quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

BILLDOG 2
– O MONSTRO
DENTRO DELE


(A SAGA DO ANTI-HERÓI
SEM NENHUM CARÁTER
CONTINUA.
ou
DE COMO
UM GRANDE ATOR
GARANTE UM
MAGNÍFICO ESPETÁCULO.)






            Abrir o seu ano teatral com uma OBRA-PRIMA é um bom indício de uma ótima temporada, em 2020, que começa, no Rio de Janeiro. Queiram os DEUSES DO TEATRO que eu não esteja otimista demais, ante todas as ameaças e os prejuízos de que as ARTES, o TEATRO, principalmente, vêm sendo vítimas, desde o dia 1º de janeiro de 2019. Nem é preciso dizer por quê. Para quem é um BOM ELEITOR, meia palavra basta.




            Apesar de ter sido o primeiro espetáculo a que assisti, neste ano, no dia 3 de janeiro, só agora, um mês depois, estou escrevendo sobre ele, porque desejava revê-lo, para, durante os comentários, poder me deter nos incomensuráveis detalhes, todos da maior importância, que a peça apresenta.




           O espetáculo em questão é “BILLDOG 2 – O MONSTRO DENTRO DELE”, em cartaz no Teatro III, do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - RJ (VER SERVIÇO.).




            O numeral, contido no título, indica a existência de um outro “Billdog” (1), o que é verdade. Em função disso, toda vez que pergunto a alguém se já assistiu ao espetáculo aqui analisado, e, imediatamente o indico, com veemência, ouço algumas pessoas dizerem que não o farão, porque “não assisti ao primeiro”. Acontece que o atual não se trata de uma continuação do anterior, o que significa dizer que qualquer pessoa pode assistir a “BILLDOG 2” sem ter visto “Billdog”, anos atrás. É muito importante que isso fique bem claro.




          A montagem segue a mesma estrutura da anterior; a proposta é a mesma, todos os mecanismos são iguais, entretanto são duas situações diferentes, dois roteiros muito parecidos, envolvendo, porém, personagens outros, fora o protagonista, e em número superior, e situações idem.




            Antes de dar início aos comentários sobre “BILLDOG 2”, não me sentiria pleno, se não falasse um pouco do outro “Billdog”, uma vez que não tive a oportunidade de escrever sobre a peça, na época. Não vou fazer uma crítica, “atrasada”, àquela montagem, mas, sim, dissertar sobre a sua origem, que julgo muito interessante, uma obra do acaso, do destino, uma graça dos nossos queridos DEUSES DO TEATRO... Sei lá! Acho que seria bom que soubessem como “Billdog” chegou até GUSTAVO RODRIGUES, que está completando 20 anos de carreira no ano em curso, seu tradutor e intérprete, o qual já pensa no “Billdog 3”. Vale a pena, certamente, dizer que a montagem surgiu de um feliz acaso, daquelas coisas que não se explicam, que o destino nos reserva e das quais não dá para se escapar.




A montagem original – “Bane” - estreou no Festival de Edimburgo, em 2009, interpretada pelo seu pelo seu próprio autor, JOE BONE, e logo caiu no gosto do público, transformando-se num grande “hit” no Reino Unido. Nos anos seguintes, BONE deu continuação à saga, com "Bane” - 2 e 3 -, e se consagrou, em 2011, como destaque daquele Festival, em primeiro lugar, na lista dos 100 melhores espetáculos, entre 2 mil apresentados.




Nunca tive a oportunidade e o prazer de ter assistido a JOE em cena, entretanto, quem já vivenciou essa primazia, diz que uma das coisas que mais chamam a atenção, na sua interpretação, é a magnífica narrativa cênica do ator, a sua total entrega, de corpo e alma, aos personagens, a qual, creio, deva ser a mesma, em idêntica proporção, como a que nos brinda GUSTAVO RODRIGUES, trazendo, para o palco, uma nova maneira de contar uma história.



“BILDOG”, tanto o primeiro como o atual, é quase um filme de ação, uma mistura de filme “noir”; desenho animado; história em quadrinhos (HQ); TEATRO, de extrema exploração corporal e vocal; e preciosas mímicas. Na trama da primeira versão da saga, Billdog é apresentado como um terrível mercenário, crudelíssimo, que, para garantir sua sobrevivência, em troca de alguma grana e proteção, comete crimes brutais, pelas ruas e vielas de Londres, sempre tentando se livrar de um bandido misterioso. O anti-herói transfere a figura do pai, que nunca teve, para um mafioso italiano, a quem demonstra extrema fidelidade, e ama uma mulher de “caráter duvidoso”, um eufemismo. Curioso é que, por mais vilão que seja, o personagem, um misto de galã de cinema mudo, herói de HQ, e humorista sarcástico, talvez, ainda, por seu carisma, extremado “non sense”, exageros e absurdos, no que fala e faz, provoca uma empatia, por parte da plateia, a qual, facilmente, passa a torcer pelo bandido. Um outro aspecto curioso, que envolve o personagem é que, a despeito de ser um frio matador de aluguel, também apresenta traços de um “ser humano”, o qual, por uma questão de “justiça”, só topa aceitar qualquer “servicinho”, se ele, também, acha que a vítima não merece viver.




            Corria o ano de 2011, quando GUSTAVO RODRIGUES, o qual, para me facilitar, será, de agora em diante, chamado, quase sempre, de GUGA, como o trato, na intimidade de amigo, estava em Londres e resolveu assistir a um espetáculo de Gerald Thomas, encenado por lá. Não tendo conseguido o desejado ingresso, pois a lotação estava esgotada, resolveu seguir o conselho da bilheteira, para ir a um Teatro (em Covent Garden), do outro lado da cidade, para ver “Bane”, texto, concepção e interpretação de JOE BONE. Lá chegando, constatou que a lotação também estava esgotada, mas resolveu entrar numa fila de espera, contando com desistências. Deu certo e ele conseguiu assistir à peça. Ficou absurdamente encantado com ela, que apresentava uma diferente proposta teatral, bastante instigante, em termos de estética e linguagem, e decidiu esperar por JOE e cumprimentá-lo, no final, sem pensar, ainda, em trazer o texto para o Brasil. Nessa breve conversa, trocaram contatos e marcaram um encontro, alguns dias depois, no National Theatre. Dessa reunião, GUGA trouxe, na bagagem, “Bane”, ou “Billdog”, já vertido para o português, junto com os direitos de montagem no Brasil, com a ideia de levar à cena a peça. GUGA não tinha dinheiro, para a compra dos direitos e, ainda, para a montagem, mas JOE estava muito interessado em conhecer o Brasil e demonstrou grande interesse numa versão brasileira de sua peça. A parceria deu tão certo, que JOE acabou codirigindo “Billdog”, com Guilherme Leme Garcia





            Era o início de uma boa e profícua amizade, que dá bons frutos até hoje. E dará mais ainda. Naquele mesmo ano, em novembro, JOE veio ao Brasil, para ensaiar o texto com GUGA, tendo ficado hospedado na casa deste, trabalhando “full time”, uma exigência, para quem se propõe a montar algo da “franquia” “Billdog”, tão difícil e que exige o máximo do ator.
  
A primeira apresentação do texto, que também tinha um subtítulo, nunca usado no Brasil – “Alguém Tem que Pagar” ou “Alguém Precisa Pagar” -, ainda na versão “work in progress”, foi com uma “performance”, em março de 2012, tendo “Bane”, ainda, como título, no Festival de Curitiba, no Teatro Mini-Guaíra. Segundo GUGA, no primeiro dia, havia 30 pessoas, na plateia. Só que o ator Edson Celulari estava presente, como parte do pequeno público, e, totalmente admirado e empolgado, com o que vira, numa coletiva de imprensa, naquele mesmo dia, disse que havia adorado o espetáculo e que “Bane” era a melhor peça do Festival. A partir daí, lotou as outras duas sessões programadas, ingressos esgotados, deixando muita gente decepcionada, por não ter conseguido conferir os elogios de Celulari. Foi a partir desse momento que GUGA se deu conta de que havia feito uma boa escolha e que a peça decolaria, de vez.






Findo o Festival de Curitiba, GUGA, de volta, ao Rio, decidiu-se, finalmente, por levar a efeito o projeto de montagem da peça. Ele e JOE se encarregavam da direção de “Bane”, mas Guilherme Leme Garcia foi, então, convidado para ser, oficialmente, o diretor da peça, uma vez que havia assistido a um ensaio, ainda na casa de GUGA, duas semanas antes daquela primeira apresentação, no Festival de Curitiba, tendo amado a proposta e dado, aos dois, algumas ótimas sugestões, imediatamente, todas aceitas.




A tenacidade, a determinação de GUGA, em montar o espetáculo, foi tanta, que, um mês antes da estreia, no Rio de Janeiro, Guilherme estava em Edimburgo, participando do Festival de TEATRO daquela cidade, com um espetáculo seu, e JOE, que também é ator, e fez, e faz, até hoje, “Bane” (1, 2 e 3), também estava se apresentando no referido Festival, e GUGA viajou para lá, tendo passado todo o mês de agosto (2012) ensaiando, com os dois, sob a direção oficial do Gui.




A peça, então, já batizada como “Billdog”, teve sua estreia no dia 3 de setembro de 2012, no Teatro Café Pequeno, a primeira “tímida” temporada, de três semanas. Não houve o sucesso tão esperado. Em seguida, o espetáculo partiu para uma segunda temporada, agora no SESC Casa da Gávea, de saudosa memória. O público, na primeira semana, não foi dos melhores, entretanto a senhora Bárbara Heliodora, a “terrível e temida crítica do Jornal O Globo”, que assistira à peça, nessa primeira semana, escreveu uma generosa crítica, no jornal, elogiando, à exaustão, a qualidade da montagem, o que fez com que, a partir da segunda semana, os ingressos se esgotassem e dezenas de pessoas tivessem de voltar, frustradas, para suas casas. A peça estava, então, “bombando”, o que serviu de estímulo para que fosse mostrada a mais pessoas e em outras praças.




Depois, já consagrada, pelo público e pela crítica, “Billdog” aportou na Sala Tonia Carrero, no antigo Teatro do Leblon, em janeiro de 2013, para a terceira temporada. Em seguida, durante alguns anos, GUGA pisou o palco de 45 Teatros, pelo Brasil afora, em incontáveis temporadas, as quais totalizaram mais de 350 apresentações, além da participação no Festival de Avignon (França) e Festival Tréteaux du Maroni (Guiana Francesa).




Um detalhe bastante importante é que, por causa de “Billdog”, formou-se uma sólida amizade entre GUGA e JOE, o qual já veio ao Brasil cinco vezes, por motivos profissionais. Apresentou-se no FITA (Festival Internacional de Teatro de Angra), com “Bane” (1 e 2), legendados, no mesmo ano em que GUGA ganhou o Prêmio de Melhor Ator, com seu inovador e desafiador “Billdog”. JOE também apresentou “Bane” (2 e 3), no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ), durante uma das edições do Festival Cena Brasil Internacional, em 2014, salvo engano. Também representou em Lorena e, na cidade do Recife e em São Paulo, conduziu alguns “workshops”, com alunos da Cultura Inglesa, sob o patrocínio do British Council.

Para os ensaios e a preparação de “BILLDOG 2 – O MONSTRO DENTRO DELE”, GUGA deslocou-se para a Ilha de Wight, na costa sul da Inglaterra, onde, durante o mês de junho de 2019, ficou hospedado na casa de JOE, repetindo o mesmo “hard work” utilizado anteriormente. E voltou com a peça quase pronta, com o acréscimo de uma supervisão artística de GUILHERME LEME GARCIA; outra vez ele.




Mas “Billdog” não consumiu, ainda, todas as suas fichas e – tenho certeza – sempre haverá espaço para ele. Em 8 anos de trajetória, só não foi representado em 2018, ano em que GUGA se dedicou a fazer uma novela de TV, o que o impedia de conciliar os dois trabalhos, a despeito dos convites que nunca deixaram de chegar. A mais recente vez – não a última – em que “Billdog” foi apresentado a um público foi em novembro de 2019, três meses atrás, em pleno processo de “BIILDOG 2”, em Três Rios e Paraíba do Sul. Em março próximo, a turnê de “Billdog 1”, como passará a ser chamado, no Brasil, de agora em diante, vai continuar, pelo interior do Rio de Janeiro, em mais 8 cidades.









Agora, voltemos nosso foco para “BILLDOG 2 – O MONSTRO DENTRO DELE”, que já é uma feliz realidade, como aconteceu com a versão anterior, por se tratar de uma proposta nova, por assim dizer, de TEATRO, e que já é merecedor do aval do público e da crítica, destacando-se, com mais duas ou três outras produções teatrais, dentre as que foram lançadas no primeiro mês do ano, como uma das grandes sensações do verão teatral carioca. Sim, isso já está acontecendo.












SINOPSE:

Na continuação da saga do anti-herói BILLDOG, GUSTAVO RODRIGUES interpreta não apenas o mercenário que dá nome à peça, mas todos os 46 personagens da história.

Em cena, o ator é acompanhado, ao violão, por um músico, TAUÃ DE LORENA, o qual assina a direção musical e executa, ao vivo, a trilha sonora original, composta por BEN ROE.

Na trama, o protagonista BILLDOG ganha a vida como um mercenário nas ruas de uma cidade fictícia, em algum lugar da América.

Tem uma fixação em matar, para não morrer; ou, matar, antes de que alguém o mate.

O fardo de ser um criminoso começa a pesar em sua consciência.

Deprimido e tendo pesadelos, ele se consulta com um psiquiatra.

Mas, enquanto tenta colocar a cabeça no lugar, ele precisará acertar as contas com um velho amigo, acabar com o mafioso que quer matá-lo e lutar contra um monstro tóxico.













         No fundo, no fundo, “BILLDOG 2” não passa de uma deliciosa brincadeira, uma “dark comedy”, que, ao mesmo tempo que diverte, e muito, o espectador, serve como um “vetor”, no sentido figurado, que leva o espectador a travar conhecimento com o trabalho de um ator completo, GUSTAVO RODRIGUES.






            Via de regra, parto do princípio de que (quase) todo sucesso, numa montagem teatral, tem início no texto, sua espinha dorsal. Não vou retificar minha opinião; mantenho-me firme, entretanto, sem desmerecer, absolutamente, a trama, muito bem tecida pelo dramaturgo, do ponto de vista estético-literário, com diálogos muito ágeis, econômicos e de muita expressividade, e, também da direção, que, aqui, segue as ideias postas em prática em “Billdog (1)”, acho que estamos diante de uma rara exceção, uma vez que, para mim, não resta a menor dúvida, mesmo, de que a grande sensação do espetáculo é o trabalho do ator, que interpreta 46 personagens (Em “Billdog (1)”, eram 38.), sem se confundir, nenhuma vez, menos, ainda, causando dúvidas na plateia, a qual, quer pela voz, quer pela postura, quer pelas particularidades de cada um, consegue identificar todos, a cada uma de suas intervenções. 






           Trata-se de um trabalho fascinante, FORMIDÁVEL, adjetivo frequente – o último - na boca de Nelson Rodrigues e, até hoje, empregado, à farta, por Dona Fernandona, no qual, além de dizer o texto, GUGA faz todo um trabalho de “sonoplastia”, utilizando, apenas, sua própria boca, produzindo uma inumerável quantidade de distintos sons. São barulhos de carros e motocicletas em movimentos, bruscas freadas, tiros, explosões, batidas de corações acelerados, respiração exageradamente ofegante, latidos, ranger de portas, barulho de chaves, o abrir e fechar de gavetas, fósforos sendo riscados, cigarros que são acessos e muito, muito, muito mais...





            GUSTAVO é a alma da peça. A alma, o corpo, a essência, os adereços; tudo, enfim. Poucas vezes, vi um ator se entregar tanto, de forma extremamente íntima, profunda, saída de suas entranhas – visceral, enfim -, num palco, exposto a um desgaste emocional e físico que chega às raias do que seu corpo, incansável e profissionalmente trabalhado, pode suportar.






            Merecem, porém, muitos aplausos, de pé, outros profissionais, que colaboram para o sucesso do espetáculo. TAUÃ DE LORENA é um deles. Que fantástico é o trabalho desse grande musicista, que corresponde a um bom percentual do sucesso da montagem! Encarregado de pôr em prática, com seu violão, uma trilha sonora perfeita, composta por BEN ROE, e que ocupa quase que os 100% do tempo de duração da peça, TAUÃ é de uma precisão cirúrgica, com seu instrumento, durante toda a encenação, atentíssimo ao texto, antenado ao que se passa ao seu redor, instalado no fundo do palco, na lateral esquerda, porque dele depende boa parte da encenação. Os sons que saem de seu violão “dialogam”, direta e precisamente, com as falas a ações dos personagens, num entrosamento que não admite erros, “barrigas”. E não os há de verdade. Tudo funciona a contento, cronometricamente. Há uma intimidade e uma cumplicidade tal, entre os dois grandes artistas, que, inclusive, na ficha técnica, de forma oficial, os nomes, merecidamente, a meu juízo, dos dois aparecem na rubrica “Elenco”. Em determinados momentos, TAUÃ também empresta sua voz, na cointerpretação de dois números musicais, dois “rocks”, bem “heavy metal”, cantados por GUGA, que também se acompanha na guitarra, com a luxuosa contribuição, ao fundo, de GUIGA FONSECA, na bateria.









            No que se refere aos elementos técnicos de uma montagem teatral, arrisco dizer que nossos queridos, competentes e grandes profissionais de iluminação terão de se esforçar muito, durante este ano, para conseguir concorrer com AURÉLIO DE SIMONI, na hora das premiações. São incontáveis os trabalhos de desenho de luz, assinados por AURÉLIO, que mereceram meus mais contundentes aplausos, todavia o que ele preparou, para “BILLDOG 2”, é um primor. Certamente, mais um dos pontos altos do espetáculo. É tudo milimetricamente pensado, para causar a sensação de que estamos vivenciando a atmosfera “noir” de um bom e velho filme londrino, além de sugerir os vários ambientes em que se passam as mais “loucas” ações, na ausência de cenários. A luz de AURÉLIO é para ser aplaudida de pé. Para mim, um de seus trabalhos “tops”.












            Como mencionado no parágrafo acima, não há cenários, assim como trocas de figurino. Homens, mulheres, crianças, monstros, velhos, novos todos vestem o mesmo traje. Como em “Billdog (1)”, o cenário é uma caixa preta, sem nenhum elemento cênico no palco. Tudo é sugerido, no texto, e perfeitamente “enxergado”, pelo espectador. A simplicidade da cenografia e do figurino, este criado por REINALDO PATRÍCIO, visto que o ator usa uma única roupa, com matizes de preto, não tem a menor importância. São detalhes que dão espaço e liberdade, para que GUGA se transforme na galeria de seus 46 personagens em diferentes lugares no decorrer da trama “do escritório do mafioso Ivan ao clube de pôquer ‘Jackpot’, passando pelo consultório do psiquiatra Dr. Purum Fuki, até o antigo porto da cidade, contaminado com um misterioso lixo tóxico”.






            Embora já mencionada, a trilha sonora original, composta por BEN ROE, se encaixa, como uma luva, sublinhando as cenas, atribuindo-lhes o clima de suspense ou mistério, de ação também, ditando, vez por outra, ou quase sempre, o dinamismo da peça, o seu ritmo frenético e eletrizante, típico dos filmes policiais, os quais têm por objetivo mobilizar o espectador o tempo todo, mantendo-o fixo e atento em suas poltrona. Essa ótima trilha é valorizada pela direção musical e pela execução, a cargo de TAUÃ DE LORENA, como já dito.

        Devem ser louvados dois importantíssimos trabalhos neste processo: o de preparação corporal, conduzido por BRISA CALERI, e o de preparação vocal interpretativa, sob a orientação de HERMES FREDERICO.   










FICHA TÉCNICA:

Texto e Concepção: Joe Bone
Direção: Gustavo Rodrigues e Joe Bone
Supervisão Artística:  Guilherme Leme Garcia

Elenco: Gustavo Rodrigues (Ator) e Tauã de Lorena (Músico)

Composição de Trilha Sonora: Ben Roe
Direção Musical: Tauã de Lorena
Iluminação: Aurélio de Simone
Figurino: Reinaldo Patrício
Preparação Corporal: Brisa Caleri
Preparação Vocal Interpretativa: Hermes Frederico
Programação Visual: Marcus Clausen
Fotos: Guarim de Lorena e Carlos Peder
Operador de Luz:  Rodrigo Lopes
Convidado Especial:  Guiga Fonseca (Bateria)
Produção Executiva: Luan Victor
Direção de Produção: Monique Franco
Idealização e Realização: Gustavo Rodrigues / Franco Produções Artísticas















SERVIÇO:

Temporada: De 03 de janeiro a 01 de março de 2020 (A temporada foi prorrogada).
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) -RJ – Teatro III.
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Candelária - Centro – Rio de Janeiro.
Dias e Horários: De 4ª feira a domingo, às 19h30min.
OBSERVAÇÃO: Haverá sessões normais no sábado e no domingo de carnaval.
Valor dos Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia entrada – idosos, estudantes, clientes e funcionários do Banco do Brasil).
Venda de Ingressos: De 4ª a 2ª feira, das 9h às 21h, na bilheteria do CCBB, e pelo site: www.eventim.com.br
Informações: (21) 3808-2020.
Lotação: 86 lugares.
Classificação Etária: 18 anos.
Duração: 65 minutos.
Gênero: Comédia.

bb.com.br/cultura
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facebook.com/ccbb.rj
instagram.com/ccbbrj
SAC: 0800 729 0722
Ouvidoria BB: 0800 729 5678
Deficientes Auditivos ou de Fala: 0800 729 0088










            Como já foi mencionado, no espetáculo, há referências da cultura “pop”, principalmente dos anos 70 e 80. Acho muito interessante esse resgate. Sobre isso, transcrevo algumas palavras de GUSTAVO RODRIGUES: “Queria fazer uma peça com referências desse período, que constituiu minha infância e adolescência, meus sonhos e descobertas, com influências das músicas de bandas como The Doors, Legião Urbana, Blitz, Cazuza; filmes do Tarantino, do Batman e aqueles que passavam na Sessão da Tarde”. Essas lembranças estão, realmente, vivas, em “BILLDOG 2”. E prossegue, GUGA, dizendo que a peça remete aos filmes de Tarantino e agrada, especialmente, aos adolescentes, uma geração que tem velocidade de informação muito grande, através da Internet, e não tem o hábito de ir ao TEATRO”.





Muita gente, infelizmente, ainda não conhece o magnífico trabalho de GUSTAVO RODRIGUES, nos palcos, com raras passagens pela TV (novelas), entretanto, em duas décadas de profissionalismo, o ator já participou do elenco de algumas das melhores peças encenadas durante esse tempo, sob a orientação de renomados encenadores, como “Bent” (direção de Luiz Furlanetto), um espetáculo que tem de ser remontado, agora, urgentemente, porque o momento social e político brasileiro o exige; “Amadeus” (direção de Naum Alves de Souza); “Os Vencedores” (direção de Tonico Pereira); “O Livro Secreto” (direção de Caio de Andrade); “Os Três Julgamentos de Oscar Wilde” (direção de Jacqueline Lawrance); “Laranja Mecânica” (direção de Paulo Afonso de Lima); “Transpotting” (direção de Luiz Furlanetto); “Bonitinha, mas Ordinária” (direção de Moacyr Góes); “Os Especialistas” (direção de Bárbara Bruno); “12 Homens e uma Sentença” (direção de Eduardo Tolentino); e “Como é que Pode?” (direção de Leandro Hassum e Gustavo Rodrigues), além de ter substituído, à altura, durante algum tempo, outro grande ator, Gustavo Vaz, na vitoriosíssima montagem de “Tom na Fazenda”, seu mais recente trabalho em TEATRO, antes deste "BILLDOG 2".


 De 3 a 26 de julho próximo, GUGA estará se apresentando, com “BILLDOG (1 e 2)”, no Festival de Avignon, no CHAPEAU D'ÉBÈNE THÉÂTRE, situado dentro de uma capela do século XIV, num total de 21 apresentações. JOE BONE estará presente e vai assistir, pela primeira vez, a “BILLDOG 2”, na versão completa, definitiva, pronta, com todos os elementos cênicos em funcionamento.



Como acontecia, ao final de “Billdog (1)”, o ator anunciava, como no final de cada episódio de uma série antiga, de cinema, a continuação da história, conclamando o público a voltar ao Teatro, com mais aventuras, desafios, suspenses, romances, grandes surpresas e novidades. Assim também acontece, ao final de “BILLDOG 2”. E não há como não voltar, para rever o espetáculo, como fiz, ou aguardar, roendo as unhas, por “Billdog 3 – Bem-vindo à Vista do Sol”.



Todo o meu entusiasmo por esta magnífica peça dispensaria o recado, entretanto não deixarei de dá-lo: RECOMENDO, COM O MAIOR ENTUSIASMO, ESTE ESPETÁCULO.


FOTOS: GUARIM DE LORENA
E
CARLOS PEDER.)



























 






(GALERIA PARTICULAR.
FOTOS MARISA SÁ:)


Com Gustavo Rodrigues.

  
 
Com Tauã de Lorena.





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