufanismo, digo que, em muitos aspectos, já constatei que não ficamos devendo nada aos estrangeiros, ou muito pouco, principalmente na qualidade do material humano, quanto a esse gênero teatral. Você concorda comigo? O que ainda está faltando aos musicais brasileiros, para que atinjam um perfeito nível de qualidade, aceitação e maior valorização?

 

RLJ: Acho que o musical brasileiro está em pé de igualdade com qualquer musical estrangeiro, como o americano. Só acho que temos que evoluir mais na dramaturgia, na criação de textos para musicais, que, em minha opinião, ainda não é o ideal.


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26) OTMR: Antigamente, para se montar um musical, no Brasil, era um grande problema, uma vez que os diretores e produtores se esforçavam muito para encontrar gente que, no mesmo nível de qualidade, cantasse, dançasse e representasse.  Era muito difícil formar um elenco, principalmente quando era grande.  Hoje, ocorre o contrário: os diretores e produtores sofrem muito, por terem de abrir mão de grandes talentos, que se multiplicam a cada dia, nas audições. O que mudou na formação do ator brasileiro de hoje?


RLJ: Acho que, há muito tempo, o ator de musical vem buscando, por conta própria, a sua formação, principalmente na área de música e de dança, com aulas focadas na formação desse ator específico. No “PROJETO UNIRIO TEATRO MUSICADO”, vimos tentando trabalhar essa formação. em canto, dança e interpretação, de uma forma mais integrada de linguagens. Lembro-me de uma entrevista do Maurício Sherman, falando que, quando montou “Evita”, no início dos anos 80, teve que “pedir emprestado” os bailarinos e cantores do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para fazer parte do elenco. Hoje, isso já não acontece mais.


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27) OTMR: Por que, hoje, os Teatros lotam, quando o espetáculo em cartaz é um bom musical? Mudou o interesse da plateia? Em função de quê?

 

RLJ: O TEATRO MUSICAL já tem, há um bom tempo, muito sucesso aqui, no Brasil, e isso se intensificou pela retomada mais  efetiva do gênero, no final do século passado, mais propriamente, na última década (1990), e, também, porque o público gosta dele aqui, como em  qualquer parte do mundo.  No Brasil, desde o tempo do TEATRO de Revista, com textos do Arthur Azevedo, sempre fez mais sucesso que outros gêneros teatrais. O TEATRO MUSICAL sempre vai ter as maiores bilheterias e uma maior visibilidade, pois é um gênero que tem muita gente em cena, cantando e dançando, grandes cenários, figurinos deslumbrantes etc.. O TEATRO MUSICAL é pura magia, um gênero que grande parte do público quer ver e se divertir, refletir, em algumas montagens, e sair feliz do Teatro.



(The Book...")

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28) OTMR: Que espetáculo lhe deixou mais saudade?  Por quê?

 

RLJ: Pode ser chavão, mas sinto saudades de todos os espetáculos que dirigi. Tenho a minha casa lotada de cartazes nas minha paredes e, volta e meia, eu paro em frente deles para lembrar. Fico com muita saudade de atores com quem trabalhei e que já partiram. Tenho aquela sensação de que algo se perdeu naquela montagem que se foi. Eu sinto saudades desses espetáculos.


The Book of Mormon' sai do campus e cai nas graças do público |

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VÍDEO] Entrevista com Hugo Kerth e Leo Bahia, protagonistas de ...

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29) OTMR: Que espetáculo, musical ou não, já montado, profissionalmente, no Brasil, você gostaria de ter dirigido?  Por quê?

 

RLJ: Tinha muita vontade de ter dirigido “Gota d’Água”, com Bibi Ferreira. Assisti ao espetáculo, em 1975, e nunca mais me esqueci.


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The Book of Mormon no Teatro da UFF - YouTube

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30) OTMR: Mesmo trabalhando muito, a gente se encontra, vez por outra, nas plateias, principalmente nas estreias.  Dos mais recentes, ou qualquer outro a que tenha assistido, qual(is) espetáculo(s) lhe causou(aram) grande prazer e admiração em assistir  a ele(s)?

 

RLJ: Adoro fazer e ir a musicais. Tive muito prazer, recentemente, em ver a Bárbara Sut, atriz que tive o prazer de dirigir, em “O Mambembe”, ser a protagonista da versão musical de “Romeu e Julieta - ao Som de Marisa Monte”.


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A University in Rio de Janeiro Performed "The Book of Mormon ...

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Musical nota 10 : “The Book of Mormon” – Eu fui! | Palco, Teatro ...

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31) OTMR: Cite os nomes de alguns atores a atrizes, com os quais ainda não tenha trabalhado, profissionalmente, que você gostaria de dirigir.

 

RJL: Gotssha, Maria Stella Rodrigues, Alessandra Verney, Laila Garin e Daniel Boaventura são alguns deles, mas há muito mais gente que eu gostaria de dirigir um dia.



Quinta edição do FESTU RIO – Festival de Teatro Universitário ...

"O Jovem..."

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Cris de Lamare: Os adereços do Jovem Frankenstein

"O Jovem..."

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32) OTMR: Cite um (ou mais, se desejar) espetáculo que tenha sido mais desafiador para você, no sentido de mais trabalhoso, e diga por quê.

 

RLJ: O mais desafiador, para mim, foi “Rock Horror Show”, sem nenhuma verba e com a garra dos meus atores.


"O Jovem..."

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"O Jovem..."

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"O Jovem..."

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33) OTMR: Vou repetir uma pergunta que já fiz a outro entrevistado. Apesar de seus projetos, em TEATRO, serem sempre vitoriosos, você já deve ter recebido alguma crítica negativa que lhe tenha desagradado, não por ela em si, mas por não a achar pertinente. Sim ou não? Em caso afirmativo, sem citar nomes de pessoas, evidentemente, poderia nos dizer qual?

 

RLJ: Já recebi várias críticas pertinente e outras não. Já recebi até elogios de espetáculos que eu não merecia. Na verdade, eu leio e guardo para mim, sem me sentir injustiçado. Cada um tem sua própria versão do que gosta ou não. Só fiquei chateado uma vez, por uma crítica maldosa, por um erro da produção, em que um crítico não tinha sido convidado para a estreia. Ele foi no segundo dia e acabou com a peça.


A imagem pode conter: 23 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas no palco e pessoas em pé

"O Jovem..."

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"O Jovem..."

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"O Jovem..."

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"O Jovem..."

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34) OTMR: Outra pergunta repetida. O nosso futuro, como humanidade, é completamente uma incógnita, pós-pandemia. Disso, acho que ninguém tem dúvidas. No que concerne ao TEATRO, quais as suas previsões com relação a quando teremos sessões “normais” ou como deve ser essa volta à “normalidade”.


RLJ: Vai acontecer, assim que acabar essa pandemia, de fato, um renascimento do TEATRO. As pessoas vão ficar ávidas de cultura e vão viver, intensamente, o TEATRO, nesse “mundo novo”.



"O Mambembe"

(Arquivo.)


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"O Mambembe"

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"O Mambembe"

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"O Mambembe"

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"O Mambembe"

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35) OTMR: Como encenador, você deve ter, ainda, a vontade de montar algum(ns) texto(s) clássico(s). Isso procede? E qual (quais) seria(m) ele(s)?

 

RLJ: Ainda quero montar, profissionalmente, “A Agonia do Rei”, de Eugène Ionesco, que montei, como aluno-diretor, na UNIRIO.  É a história de um rei absolutista, que é avisado pelo seu médico que ele vai morrer.


Teatro no Campus - O Mambembe - YouTube


36) OTMR: Você acha que fazer TEATRO, no Brasil, é, realmente, um ato político e de resistência? Por quê?

 

RLJ: Fazer TEATRO, fazer artes, em geral, sempre, na minha opinião, vai ser um ato político e de resistência. A arte transforma, questiona, quebra tabus. Coloca-se, sempre, à frente das mudanças. É por isso que as artes, volta e meia, são reprimidas e censuradas, em sociedades democráticas ou não.


 

 

Fila na porta do Teatro João Caetano.

(Foto: autor desconhecido.)

37) OTMR: Como você reage, quando alguém do elenco resolve fazer uma “autodireção” e fugir ao que foi ensaiado, “não cumprindo o combinado”?

 

RLJ: Ninguém, em hipótese alguma, se autodirige nos meus espetáculos. Nunca, em tempo nenhum!



"O Primo..."

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"O Primo..."

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Teatro no Campus | O Primo da Califórnia - YouTube


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"O Primo..."

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 Só pra lembrar que hoje começa mais uma temporada do espetáculo "O PRIMO DA CALIFÓRNIA - UMA COMÉDIA MUSICAL"... SÁBADOS E DOMINGOS (até 09 de setembro)  ÀS 19 HORAS NO TEATRO DA CESGRANRIO!!! #teatro #musical #teatromusical #rj #teatrocesgranrio #oprimodacalifornia #unirio #unirioteatromusicado

"O Primo..."

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"O Primo..."

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38) OTMR: Quais são as suas referências de diretores de TEATRO, brasileiros, do passado e atuais, e que lhe serviram/servem de inspiração?

 

RLJ: Flávio Rangel, José Renato e João Betthencourt. Referências antigas, que eu trago, até hoje, como inspiração.



Audição para o elenco de "O Alienista".

(Foto: autor desconhecido.)



           UM AGRADECIMENTO MUITO ESPECIAL: Não poderia encerrar esta matéria sem fazer um agradecimento especialíssimo à querida CAMILA MAIA, que, também, quando aluna da UNIRIO, participou das montagens acadêmicas dirigidas pelo RUBINHO, por seu imenso empenho por me conseguir excelentes fotos, que serviram para a ilustração deste trabalho. Ela foi incansável, fazendo contatos e pesquisando muito, no intuito de colaborar com esta entrevista. Minha eterna gratidão, querida CAMILA!. 

 

E VAMOS AO TEATRO (QUANDO HOUVER SEGURANÇA.)!!!


OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL (QUANDO HOUVER SEGURANÇA.)!!!


A ARTE EDUCA E CONSTRÓI!!!


RESISTAMOS!!!

 

COMPARTILHEM ESTE TEXTO,

 

PARA QUE, JUNTOS, POSSAMOS DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO

TEATRO BRASILEIRO!!!
























 

 



























































































































































































































































 

 

 










 

 

 


 

 

 

 




















































 

 

 

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