sábado, 18 de março de 2023

 

“PRÊMIO PRIO

DO HUMOR – 2023”

ou

(VIVA O HUMOR!)

ou

(VIVA OS COMEDIANTES!)

 


 


      Como vem ocorrendo, desde sua criação, em 2017, apenas afetada durante a pandemia de COVID-19, aconteceu, na última 5ª feira (16 de março), no EXC.Rio, um espaço de festas dentro do Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, a festa de revelação e premiação dos vencedores do “PRÊMIO PRIO DO HUMOR”, versão 2023, uma feliz ideia do ator, diretor, dublador, roteirista, humorista e apresentador de televisão FÁBIO PORCHAT.




      A honraria foi criada com o objetivo principal de prestigiar e valorizar os artistas e espetáculos teatrais de COMÉDIA; primeiro, no Rio de Janeiro, expandindo-se até São Paulo, dois ou três anos depois da primeira premiação. A festa do “PRÊMIO” na capital paulista se deu na semana passada, mas é sobre a carioca, para a qual fui convidado, que me proponho a falar. Para ser mais completo, o “PRÊMIO” está voltado a três vertentes: reconhecer e premiar projetos e profissionais de comédia; incentivar a qualificação constante de profissionais e espetáculos do gênero; e resgatar e divulgar a memória do humor no Brasil.



        Embora FÁBIO faça questão de repetir bastante que o “PRÊMIO” não é “seu”, numa demonstração de humildade e reconhecimento do trabalho de todos que o cercam, para que distinção aconteça, e com muito sucesso, a verdade é que PORCHAT é, SIM, o grande responsável por sua existência. Como um artista ligado à COMÉDIA, ele, assim como eu, nunca se conforma com a pouca importância que se dá ao gênero, de uma forma geral, no Brasil, e com a pequenez, a mediocridade daqueles que vivem “arrotando” que “a comédia é um gênero menor” e fácil de ser feita, o que é uma prova cabal de ignorância, em todos os sentidos, denotativos e conotativos, que o vocábulo abarca.



      Tão lugar-comum quanto dizer que “O Brasil é o país do futuro”, é a afirmação, mais que verdadeira, de que É MUITO MAIS DIFÍCIL FAZER UMA BOA COMÉDIA DO QUE UM DRAMA. Já estou farto de tanto repetir isso e de ouvir outras pessoas falando e escrevendo o mesmo. Infelizmente, porém, muita gente se recusa a aceitar essa realidade. E mais, o que é pior: declinam da ideia de ir a um Teatro, para assistir a uma COMÉDIA. Bem é verdade, por outro lado, que a quantidade de péssimas montagens do gênero por aí é bem grande, da mesma forma como ocorre com dramas, tragédias, musicais, monólogos, “stand-up comedies”...



      É uma lástima que alguns produtores invistam em montagens “baratas”, de texto "cômicos", em termos de custo e de qualidade, visando a um público mais “desqualificado”, como plateia, e que, de certo, existe. Reconheço, sim, que HÁ PÚBLICO PARA TUDO. Esses produtores visam apenas ao lucro fácil. E alguns até “se dão bem”, “no frigir dos ovos”. O que não se pode fazer é, com base nessas péssimas produções, nivelar por baixo, igualando certos títulos, os quais não cito, por questão ética, a adoráveis produções, como é o caso de “DUETOS”, por exemplo, que concorreu nesta edição do “PRÊMIO”.



      Adoro assistir a uma boa comédia. Adoro aplaudir atores comediantes. Precisamos, cada vez mais, disso. RIR. Rir de verdade, até de nós mesmos, fazer uma catarse, a julgar pelo nosso grande esforço para a sobrevivência no mundo caótico em que estamos vivendo. É por isso que não me privo de assistir a todas as comédias em cartaz, o máximo possível, sabendo, sim, que vou me arrepender de ter gasto o meu precioso tempo, com muitas, mas que vou me divertir, à farta, com outras. Mas isso acontece, também, em relação a qualquer outro gênero teatral, talvez em menor escala.


Fábio Porchat — Foto: Marcelo/AgNews


         Duas coisas precisam ser lembradas com relação à COMÉDIA. A primeira é que TODO HUMOR É CRÍTICO, o que implica dizer que um texto cômico se presta a fazer críticas, acusações, ao que se julga errado, e provoca, por esse motivo, reflexões, no público. A segunda é que ser um ator cômico, um humorista, não é para qualquer um. É preciso que a pessoa seja engraçada por natureza, conheça a técnica da comédia, seu “timing”, diferente dos outros gêneros. Penso que qualquer ator de COMÉDIA possa ser um bom ator dramático, mas a recíproca não é verdadeira. Um bom ator humorista arranca gargalhadas até com o seu silêncio, às vezes, muito mais significativo e contagiante do que uma “fala verbal”.




         Conheço bem o regulamento do “PRÊMIO PRIO DO HUMOR”, o suficiente para enxergar nele uma forma bem justa e democrática de reconhecimento dos trabalhos e sua valorização.



 A festa foi um sucesso total, ocasião em que tive a oportunidade de confraternizar com dezenas de queridos amigos da classe teatral, com muitos dos quais eu não tinha um contato direto desde o início da já citada pandemia, há cerca de três anos.


Fábio Porchat — Foto: Marcelo/AgNews


       Passemos à cerimônia de premiação. Depois de uma saudação aos presentes e uma breve explicação sobre o “PRÊMIO”, para os poucos, talvez, que ignorassem suas informações, PORCHAT chamou ao palco FLÁVIO MARINHO, consagrado dramaturgo, tradutor, redator, roteirista e diretor, para fazer a entrega do troféu ao vencedor na categoria MELHOR TEXTO (OS PREMIADOS, EM TODAS AS CATEGORIAS, ESTÃO DESTACADOS NA COR VERMELHA.), na qual estavam indicados CÉSAR FERRARIO, GIORDANO CASTRO e GRUPO SER TÃO TEATRO, por “ALEGRIA DE NÁUFRAGOS”; TAUÃ DELMIRO, por “AS METADES DA LARANJA”; ALVARO ASSAD e MARCIO MOURA, por “ESPERANDO BELTRANO”; e BRUCE DE ARAÚJO, por  MAZORCA NA BANDALHA.




       Depois, foi a vez de WELDER RODRIGUES, ator e humorista, proceder à entrega do prêmio de CATEGORIA ESPECIAL, na qual concorriam CELY FARIAS, RAFA GUEDES e THARDELLY LIMA, como elenco de “ALEGRIA DE NÁUFRAGOS” e pela construção colaborativa da dramaturgia do espetáculo e sinergia em cena; TONY LUCCHESI, pela direção musical de “AS METADES DA LARANJA”; CENTRO TEATRAL E ETC E TAL, pelos 30 anos de atividades e pesquisa do humor na linguagem teatral gestual; e CLAUDIO TOVAR, pelos figurinos de “DUETOS”.




    O próximo prêmio, de MELHOR DIREÇÃO, entregue por HAMILTON VAZ PEREIRA, diretor, autor, ator, compositor e diretor musical, um dos fundadores do icônico grupo “Asdrúbal Trouxe o Trombone”, reuniu os seguintes nomeados: CÉSAR FERRARIO e GIORDANO CASTRO, por “ALEGRIA DE NÁUFRAGOS”; TAUÃ DELMIRO, por “AS METADES DA LARANJA”; Alvaro Assad, por “ESPERANDO BELTRANO”; e PEDRO BRÍCIO e RAFAELA AZEVEDO, por “KING KONG FRAN”.




  DIOGO VILELA, vencedor na categoria MELHOR PERFORMANANCE, na última versão do “PRÊMIO”, foi convocado para fazer a entrega do troféu ao ganhadoror nessa rubrica, na qual os indicados eram: GRACE GIANOUKAS, por “GRACE EM REVISTA”; SUZY BRASIL, por “BYE BYE BANGU”; CACAU PROTÁSIO, por “100% CACAU”; TAUÃ DELMIRO, por “AS METADES DA LARANJA”; ALVARO ASSAD, por “ESPERANDO BELTRANO”; MARCIO MOURA, por “ESPERANDO BELTRANO”; e RAFAELA AZEVEDO, por “KING KONG FRAN”.




    A quinta, e última, premiação da noite, a de MELHOR ESPETÁCULO, foi anunciada e entregue pela grande atriz e produtora MARIETA SEVERO. Concorriam “ALEGRIA DE NÁUFRAGOS”, “GRACE EM REVISTA”, “BYE BYE BANGU”, “AS METADES DA LARANJA”, “ESPERANDO BELTRANO” e “KING KONG FRAN”.









       Os grandes destaques desta versão do “PRÊMIO PRIO DO HUMOR” foram os espetáculos “AS METADES DA LARANJA”, indicado nas cinco categorias e vencedora em duas; “ALEGRIA DE NÁUFRAGOS” e “ESPERANDO BELTRANO”, em quatro. Se considerarmos que a COMÉDIA “ESPERANDO BELTRANO” é produzida pelo CENTRO TEATRAL E ETC E TAL, companhia que se sagrou vencedora na CATEGORIA ESPECIAL, a peça se igualaria, em premiações, a “AS METADES DA LARANJA”.



        Conhecidos os vencedores da noite, para encerrar a cerimônia de premiação, FABIO PORCHAT passou a comandar a parte destinada ao HOMENAGEADO desta versão do “PRÊMIO”, o grande ator, diretor, roteirista produtor de cinematelevisão e TEATRO, ANTÔNIO PEDRO, que, infelizmente, faleceu na madrugada do último domingo, 12 de março, aos 82 anos. A família do HOMENAGEADO esteve presente à festa, para receber a reverência de todos os presentes, ainda que póstuma: ANDREA BORDADAGUA, atriz, escritora, diretora e maquiadora, esposa; e ALICE BORGES, ANA BAIRD e FÁBIO BORGES, todos atores, seus filhos. Foi um preito muito lindo e “leve”, como ANTÔNIO PEDRO, certamente, gostaria de ser lembrado, com direito a uma interpretação, “a capella”, de ANA BAIRD, da canção “Non, Je Ne Regret Rien”, que se tornou um clássico da canção popular francesa, na voz da inesquecível Edith Piaf, no que foi seguida por quantos conheciam a sua letra.









       Depois disso, a festa prosseguiu, com a música de um animado “dj”, responsável por fazerr os convidados dançarem e se divertirem, até as primeiras horas da madrugada do dia seguinte.



        Prêmios como este merecem todo o apoio e prestígio de quem vive de e para o TEATRO, assim como, também, de quem por ele é apaixonado.


Antônio Pedro — Foto: Divulgação/ TV Globo


 

 FICHA TÉCNICA: 

Idealização: Fábio Porchat

Direção Geral: Fábio Porchat

Produção Rio: Fernanda D’Oliveira

Concepção Visual / Direção e Arte: Marcos Guimarães (Designorama)

Jurados: Aloisio de Abreu, Eber Inácio, Josie Antello, Rafael Teixeira, Sura Berditchevski e Zezeh Barbosa

Assessoria de imprensa: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho

 

 


 

Com o querido amigo e anfitrião Fábio Porchat.


 Além da entrega dos troféus, nas categorias citadas, FÁBIO PORCHAT ainda anunciou mais uma edição do projeto “Seleção do Prêmio PRIO do Humor”, uma iniciativa que contempla três projetos de peças de humor inéditas com R$80.000,00 cada, para as montagens. As inscrições já estão abertas e serão aceitas até o dia 9 de abril.



GALERIA PARTICULAR:


Aplaudindo meus ídolos, à saída da festa.


No tapete vermelho.


Com o querido amigo Carlos Loffler, neto de um dos meus ídolos de infância, e até hoje: OSCARITO.


Com minha amiga Paty Lopes.

Com meus amigos Paty Lopes e Rogério Fanju.


Com minha amiga Juliana Caldas.



(As fotos que não estão acompanhadas dos créditos foram feitas por Gilberto Bartholo, Paty Lopes e Julyana Caldas.








 















































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