sexta-feira, 23 de agosto de 2024

“ÁLBUM DE FAMÍLIA”

ou

(NÃO É JOGO 

DO BICHO:

NÃO VALE O QUE ESTÁ ESCRITO;

VALE A  ENCENAÇÃO.)







              Por nada nem por ninguém, abrirei mão da minha opinião de que o texto é a viga-mestra, a espinha dorsal, que sustenta um bom espetáculo de TEATRO, mas exceções existem e não seria diferente num palco. Um dos exemplos disso é “ÁLBUM DE FAMÍLIA”, montagem à qual assisti no último sábado, 17 de agosto de 2024, no mais novo Teatro da cidade de São Paulo, o Teatro Estúdio, situado no centro da capital paulista (Rua Conselheiro Nébias, nº 891 - Campos Elíseos). Em termos de espetáculo, ainda que seja raro, é possível um bom diretor e um elenco idem construírem uma montagem de alta qualidade em cima de um texto que abomino, embora, como não sou ignorante, consiga entender os “propósitos” do dramaturgo.

 


 

            Antes de iniciar os comentários sobre esta encenação, que me agradou deveras – a montagem, repito, não o texto - pelo lado teatral, gostaria de falar um pouco do Teatro Estúdio, pois julgo muito importante apresentar o novo espaço cultural paulistano, de fácil acesso. Logo à entrada, funciona a bilheteria e um agradabilíssimo bistrô, onde os espectadores têm a oportunidade de degustar alguns salgadinhos, doces e confeitos, além de poder beber seus drinques, sua cervejinha, refrigerantes e um café. A sala de espetáculo mede 242m², com capacidade de acomodar até 220 lugares, na dependência da forma do espetáculo a ser apresentado (arena, corredor e, até mesmo, palco italiano). No caso de “ÁLBUM DE FAMÍLIA”, são 160 lugares à disposição do público, que lotou todas as sessões da peça. O espetáculo em questão é oferecido no formato de corredor ou semiarena. Ainda no primeiro piso, há um grande camarim e salas de reunião. No segundo andar, um estúdio, para gravações de “podcasts”, além de uma ampla sala para servir a ensaios, a qual comporta elencos numerosos. O espaço, aberto a locações, pertence a quatro sócios, sendo gestado por dois deles, os produtores Mariana Barioni e Alexandre Galindo, este também ator, fazendo parte do elenco da peça em tela.

 

 




 

          Não perderei tempo em repetir o que penso do dramaturgo NELSON RODRIGUS, de quem só aprecio uma meia dúzia de suas 17 peças de TEATRO, sendo que “ÁLBUM DE FAMÍLIA” é, talvez, a que menos me agrada. Por outro lado, sou um ardoroso fã do cronista NELSON RODRIGUES. Quem estiver interessado na minha opinião sobra a sua obra dramática deve procurar, no meu blogue, as críticas que escrevi sobre peças de sua lavra. Não gastarei vela com um defunto que, A MEU JUÍZO, não merece que eu desperdice meu precioso tempo, ainda que isto até possa chocar alguns leitores, com o que não me importo e espero ser respeitado, tanto quanto respeito os que o incensam, como “o maior dramaturgo brasileiro”. Por outro lado, não posso deixar de reconhecer a sua coragem, ao escrever esta peça, uma das principais e mais controversas de suas obras para o TEATRO, em 1945, apresentada a uma sociedade muito conservadora; e, também não posso deixar de dizer, bastante hipócrita, como a de hoje também.

 

 


 


SINOPSE:

A história desvenda os segredos e as tensões de uma "família", aparentemente, tradicional brasileira, no interior de Minas Gerais, na década de 1920.

A trama gira em torno do patriarca, Jonas (ALEXANDRE GALINDO), um fazendeiro de “convicções religiosas fervorosas”; sua esposa, Senhorinha (MARIANA BARIONI) e seus quatro filhos: Guilherme (DANIEL MARANO), Edmundo (IURI SARAIVA), Nonô (AGMAR BEIRIGO) e Glória (FERNANDA GIDALI).

Com o tumultuado e inesperado retorno de Guilherme, Edmundo e Glorinha à casa dos pais, tem início uma série de revelações chocantes sobre a moralidade distorcida dos membros daquela "família", todos portadores de patologias psíquicas que refletem bem o caráter de cada um.

O “show de horrores” que é montado conduz a narrativa a um final totalmente trágico e perturbador, revelando um retrato forte e violento de uma "família" assaz disfuncional, que esbanja hipocrisias, membros que são de uma sociedade também falsa e dissimulada, ingredientes presentes, com frequência, no universo do autor.


 


 


 


 

 

ESPAÇO DESTINADO A COMENTÁRIOS CRÍTICOS SOBRE O ENREDO E A DRAMATURGIA (?).

 





 


 

    Ampliando o que escrevi no primeiro parágrafo, afirmo que assisti a uma grande encenação, cujos méritos recaem, única e exclusivamente, sobre a direção e o elenco, com o necessário apoio dos artistas de criação e dos técnicos e operadores. É a terceira montagem de um texto do Senhor Rodrigues a que assisto, regida por JORGE FARJALLA e, da mesma forma como me encantei com as duas primeiras, “Dorotéia (2017) e “Senhora dos Afogados” (2018), as encenações, coloco-me agora. Assisti à primeira três vezes, em espaços diferentes, sem contar um ensaio geral, e vi, duas vezes, a segunda, em cidades distintas, São Paulo e Rio de Janeiro. Em “ÁLBUM DE FAMÍLIA”, o diretor não omitiu, absolutamente, nada do que escreveu o autor, fez a sua leitura textual da obra e aí é que entra a genialidade do encenador: procurar desenhar todas as cenas, nos espaços de que dispunha, de forma dinâmica e realista ao extremo, buscando valorizar, propositalmente, é claro, cada um dos absurdos escritos pelo dramaturgo. Encontrou excelentes soluções para cada uma das cenas, incluindo as que envolvem o personagem Nonô, o qual, enlouquecido, vaga pelo quintal da propriedade, completamente nu, e dá voltas em torno da casa, emitindo gritos animalescos e correndo, esfregando-se na terra e sob uma forte chuva que cai, para “coroar” o momento. Pelo histórico do diretor, é ele um fervoroso apreciador da dramaturgia rodriguiana e, por isso mesmo, sabe decodificá-lo como, penso eu, o “Anjo Pornográfico” deva ser entendido. Passo bem longe disso, porém.

 

 


 

   “Para o diretor, uma das características principais da história são as relações humanas. O espetáculo é uma forma de denunciar o retrato de nossa sociedade e suas monstruosidades em evidência dos noticiários”. Concordo plenamente, entretanto, considerando o aspecto da verossimilhança, acredito, piamente, na possibilidade de todas aquelas aberrações patológicas intrafamiliares acontecerem na vida real, e muito mais do que se possa imaginar, porém não todas debaixo do mesmo teto. "MAS É TEATRO." Jura?! Acho que eu não sabia. (Contém ironia.)

 

 

   Nesta montagem, vejo JORGE FARJALLA como o diretor/encenador que aplaudi nas duas outras peças do Senhor RODRIGUES a que assisti e já mencionadas. Nas três, enxerguei um artista criativo e desafiador. Cada detalhe que ele cria nas suas direções abre um leque de possibilidades de decodificação, que podem até não coincidir com a sua real intenção, mas funcionam como um excelente exercício para o espectador. O que quero dizer é que cada signo escolhido por FARJALLA pode passar despercebido, o que imagino acontecer para a maioria dos espectadores, contudo pode levar a várias leituras interpretativas e não estão ali por acaso.

 

 

 

  Como, também, se apresenta como um festejado artista plástico, FARJALLA, sempre que possível, se encarrega de assinar a cenografia e os figurinos, como ocorre desta vez, na qual, além disso, ele e MARIANA BARIONI são responsáveis pela direção de arte. A cenografia é simples, porém traz elementos muito fortes e expressivos, como o chão revestido de terra vermelha, uma espécie de barro, que apenas me chegou como uma vontade de reproduzir o solo do interior mineiro. Acontece que esse piso está dentro da casa, não na parte exterior desta. Aí, já estamos diante de um signo interessante e temos que parar, para tentar decodificar a intenção do diretor. Segundo este. Os símbolos e signos da obra são aqui reforçados na encenação: a terra vermelha do cenário, que representa o útero e ressignifica as mortes do texto, o ritual do banho e a água, trazendo a purificação desse nicho familiar, tanto no âmbito do profano como no sagrado; quanto mais banho a família toma, mais sujos eles vão ficando”, explica FARJALLA. A parte da justificativa afeta ao “ritual do banho e a água” é de facílima compreensão, todavia, na escolha da “terra vermelha”, dentro da casa, como piso, sua simbologia é bem difícil de ser alcançada. Para mim, pelo menos; talvez por me faltar inteligência ou mais fertilidade à minha imaginação. Mas funciona? Sim. E como!!!

 

 


 

   Ainda relacionado a isso, penso que, para muitos – muitos mesmo – deva passar despercebido o detalhe de que todos os membros da família pisam a terra descalços, enquanto os demais personagens se apresentam calçados. Continuo tentando entender, mas chegarei lá, com certeza. Ou não!!! E aqui já estou a falar dos figurinos, bastante rústicos e todos adequados à época e ao local, assim como ao caráter, individualidade e aspecto socioeconômico de cada personagem. Mas é preciso voltar ao cenário, para que fique completa a minha modesta opinião sobre ele, totalmente favorável. Numa das extremidades do corredor, um sofá sobre, sentados, e atrás dele, em pé, estão todos os personagens, à exceção de Nonô, o qual, quando não aparece, fora, fisicamente, da cena, longe dos olhos do público, se mantém de pé, de costas para os demais onze artistas, antes do início da encenação. Nesta extremidade, há um oratório, sobre o qual repousa uma pequena estatueta, não identificada por mim, e uma grande “vela de vários dias”. Detalhes mais que interessantíssimos, e que valorizam muito o conjunto cenográfico, são dois quadros, expostos nas duas paredes que limitam as extremidades do corredor: numa, um quadro do Sagrado Coração de Jesus; em outra, o de uma Santa Ceia, com detalhes de sangue escorrendo sobre a tela. Pareceu-me ser isso, do lugar em eu estava acomodado na outra extremidade. Essas duas peças representam o que de mais esdrúxulo podem exprimir, em termos de hipocrisia, visto que todas aquelas “santas” pessoas da família se benzem diante delas.  

 

 

 

 

 

    ALINE SANTINI criou um excelente desenho de luz, que atravessa toda a encenação, totalmente dentro daquilo que poderia enriquecer cada cena e pôr em relevo o que há de mais importante em cada uma delas, criando ótimos contrates de intensidade de luz. 

  

 

       Apesar de já ter cometido um “pecadinho” aqui ou ali, em sua vitoriosa carreira, já que Deus não criou a perfeição para os pobres mortais (Picasso não foi gênio durante os seus 91 anos de existência; nem Michelângelo, nos seus 88; menos ainda Beethoven, nos seus apenas 56. E o que dizer de Leonardo Da Vinci, em seus 67?), JORGE FARJALLA é um profícuo e criativo diretor de TEATRO, ou um encenador, que não são sinônimos, mas “primos entre si”. O importante é ser humilde e reconhecer uma “pisada em falso”; e continuar, sempre, tentando acertar, agradando a uns e desagradando a outros, contrariando o autor da peça, para quem “A unanimidade é burra.”. Sei bem que o é! O papel de JORGE FARJALLA, nesta produção, é fundamental e muito importante, pelo empenho nos detalhes da encenação, na escolha do elenco, nas marcações, naquilo que já citei e, até mesmo, na trilha sonora, na qual o mestre Cartola “bate ponto”. A ideia de escolher o formato de corredor, para a representação, é um grande achado, visto que, colocadas de frente, uma para outra, as duas divisões da plateia permitem que os olhares possam ser desviados, vez por outra, da ação para os outros espectadores. Aliás, com relação a isso, pude observar, curiosamente, as reações de alguns espectadores, estupefatos ou apavorados com cada novo desvario e/ou monstruosidade perpetrados por este ou aquele personagem. A proximidade do público com os personagens e, consequentemente, com as ações, cria uma maior intimidade de uns para com os outros e “puxa” para a cena quem apenas se dispôs a ser um “voyeur”.

  

 

 

 

 

     Ainda que não seja nada original o posicionamento dos personagens no formato de um antigo retrato de família (Já assisti a outras montagens em que os diretores fizeram uso de tal expediente.), apenas, porém, em um determinado momento da encenação, aqui, esse detalhe de marcação é extremamente interessante, uma vez que todos permanecem em cena, à exceção de Nonô, durante toda a peça, e vão “saindo da moldura”, à medida que são chamados a atuar, retornando a suas posições anteriores, ao final de suas p-participações. Com relação a Nonô, o personagem nem aparece em cena, no original, mas FARJALLA o faz presente, totalmente despido e molhado (Vindo da chuva no quintal.), no início e no final do espetáculo, uma ótima decisão, a meu juízo. Ao adentrar a sala de espetáculo, as pessoas já encontram todos em cena. Para os pudicos, que acham desnecessário aquele homem, alto e de porte atlético (AGMAR BEIRIGO) nu em cena, e por muito tempo, antes do início da peça, vendo nisso um simples ato de exibicionismo, “inventado pelo diretor”, tenho a dizer que encaro essa situação, como os demais personagens em cena, todos vestidos, na “recepção” ao público, como o desejo não de “chocar” ou provocar constrangimento, mas como um mecanismo para despertar o interesse do público na obra, gerar curiosidade e criar um ambiente de muita expectativa, o que acho ótimo. Outra personagem, Totinha, que, originalmente, não está em cena, mas da qual apenas se ouvem gritos lancinantes, durante uma tentativa de dar à luz, para uma adolescente de 15 anos, violentada e engravidada por Jonas, “sem passagem para expelir o bebê", também permanece em cena, às vistas do público, provocando neste muita angústia e empatia. Outro grande ponto positivo da direção.  

 

 

 

 

 

  Que magnífico elenco - cinco atores e sete atrizes - dá conta da representação, dos que interpretam os principais personagens àqueles que foram contemplados com papéis que pouco aparecem na peça, mas que têm importância na trama! São eles por ordem alfabética:   AGMAR BEIRIGO (Nonô), ALEXANDRE GALINDO (Jonas), DANIEL MARANO (Guilherme), FERNANDA GIDALI (Glória), HELENA CURY (Neta), IURI SARAIVA (Edmundo), JULLIA LEITE (Heloísa), LAKÍS FARIAS (Teresa), LARA PAULAUSKAS (Totinha), LÍDIA ENGELBERG (Rute), MARIANA BARIONI (Senhorinha) E ROBERTO BORENSTEIN (Avô). Cada um deles sabe, absolutamente, tudo quanto ao seu personagem e o interpreta da forma mais convincente possível. Deles, conheço, de trabalhos anteriores, AGMAR, GALINDO, DANIEL, IURI e ROBERTO, e sempre os aplaudi, o que volto a fazer agora, não me lembrando de nenhum espetáculo em que o quinteto tenha deixado a desejar. Não conhecia, pois, salvo engano, o desempenho do naipe feminino, no entanto todas as “performances” estão de acordo com o “ÁLBUM DE FAMÍLIA” e me proponho, a partir de agora, a assistir aos seus próximos trabalhos. Também aplaudo a todas.

 

 

 

 

 

    Para os que não conhecem o enredo, acho que vale a pena dizer “que instrumento cada um personagem toca nessa banda ‘afinadíssima’”. Nonô é um dos filhos da “família”; foi amante da mãe, enlouqueceu e vive nu, correndo pelo quintal, ao redor da casa, gritando, urrando como um animal selvagem. Jonas, casado com Senhorinha, sua prima, é o “chefe da família”; fazendeiro, "católico e temente a Deus", “viciado” em deflorar pré-adolescentes e adolescentes, na faixa dos 12 a 16 anos, dentro da própria casa, para compensar o interesse que tinha na própria filha. Guilherme é o primogênito, que vira seminarista, para sufocar a paixão que sente pela irmã e, no seminário, corta o próprio membro sexual, como forma de punição e única maneira, a seu ver, de não desejar mais Glória e evitar a consumação de um ato sexual com a jovem. Glória é a única filha, na “família”, odiada pela mãe, desejada pelo pai e por um dos irmãos e que vai estudar num convento, onde inicia um relacionamento homoafetivo com uma colega. Neta é uma adolescente levada, pelo próprio avô, para servir aos desejos sexuais de Jonas. Edmundo é o filho que se casou com Heloísa, com quem vive uma relação fracassada, um casamento “de fachada”, por ser apaixonado pela mãe. Heloísa é a esposa de Edmundo, a qual nunca teve seu casamento consumado. Teresa é a amiga de Glorinha, responsável por fazer acender nesta o desejo por uma mulher. Totinha é a adolescente prestes a dar à luz, engravidada por Jonas, no “lar da família”, e tem um final trágico (Quem não o tem ali?), por não conseguir parir e não ter recebido nenhum socorro médico durante o parto. Rute é irmã de Senhorinha; teve um caso com Jonas, o qual deixou de se interessar por ela, e era encarregada de arregimentar as jovens virgens, para agradar ao cunhado. Senhorinha é “mãe” dos quatro filhos e aceita tudo o que se passa na casa, por interesses ou necessidades próprios. Avô é quem leva uma neta para servir de mais um “prato a ser degustado por Jonas”, mediante um pagamento; a neta que é vendida pelo avô. Incestos para dar e vender. Horrores em profusão. Querem mais ou já está de bom tamanho? (Contém sarcasmo.)   

 

 


 


 

FICHA TÉCNICA:

Texto: Nelson Rodrigues

Direção e Encenação: Jorge Farjalla

 

Elenco (por ordem alfabética): Agmar Beirigo, Alexandre Galindo, Daniel Marano, Fernanda Gidali, Helena Cury, Iuri Saraiva, Jullia Leite, Lakís Farias, Lara Paulauskas, Lídia Engelberg, Mariana Barioni, Roberto Borenstein 

 

Cenografia, Figurinos e Adereços: Jorge Farjalla 

Iluminação: Aline Santini 

Visagismo: Eliseu Cabral 

Direção de Arte: Jorge Farjalla e Mariana Barioni 

Trilha Sonora: Jorge Farjalla 

Desenho de Som: Raul Teixeira e Thiago Schin 

Preparação Vocal: Lara Córdulla 

Montagem de Luz: Lelo Cardoso, Denis Kageyama e Claudio Gutierres 

Operação de Luz: Claudio Gutierres 

Assistência de Figurino: Allan Ferc 

Assistência de Visagismo: Camila Santos e Silvia Rocha

Costureira:  Denise Evangelista 

Operação de Som: May Manão 

Cenotécnico: Alício Silva 

Técnicos de Palco: Igor B. Gomes e Cleiton Willy

Fotos: João Kehl, Cecília Gidali e Ronaldo Gutierrez 

“Teaser”, “making off” e Vídeos de Divulgação: May Manão 

Mídias Sociais: Foyer

Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes 

Produção Executiva: Gabi Manaia, Lara Paulauskas e Lucas Asseituno 

Direção de Produção: Mariana Barioni e Alexandre Galindo 

Realização: Teatro Estúdio.


 

 

 

 


    Por que será que a peça, considerada, por muitos, um “clássico” do TEATRO BRASILEIRO, passou quase duas décadas proibida pela polícia, a Censura Federal da época em que veio a público? (Cartas para a redação. Momento descontração!) Não é porque o texto não me agrada nem porque a montagem já saiu, INFELIZMENTE, de cartaz, que eu deixaria de escrever sobre a peça, mesmo que seu teor, já conhecido por mim há décadas, e os detalhes super realistas da encenação tenham me provocado, naquela noite, uma briga ferrenha contra o sono, quando de volta ao hotel. Gostaria, sinceramente, de que o espetáculo fizesse outras temporadas em São Paulo e que pudesse também ser apresentado em outras cidades, como o Rio de Janeiro, conquanto já saiba que existe pouquíssima possibilidade de isso acontecer. Eu a recomendaria, mas não iria assistir novamente.

 

 

 

 



 


FOTOS: JOÃO KEHL,

CECÍLIA GIDALI

e

RONALDO GUTIERREZ.

 

 

GALERIA PARTICULAR

(Fotos: Guilherme De Rose.) 

 

Com Alexandre Galindo.


 

Com Daniel Marano.


Com Roberto Borenstein.


Com Iuri Saraiva.


Com Agmar Beirigo.


 

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