“JUDY
–
O
ARCO-ÍRIS
É
AQUI”
ou
(PARA
MIM,
A
VERDADEIRA
“PEQUENA
NOTÁVEL”
ESTÁ
VIVA,
AOS
100 ANOS.)
ou
(LUCIANA
BRAGA
“FAZENDO
BARBA,
CABELO
E BIGODE”.)
Os primeiros acordes de “Over The
Rainbow” (“Além do Arco-Íris”) começam a ganhar protagonismo,
vindos dos pianos de LILIANE SECCO e ANDRÉ AMARAL,
simultaneamente, um instrumento colocado em cada lateral do palco, e o meu
coração já começa a ficar aquecido, naquela fria noite, para os padrões
cariocas, de sexta-feira, 17 de junho de 2022. Era o início de “JUDY
– O ARCO-ÍRIS É AQUI”, um solo musical, em cartaz no Teatro
Vannucci (VER SERVIÇO), com texto e direção de FLAVIO
MARINHO e uma irretocável e comovente atuação de LUCIANA BRAGA.
Antes disso, enquanto o público vai
adentrando o auditório do Teatro, os músicos, já em cena, travam
uma descontraída conversa, num dos cantos do palco, enquanto a atriz vai
recebendo as pessoas, com carinho e gentileza, um acolhimento que considero muito
importante, visando à criação do “clima” para a realização do espetáculo.
Disparado
o terceiro sinal, inicia-se aquilo que eu considero UM DOS MELHORES
ESPETÁCULOS TEATRAIS DA ATUAL TEMPORADA, NO RIO DE JANEIRO, que se presta a
homenagear um dos maiores ícones do “show business” internacional,
JUDY GARLAND, a minha verdadeira “Pequena Notável”, que,
se viva fosse, teria completado 100 anos, no último dia 10 de junho
(Faleceu em 1969.), dia em que o espetáculo estreou, e, ao mesmo tempo,
comemorar os 35, de profissionalismo, de FLAVIO MARINHO,
como dramaturgo (26 peças teatrais), adaptador de textos teatrais
(22), tradutor de peças (23), diretor teatral (mais de 90
espetáculos, entre TEATRO e “shows”), redator e/ou colaborador
em mais de 30 programas de TV, 19 livros publicados, 7 prêmios
e 12 indicações. Durante 14 anos, atuou como crítico
teatral e repórter especializado nos jornais “Tribuna da
Imprensa”, “Última Hora” e “O Globo”, e colaborador
fixo de revistas, como “Vogue”, “Visão”, “Elle”
e “Manchete”. Atualmente, integra a equipe de autores da
novela das 18h da TV Globo, “Além da Ilusão”. UM “CURRICULUM”
INVEJÁVEL!!!
Um pouco
sobre JUDY, extraído do “release”, a mim enviado por
STELLA STEPHANY (JSPONTES ASSESSORIA DE IMPRENSA): “JUDY GARLAND,
considerada um dos maiores nomes da era de ouro de Hollywood, e mãe da, também,
atriz e cantora Liza Minnelli, se eternizou pela carreira brilhante,
iniciada ainda na tenra infância, crescendo acompanhada pelos olhos de um mundo
inteiro, até o final. Sua atuação, aos 16 anos, como Dorothy, no filme “O
Mágico de Oz” (1939), e sua interpretação para a canção “Over The Rainbow” tornaram-se
um clássico e marco definitivo na indústria cinematográfica. Por este trabalho,
a atriz ganhou um ‘Oscar Juvenil’, prêmio honorário, concedido,
poucas vezes, pela ‘Academia’, a artistas menores de 18 anos, em reconhecimento
à sua ‘excepcional contribuição ao entretenimento na tela’. Em
seus 47 anos de vida, JUDY GARLAND atuou em 38 filmes. Esse mesmo
público que acompanhou suas glórias foi, também, testemunha das suas tragédias
familiares e da luta contra as drogas e o álcool, mas pouco sabe sobre o humor
e inteligência agudos de JUDY, uma mulher que sabia rir de si mesma.”.
Quem quiser saber detalhes sobra a vida e a carreira de JUDY, cheia de altos e baixos, pode recorrer ao “Google” ou ler alguma das muitas biografias escritas sobre ela, entretanto o espetáculo “JUDY - O ARCO-ÍRIS É AQUI” se propõe a falar de uma faceta pouco conhecida da estrela e da capacidade de todo ser humano de se reinventar e se redescobrir, assim como ela se viu obrigada a fazer, por muitas vezes, longe do olhar do seu público. Além disso, o espetáculo se propõe, também, a “fazer uma reflexão sobre as lutas diárias do artista, especialmente o brasileiro, desde sempre e mais ainda neste momento que o Brasil atravessa”.
“A universalidade da história de JUDY
encontra eco na vida dos artistas em geral, com reflexo na vida do cidadão
comum. Neste momento de crise em que estamos vivendo, quis falar dessa mulher
com três filhos e sua luta pela sobrevivência.”, explica FLAVIO
MARINHO.
SINOPSE:
A peça
entrelaça, de forma não linear, a biografia de JUDY GARLAND com a história
pessoal de LUCIANA BRAGA, numa metalinguagem que navega entre
passado e presente, ficção e realidade.
A sinopse é extremamente curta, assim como a baixíssima estatura de JUDY GARLAND, mas não seria preciso dizer mais nada sobre a síntese da peça, porque o mais importante é ir ao Teatro Vannucci e se deliciar com uma magnífica montagem, que dura 90 minutos e deixa aquele sabor de “quero mais”. Que pena que acabou!!! E, aqui, me posiciono, mesmo sabendo que poderei ser execrado, pelo emprego de um incomensurável e, para muitos, um indefectível clichê: “é nos pequenos frascos que se encontram os melhores perfumes”. Não estou arrependido de ter apelado para o tal dito popular e não vou retirá-lo da minha crítica. JUDY é uma prova disso; LUCIANA também.
FLAVIO MARINHO foi de uma felicidade ímpar, ao
criar um texto que mesclasse a trajetória, pessoal e profissional, da
grande JUDY com a vida pessoal e a vitoriosa carreira de LUCIANA
BRAGA, a qual merece todo o nosso aplauso e respeito, por se deixar
desnudar, na sua trajetória profissional, que é pública, e na intimidade de sua
vida pessoal, que pertence a ela e aos que lhe são chegados, íntimos. Creio
que, em relação à dramaturgia, esse é um dos grandes acertos do espetáculo, ao qual voltarei a assistir, no mais breve tempo possível.
Quanto à montagem, o dramaturgo
e diretor da peça assim se manifesta: “O espetáculo se
sustenta no tripé da trajetória artística de Judy: o cinema, a TV e o ‘music
hall’. Três veículos de representação artística com encontro marcado em um: o TEATRO.”.
O espetáculo, além de tantos outros
predicados, contém um que considero muito pertinente e importante, que é o fato
de, por meio da autoficção, “enfatizar o paralelo entre as vidas
do artista brasileiro e o estrangeiro”. Vida de artista é vida de
artista em qualquer lugar do planeta – QUE É REDONDO -, ou seja, cheio
de momentos de glória e de dificuldades. Assim aconteceu na vida de JUDY; assim, não exatamente da mesma forma, é verdade, aconteceu, e acontece, ainda, com LUCIANA
e com tantos outros grandes artistas, nacionais e internacionais.
Apesar de “fã de carteirinha”
dos musicais, confesso que sou meio avesso aos biográficos,
porque, via de regra, são mal escritos, o que, absolutamente, NÃO é o
caso de “JUDY – O ARCO-ÍRIS É AQUI”. Muito pelo contrário!!! FLÁVIO MARINHO, sem ser
piegas nem se fixar, exclusivamente, na cronologia da vida da personagem
homenageada, criou um texto delicioso, com uma “costura”
perfeita, na forma, acrescida de “bordados e aplicações de detalhes
artesanais” que só fizeram tornar a sua dramaturgia mais rica,
mais gostosa de se ouvir, leve, mesmo quando se trata dos momentos de “quase
fundo do poço”, via LUCIANA BRAGA, que, em momento algum, se
preocupa em imitar JUDY. Ela é LUCIANA BRAGA, a mulher, cidadã,
atriz, interpretando uma personagem e falando, ora, de si própria,
ela que, desde criança, era comparada a JUDY, fisicamente - era o que lhe
diziam -, ora da, e como, a personagem. Essas variações, que permeiam toda
a encenação, são de uma excelência sem par. E o espectador não
chega a se confundir, graças ao talento de LUCIANA, e observa quando é a
atriz quem está falando, de si ou de JUDY, ou quando é a própria personagem
quem fala.
Muito me chamou a atenção a qualidade da
voz de LUCIANA, ao interpretar 14 dos maiores sucessos da
carreira de JUDY, com destaques para, obviamente, as emblemáticas “Over
The Rainbow”, “The Man That Got Away”, “Get Happy”
e “That's Entertainment”. Acompanhei, pelas redes sociais,
o seu trabalho de preparação de voz, que ela fez com FELIPE ABREU,
na parte musical, e ANGELA DE CASTRO (fonoaudiologia) e
sei de sua total entrega a esse trabalho. E o resultado não poderia ser outro:
além de ótima, como atriz, ela está cantando muito bem, com a alma, com
muita emoção, afinadíssima e sustentando notas bem altas. Um bálsamo para os
nossos ouvidos. Seu trabalho é, sem dúvida, merecedor de prêmios.
Não vou tecer muitos comentários sobre a
direção, de FLAVIO MARINHO, além de que, por ser o autor
do texto, tenho a impressão de que ele já ia “visualizando”
as cenas, à medida que as escrevia. E conseguiu dar, à montagem, beleza,
leveza, emoção, com marcações bem naturais. Tem-se a impressão de que a atriz
está com liberdade total, para se deslocar de um ponto a outros do palco, sem
que sintamos que “está na hora de subir no banquinho, ou de se sentar no
proscênio, ou de se debruçar num dos pianos, ou de dar um saltinho, ou de andar
de lá para cá e vice-versa”. É tudo muito natural, em cena.
Os dois musicistas que acompanham
LUCIANA, nas canções, são excepcionais: LILIANE SECCO e ANDRÉ
AMARAL. Ela também é responsável pela direção musical da peça
e pelos arranjos musicais, além de ter composto algumas inserções
musicais. Das canções do repertório de JUDY, todas cantadas
ao vivo, a maioria é no original, em inglês, e alguma coisa foi
versionada, para o português, por FLAVIO MARINHO.
Um espetáculo como este não
necessita de um cenário muito rebuscado, o que foi bem entendido por RONALD
TEIXEIRA, o qual assina a cenografia: um painel neutro, ao fundo; um
banquinho, com várias serventias; e um enorme baú de viagem, atrás do qual a atriz
faz poucas trocas de roupa, do ótimo figurino, criado, também, por
RONAD TEIXEIRA.
Cada cena, com ou sem música, recebe uma
bela e justa iluminação, que ajuda a construir o ambiente e o clima
sugerido nos determinados momentos, obra de PAULO CESAR MEDEIROS.
A direção de movimento contou com
a luxuosa assinatura de TÂNIA NARDINI, de talento reconhecido
internacionalmente. TÂNIA, para quem não sabe, coreografa e dirige
musicais em vários países e é a diretora oficial de todas as montagens do
musical “Chicago”, fora dos Estados Unidos. A
propósito, muito recentemente, encerrou-se a temporada da segunda montagem feita
no Brasil, em São Paulo, à qual assisti e adorei.
A transformação externa de LUCIANA
em JUDY GARLAND contou com o minucioso, e perfeito, trabalho de BETO
CARRAMANHOS.
FICHA TÉCNICA:
Texto e
Direção: Flavio Marinho
Versões das
Canções para o português: Flavio Marinho
Diretora
Assistente: Juliana Medella
Elenco:
Luciana Braga
Direção
Musical e Arranjos: Liliane Secco
Músicos:
Liliane Secco e André Amaral
Preparação
Vocal: Felipe Abreu
Fonoaudiologia / "Vocal Coach": Angela de Castro
Direção de
Movimento: Tânia Nardini
Cenário e
Figurino: Ronald Teixeira
Assistentes de Cenografia e Figurino: Ricardo Júnior e Jovana Souza
Alfaiataria: Macedo Leal
Iluminação:
Paulo Cesar Medeiros
Caracterização:
Beto Carramanhos
Voz de Busby
Berkeley: Marcos Breda
Fotos: Beti
Niemeyer
"Design" Gráfico: Gamba Jr.
Operação de Luz: Marco Cardi
Operação de
Som: Vitor Granete
Cenotécnicos: Sr. Humberto e Humberto Júnior
Produção Executiva e Direção de Cena: Marcus Vinícius de Moraes
Assistente de Produção: Márcia Serra
Assistente Administrativo: Mádia Barata
Contabilidade: Guararapes Contabilidade
"Designer Gráfico": Gamba Jr.
Produção de
CDs: Biscoito Fino
Mídias Sociais: Marcus Vinícius de Moraes
Assessoria Jurídica: Roberto Silva
Direção de
Produção e Administração: Fábio Oliveira
Coordenação de Projeto: Flavio Marinho
Uma Realização
da Marinho D’Oliveira Produções Artísticas Ltda.
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany
SERVIÇO:
Temporada: de
10 de junho a 07 de agosto de 2022.
Local: Teatro
Vannucci.
Endereço: Rua
Marquês de São Vicente, nº 52 – Gávea – Rio de Janeiro (Shopping da Gávea – 3º
piso).
Telefone:
(21)2274-7246.
Dias e
Horários: 6ªs feiras e sábados, às 21h; domingos, às20h.
Valor dos
Ingressos: R$90,00 (inteira) e R$45,00 (meia entrada).
Duração: 90
minutos.
Capacidade:
425 lugares.
Classificação
Etária: 12 anos.
Gênero:
Musical.
JUDY
GARLAND achava
que, no fundo, ela era uma personagem, como celebridade artística,
criada pelos produtores e diretores, para uma franzina e frágil
criatura, que nascera Frances Ethel Gumm.
Ouve-se a introdução de “Over The Rainbow”,
alguém (JUDY, Ethel ou LUCIANA? Ou as três?!) se senta no proscênio e
canta, tirando a voz do mais profundo de sua alma, a belíssima canção.
Meus olhos focam marejados e percebo que todos nós, dentro daquele Teatro,
havíamos chegado ao fim da nossa “viagem”, sem sentir o passar do tempo; havíamos atingido um
lugar não “além do arco-íris, porque FLAVIO, LUCIANA,
LILIANE, ANDRÉ e tantas outras pessoas haviam levado o arco-íris até
nós, ali. “JUDY – O ARCO-ÍRIS É AQUI”.
REPERTÓRIO:
01. “If You Feel Like Singing Sing”
02. “You Made Me Love You”
03. “I Got Rhythm”
04. “The Wizard Of Oz”
05. “Zing, Went The Strings Of My Heart”
06. “Rock-A-Bye Your Baby”
07. “Trolley Song”
08. “Have Yourself A Merry Little Christmas”
09. “Get Happy”
10. “The Man That Got Away”
11. “That's Entertainment”
12. “For Once In My Life
13. “Over the Rainbow”
OBSERVAÇÃO: As músicas instrumentais incidentais
foram compostas por LILIANE SECCO.
FOTOS: BETI NIEMEYER
GALERIA PARTICULAR:
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
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TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO
BRASILEIRO!
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