segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

 

“MÃES, O MUSICAL”

ou

(MATERNIDADE SEM ROMANTIZAÇÃO.)

ou

(“MENTIRAS SINCERAS

‘NÃO’ 

ME INTERESSAM.)


 

         Quando pensamos num musical, em TEATRO, logo nos vem à cabeça a ideia de uma superprodução, envolvendo um numeroso elenco, muitos profissionais de criação e técnicos e muitos cifrões na planilha de custos. Mas é possível montar um ótimo musical que fuja a tais “pré-requisitos”. Uma prova disso é “MÃES, O MUSICAL” (“Motherhood, The Musical”), espetáculo a que assisti ontem (30/11/2025), no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea (Rio de Janeiro), em cartaz por apenas mais duas semanas. Trata-se de um musical de médio porte, em termos de custos, porém uma produção caprichada, de muito bom gosto e que diverte a família inteira.



 

SINOPSE:

A narrativa se passa durante um chá (surpresa) de bebê, quando amigas compartilham suas experiências e desafios como mães.

Dani (JÉSSICA ELLEN), grávida do primeiro filho, a três semanas de dar à luz, recebe as amigas Júlia (MARIA BIA), mãe e advogada “workaholic”; Márcia (GIOVANA ZOTTI), mãe de cinco filhos; e Tina (HELGA NEMETIK), uma mãe separada, que tenta equilibrar trabalho, família e divórcio.

Com canções originais no estilo “pop/rock”, que vão costurando as cenas, o musical oferece um olhar afetuoso e bem-humorado sobre a maternidade, em todas as suas fases e idades.


 


 

         De novidade, no enredo, nada que não soubéssemos antes, entretanto, no tratamento do tema, tudo é muitíssimo interessante e bem desenvolvido, parecendo “cheirando a tinta”, no ótimo texto de SUE FABISCH, uma dramaturga norte-americana, traduzido, com muito acerto e brasilidade, por ANNA TOLEDO, a despeito de eu não conhecer o original em inglês, o que não é necessário, para incensar a versão brasileira.



         Antes de chegar ao Brasil, a peça, recheada de um magnífico bom-humor, já havia experimentado o sucesso nos Estados Unidos (Off-Broadfway), Austrália e Buenos Aires. Agradecemos a oportunidade de conferir o espetáculo a CLAUDIA RAIA, uma grande e veterana estrela do TEATRO Musical Brasileiro, que produz a montagem, cuja irretocável direção foi entregue a JARBAS HOMEM DE MELLO.



         A peça convida o público a se emocionar e dar boas risadas, ao mergulhar, com leveza e irreverência, nas muitas facetas da maternidade. “MÃES, O MUSICAL” um espetáculo repleto de humor, música e identificação. Pelos risos e gargalhadas do público, percebemos o quanto cada um se vê, no palco, com as situações e falas da peça. Sou um grande exemplo disso, baseando-me nas duas gravidezes por que passou minha ex-esposa e pela infância e adolescência de meus dois filhos, hoje, dois adultos, já com os seus rebentos, quando o assunto era relações parentais.



         Segundo a “midas” CLAUDIA RAIA, a boa ideia, que serviu de motivação para produzir o espetáculo surgiu a partir de sua própria experiência de se tornar uma mãe “atípica”, “tardia”, pela terceira vez, aos 56 anos, depois de ter criado dois jovens adultos: “(...) despertou, em mim, uma vontade profunda de falar sobre esse universo, com leveza, humor e, acima de tudo, verdade. ‘MÃES’ é uma comédia inteligente e sensível, sobre um tema que todo mundo conhece. Quem ainda não viveu a maternidade, provavelmente, viverá, e quem não viver, certamente, acompanhou, de perto, a trajetória da própria mãe. É um assunto que toca a todos. O espetáculo é uma celebração da vida real, daquelas mulheres que encaram os desafios da maternidade com amor, exaustão e, claro, uma boa dose de riso.”. E alguém haveria de discordar disso? Eu não!!!



É muito compensador assistir a este delicioso musical, em forma de uma COMÉDIA inteligente (Para ser uma boa COMÉDIA, tem que ser inteligente. Se não o fosse, não seria uma boa COMÉDIA nem eu estaria aqui perdendo tempo, escrevendo sobre a peça.). O texto é para lá de universal e atemporal, explorando as “doces delícias” da maternidade, trazendo reflexões sobre os desafios e as alegrias dessa jornada. Tudo isso vem à tona, trazido por quatro amigas que vivem diferentes fases dessa lida, é bom que se diga.



Além da futura mamãe, Dani (JÉSSICA ELEN), a qual, obviamente, sofre horrores, diante das muitas dúvidas sobre a maternidade, e que é bombardeada por telefonemas, fruto da indesejável superproteção da mãe (Vi esse filme duas vezes; era em preto-e-branco e o mocinho morria no final. Momento descontração!), encontramos Júlia (MARIA BIA), uma bem-sucedida advogada, uma moderníssima “workaholic woman”, que sente muita dificuldade em conseguir conciliar a vida profissional e a de mãe, mas vai dando o seu jeito, tentando “pular de galho em galho”, errando aqui, acertando ali; Tina (HELGA NEMETICK), uma mãe separada, que, um pouco, se culpa por trabalhar e não poder se dedicar mais à criação dos filhos, dividindo a guarda das crianças com o ex-marido e tentando assumir sua nova identidade e condição de mulher descasada na sociedade; e Márcia (GIOVANA ZOTTI), a mais velha das quatro amigas de escola, que tem cinco filhos e vive reclamando, por se sentir “desvalorizada” por eles. Conhecemos dezenas - mas existem centenas, milhares ou milhões - de mães como cada uma das três, não é verdade?



Um crítico de TEATRO deve prestar o máximo de atenção à interpretação de cada ator ou atriz, tanto os protagonistas como os coadjuvantes, para tecer comentários técnicos e críticos sobre cada trabalho, destacando mais este(a) ou aquele(a). Assim me portei, na noite de ontem, e, sinceramente, ainda que, dentro da trama, tecnicamente falando, a personagem de JÉSSICA ELEN possa ser classificada como a protagonista, dado ao excelente nível de interpretação do quarteto, não me resta nada mais a dizer que considero as quatro atrizes protagonistas da trama e que ri, igualmente, com a “performance” de todas, cada uma com seu estilo de fazer humor. As quatro se destacam, seja individualmente, seja em grupo, interpretando, cantando uma deliciosa partitura, cujas letras das canções ajudam a contar a história, e pondo em prática uma movimentada coreografia, desenhada por SABRINA MIRABELLI.



Mesmo não sendo uma “$uperprodução”, os realizadores não abriram mão de reunir, na FICHA TÉCNICA, nomes consagrados, no universo dos artistas de criação, cada um “colocando seu precioso tijolinho”, para construir este “castelo real”. Assim, temos uma bela e funcional cenografia, assinada por NATÁLIA LANA, que se resume em dois espaços da casa de Dani, para receber as visitas: uma confortável sala de estar e uma moderna cozinha. E nada mais seria necessário mesmo. BRUNO OLIVEIRA acertou nos figurinos, pensados para vestir cada uma das quatro, de acordo com suas personalidades e idades. Acrescento que é bastante afinado o desenho de luz, criado por WAGNER FREIRE. Além do trio, todos os demais executaram suas tarefas com bastante profissionalismo, o conjunto apoiando e garantindo o sucesso da obra.



Tudo me agradou na peça, mas considero um dos maiores acertos a montagem ter sido entregue a um “maestro” como JARBAS HOMEM DE MELLO, o qual, com sua vasta e consagrada experiência no mundo dos musicais, quer como ator, coreógrafo, produtor e diretor, soube criar cada cena, com tamanha limpeza, bom gosto, ideias hilárias e perfeição, extraindo, das intérpretes, o melhor rendimento de cada uma.  



 

FICHA TÉCNICA: 

Texto, Letras e Músicas: Sue Fabisch

Versão Brasileira: Anna Toledo

Direção: Jarbas Homem de Mello

Assistência de Direção: Sabrina Mirabelli

Diretora Residente: Mari Nogueira

Direção Musical, Arranjos e Trilha Sonora: Guilherme Terra

Coreografias: Sabrina Mirabelli

 

Elenco: Jéssica Ellen, Helga Nemetik, Maria Bia e Giovana Zotti 

 

Cenografia: Natália Lana

Assistência de Cenografia: Alessandra Rodrigues 

Figurinos: Bruno Oliveira

Assistência de Figurino: Leca Amorim

“Design” de Luz: Wagner Freire

“Design” de Som: Tocko Michelazzo

Visagismo: Dicko Lorenzo

Assistência de Visagismo: Rùd Motta

Camareira: Paula Rossi

Contrarregra: Rafael Souza

Operação de Som: Silney Marcondes

Operação de Luz - SP: Jackson Oliveira

Chefe de Palco - SP: Martins Silva

Técnico de Som - SP: Juscimar Pina

“Designer” gráfico: Peu Fulgencio

Gerente de Mídias Sociais: Marilia Di Dio

Gerente de Mídia - Plano de "Marketing": Aline Vedana

Assessoria de Imprensa: Agência Taga

Fotos: Edgar Machado, Renam Christofoletti e Arthur Guterrez

Contabilidade: J Rampinelli Calero Assessoria Contábil

Gestão de Incentivo: IC Cultura

Estágio Produção: Jean Lucca d’Mauro

Produtora Administrativa: Magali Elena

Produção Executiva: Roseli Ramalho e Mari Alves

Gerente de Produção: Amanda Leones - Versa Cultural

Diretor Técnico: Fernando Pagan

Produção Geral: Claudia Raia

Realização: Raia Produções Artísticas 


 

 



 

 

SERVIÇO:

Temporada: De 07 de novembro a 14 de dezembro de 2025.

Local: Teatro das Artes (Shopping da Gávea, 2º andar.

Endereço: Rua Marquês de São Vicente, nº 52 – Loja 264 - Gávea – Rio de Janeiro.

Dias e Horários: 6ª feira e sábado, às 20h; domingo, às 19h.

Valor dos Ingressos: De R$ 95 (meia-entrada) a R$ 190 (inteira), à venda no “site” Divertix.

Obs.: Confira legislação vigente para meia-entrada.

Link de vendas: Divertix.

Capacidade: 421 lugares.

Duração: 90 minutos. 

Indicação Etária: 12 anos.

Gênero: Musical.


 


 

         “MÃES, O MUSICAL” é uma deliciosa e leve peça musical, direcionada a mães, pais, avós, tios e filhos. Cada um há de "vestir a sua carapuça" e se divertir bastante. É mais do que evidente que RECOMENDO O ESPETÁCULO!!!

 

 




 


FOTOS: EDGAR MACHADO,

RENAM CHRISTOFOLETTI  

 

ARTHUR GUTERREZ.

 



 

É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO BRASILEIRO!

 

 




















































































quinta-feira, 27 de novembro de 2025

 

“AQUELE TREM”

ou

(UMA GRATA E

EMOCIONANTE

SURPRESA.)


 

 



          Vivo repetindo que é ótimo ir ao Teatro com grandes expectativas e voltar dele pleno de satisfação, depois de tê-las comprovado ou, até mesmo, quando superam o que esperávamos; no entanto mais gratificante é quando elas não são robustas e o resultado supera, e, às vezes, em muito, as nossas expectações, como se deu na noite de ontem (26/11/2025), no Teatro Poeirinha. Falo de um belo solo, “AQUELE TREM”, espetáculo que faz parte de uma mostra, uma ocupação, com origem em São Paulo, onde foi sucesso em algumas temporadas, chamada “ANÔNIMAS”, que reúne, além desta peça, mais duas: “Inventário” e “Criatura, Uma Autópsia”, às quais ainda assistirei.



 

SINOPSE:

Uma menina, criada no interior das Minas Gerais, que, entre jogo de amarelinha, briga de galo e beijo roubado, vê sua meninice ser surrupiada.

Agora, esse corpo crescido manifesta toda a perturbação familiar, os abusos e abandonos que a memória, por sobrevivência, tentava esconder e que agora vêm à tona.

 

 


 

         Antes de mais nada, congratulo DENISE DIETRICH por sua coragem em se despir de sua real persona e dividir, com os espectadores, as memórias de um passado, o qual ela, e nenhuma outra mulher, deveria ter vivido, à parte as brincadeiras e a ingenuidade da infância.



       O que ela nos conta é comum a tantas outras meninas, que nunca quiseram ou tiveram a oportunidade de exorcizar seus demônios, como ela o faz. Uma bombástica declaração da intérprete e autora do texto, extraída do excelente “release” que me foi enviado pela assessoria de imprensa (STELLA STEPHANY), “Quando surgiu a hashtag ‘#meuprimeiroassedio’, em 2015, li vários relatos, alguns de amigas bem próximas, que nunca tinham confidenciado algo parecido antes. Fiz força para lembrar se tinha acontecido comigo também. E resgatei muitas coisas, inclusive uma boca molhada, cheirando a cachaça, que me beijou quando tinha 6 anos. Percebi aí que o racional escondia algumas lembranças como forma de sobrevivência. Mas que no corpo, em algum lugarzinho, estava marcado. Meu corpo reverberava o que a memória camuflava. E foi também por sobrevivência que revirei meu porão.”.



         O que nos é dado ver é um espetáculo autobiográfico e documental, que nos surpreende com um olhar da atriz sobre a própria história pessoal, da menina criada no interior das Gerais, sobrinha-neta da grande estrela internacional de cinema Marlene Dietrich, que parece ser apenas um mero detalhe na peça, porém é de imensa importância.



 DENISE, desde muito jovenzinha, manifestava seu desejo de ser uma atriz, ainda sem saber bem o que fosse aquilo e de seu parentesco com a consagrada estrela do cinema norte-americano. Embora tal ligação parental fosse motivo de orgulho para a família, ela passou a vida ouvindo que sua escolha profissional a igualava a uma prostituta (Sempre é tempo de nos lembrarmos de que, no passado, as atrizes eram “registradas” com a mesma carteirinha atribuída às chamadas “mulheres de vida fácil”).



          É confortável e confortante saber que a atriz conseguiu superar todos os traumas do seu conturbado passado, a partir do momento em que percebeu quão libertária e poderosa foi aquela sua famosa antepassada, responsável por DENISE atingir a sua determinação, pela qual o espectador agradece e festeja.   



         Quem é “rato-de-TEATRO”, como eu, sente, no ar, ao primeiro contato com o espetáculo, se valeu a pena o deslocamento até o Teatro. A pessoa percebe, no ar que respira, uma energia positiva; dá-se conta de que algo de bom está por vir. Foi assim que me senti ontem, sendo o primeiro a adentrar o auditório e me instalar na primeira fila do Poeirinha. Isso porque, com um vasto e gostoso sorriso, a atriz recebe o público, oferecendo-nos uma dose de uma gostosa cachacinha mineira, que até repeti (Não sou alcoólatra! Momento descontração.). Ali, começa o elo que nos une. Isso ao som, ao fundo, de uma versão da canção “Aline”, originalmente interpretada por Christophe, cantor e compositor francês que marcou a juventude deste crítico e a quem conheci, pessoalmente, numa sua visita a São Paulo, há mais de 50 anos



         Durante esse prólogo, trava-se um delicioso bate-papo, bem informal, entre a atriz e os espectadores, e vai sendo construída uma saudável intimidade e aproximação entre palco e plateia. Passado esse “pontapé inicial”, seguem-se – não me lembro de quantas – as distintas partes do solo, o qual prende, totalmente, a atenção das pessoas, durante os 80 minutos de duração da peça, tempo esse que flui muito naturalmente e nos deixa, ao final, com aquele “gostinho de quero mais”.



        O texto de DENISE, mesmo quando alude a passagens tristes, e tão indesejáveis, é claro e leve. Em momento nenhum, notamos a ideia de vitimização, visto que a atriz consegue se sobrepor a tudo, até mesmo a rir um pouco de suas situações mais embaraçosas, mesmo à custa de sofrimento, como quem se fez valer da psicoterapia para seu autoconhecimento. E como é gostoso ouvir aquele texto, cheio de expressões do “mineirês”, naquela voz agradável, marcada pelo inconfundível sotaque do “mineiro raiz”. Não conhecia a atriz nem seu trabalho, mas agradeço aos “Deuses do TEATRO”, pela oportunidade de poder considerá-la, a partir de ontem, uma excelente profissional das tábuas. 



Os elementos de criação, como cenografia, figurino e iluminação, por exemplo, ajudam na minha classificação positiva do espetáculo (Ver FICHA TÉCNICA.), bem como me agradou, sobremaneira, a pressão do dedo de ERICA MONTANHEIRO, à frente de uma direção precisa e bastante inventiva.


 



FICHA TÉCNICA:

Dramaturgia: Denise Dietrich

Direção: Erica Montanheiro

Assistência de Direção: Ana Elisa Mattos

 

Atuação: Denise Dietrich

 

Direção de Movimento: Bruna Longo

Cenografia e Arte: Kleber Montanheiro

Desenho de Luz: Gabriele Souza

Figurino: Erica Montanheiro

Iluminação: (Não divulgado)

Trilha Sonora: Erica Montanheiro

Diretora Audiovisual: Julia Rufino

Caracterização Vídeo Marlene: Beto França

“Design” Gráfico: Kleber Montanheiro

“Videomapping”: Rafael Marreiros

Costureira Roupa de Cima: Zenilda Bezerra

Cenotécnico: Evas Carretero

Assessoria de Imprensa: JS PONTES (João Pontes e Stella Stephany)

Fotos: Danilo Apoena


 





 

FICHA TÉCNICA DA “MOSTRA ANÔNIMAS”:

Idealização: Bruna Longo, Denise Dietrich e Erica Montanheiro

Produtor Associado e Direção Técnica da Mostra: Flávio Tolezani

Consultoria Cenotécnica da Ocupação: Kleber Montanheiro 

Artes Gráficas: Kleber Montanheiro e Patrícia Cividanes

Fotos: Danilo Apoena, Kim Leekyung e Marcelle Cerutti 

Operador de Luz: Bruno Aragão

Operador de Som e Vídeo / “Videomapping”: Rafael Marreiros

Direção de Produção: Erica Montanheiro

Produção Executiva: Bruna Longo e Denise Dietrich

“Marketing” Digital: Lead Performance

Realização Lolita & La Grange Produções Artísticas, Teatro Volátil Produções Artísticas e Cia. desaFRONTe

Apoio: Antro Positivo


 


 


         “O solo propõe um pacto documental, ao convidar o público a tornar-se cúmplice dessa narrativa”. E não há quem consiga se livrar, mesmo que conscientemente, dessa “cumplicidade”, graças ao conjunto da obra, que faz parte de um projeto que joga luz sobre o silenciamento histórico de artistas mulheres”.  

 


 

FICHA TÉCNICA DO PROJETO/MOSTRA/OCUPAÇÃO “ANÔNIMAS”:

Idealização: Bruna Longo, Denise Dietrich e Erica Montanheiro

Produtor Associado e Direção Técnica da Mostra: Flávio Tolezani

Consultoria Cenotécnica da Ocupação: Kleber Montanheiro

Artes Gráficas: Kleber Montanheiro e Patrícia Cividanes

Fotos: Danilo Apoena, Kim Leekyung e Marcelle Cerutti

Operador de Luz: Bruno Aragão

Operador de Som e Vídeo / Videomapping: Rafael Marreiros

Direção de Produção: Erica Montanheiro

Produção Executiva: Bruna Longo e Denise Dietrich

Marketing Digital: Lead Performance

Realização Lolita & La Grange Produções Artísticas, Teatro Volátil Produções Artísticas e Cia. desaFRONTe

Apoio: Antro Positivo

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany




 

 


SERVIÇO ("AQUELE TREM"):

Temporada: De 06 de novembro até 17 de dezembro de 2025.

Local: Teatro Poeirinha.

Endereço: Rua São João Batista, nº 104 – Botafogo – Rio de Janeiro.

Telefone: (21) 2537-8053.

Dias e Horários: às terças e quartas-feiras, às 20h.

Valor dos Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada).

Vendas: www.sympla.com.br ou na bilheteria do Teatro Poeira, de 3ª feira a sábado, das 15h às 20h, e domingo, das 15h às 19h.

Capacidade: 50 lugares.

Duração: 80 minutos.

Classificação Etária: 12 anos.

Acessibilidade: SIM.

Gênero: Monólogo Dramático.


 



         Deixei o Teatro Poeirinha tomado de muita alegria e emoção, arrependido por não ter esperado a atriz e ter dito a ela o quanto admirei o espetáculo e o seu trabalho, e com uma canção na cabeça, o que, sem querer dar nenhum “spoiler”, será entendido por quantos aceitarem a minha RECOMENDAÇÃO DO ESPETÁCULO. Trata-se de “Naquele Trem”, uma belíssima composição, tão linda quanto a peça, de três gênios da MPB, Ronaldo Bastos, João Donato e Caetano Veloso, na singela interpretação de Adriana Calcanhoto. Como fui ao Teatro utilizando carros de aplicativo, não pude ouvir no meu carro tive que esperar chegar à minha casa, para ter acesso à canção, primeira coisa que fiz:

 

“NAQUELA ESTAÇÃO”

Você entrou no trem,
E eu na estação
Vendo um céu fugir.
Também não dava mais
Para tentar
Lhe convencer
A não partir...

E, agora, tudo bem...
Você partiu
Para ver outras paisagens.
E o meu coração, embora
Finja fazer mil viagens,
Fica batendo, parado
Naquela estação...

 

 


 


         Dispensável é dizer que RECOMENDO O ESPETÁCULO!!!

 

 



FOTOS: DANILO APOENA.

 

 

É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO BRASILEIRO!