“CODINOME DANIEL”
ou
(MAIS QUE
TEATRO:
UMA
CELEBRAÇÃO.)
ou
(“O BRASIL
NÃO
CONHECE O
BRASIL”.)
Somos um país sem memória, e isso não é novidade para
ninguém. Que, de um modo geral, não damos a devida importância a pessoas e
fatos que sempre deveriam estar frescos na nossa lembrança. As pessoas, quando aquelas
foram notáveis e os fatos, sobre alguns, para evitar que se repitam, quando estes deixaram
marcas amargas, também é um fato inquestionável. Assisti, num sábado, dia 27 de
janeiro de 2024, no Teatro do Núcleo Experimental, em São
Paulo, a um espetáculo marcante, daqueles que deveriam fazer parte de
uma “cesta
básica cultural”, utopia que acabo de inventar. Refiro-me a “CODINOME DANIEL”, em cartaz até o dia 04 de
março próximo (VER SERVIÇO.). A pequena sala do Núcleo Experimental
comporta apenas 65 espectadores e é o lugar ideal para a encenação de um
espetáculo intimista, como aquele, mas que também poderia ser apresentado em
outro local mais espaçoso, com as devidas adaptações, para um público mais vultoso.
Não sei, exatamente, quantas daquelas pessoas que lá estavam (lotação
esgotada) sabiam quem foi Herbert Eustáquio de
Carvalho, conhecido como Herbert Daniel (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1946 – Rio de Janeiro, 29 de março de 1992, escritor, sociólogo, jornalista, ativista e guerrilheiro brasileiro,
integrante da luta armada contra a ditadura militar brasileira, instalada no país
entre 1964 e1985. Mas eu conheço muito bem a sua história. Observando os meus companheiros de plateia, creio
que os mais velhos, a minoria, sim, porém a grande quantidade de jovens não;
talvez tenham sido atraídos àquele simpático espaço cultural da Barra
Funda, porque gostam de TEATRO e/ou admiram o excelente trabalho
desenvolvido no Núcleo, desde sua criação, em 2005, embora o seu Teatro
só tenha sido inaugurado em 2012.
(Luciana Ramanzini)
Se
a peça não tivesse nenhum outro mérito, o que, absolutamente, não corresponde à
verdade (O ESPETÁCULO É SENSACIONAL!),
apenas o fato de resgatar a memória do seu personagem protagonista, tirá-lo do
apagamento que, infelizmente, lhe foi destinado, já valeria pelo ingresso. “CODINOME DANIEL” é um musical
biográfico, mas não como outro qualquer, naquele modelo que nos vem à cabeça,
com relação a esse gênero de TEATRO, fugindo aos padrões dos
espetáculos desse tipo, e traz uma marca registrada, as digitais de uma dupla, ZÉ HENRIQUE DE PAULA e FERNANDA MAIA, os quais, de um bom tempo, aprendi a admirar e não me canso de aplaudir, digitais essas que são características que
não sei bem como definir ou descrever, mas que me encantam, as quais, talvez,
pudessem ser resumidas em dois substantivos: simplicidade e criatividade.
(Renato Caetano)
De
acordo com o “release” que recebi de DOUGLAS
PICCHETTI (Pombo Correio Assessoria de Comunicação), o musical é a
terceira parte de uma Trilogia a que o grupo chama de “Uma
Trilogia Para a Vida”, iniciada pelo espetáculo “Lembro Todo Dia de Você”, seguido por “Brenda Lee
e o Palácio das Princesas”, ambos premiados. Morador no Rio
de Janeiro, não me perdoo por não ter conseguido assistir ao primeiro.
Quanto ao segundo, embora não tenha tido a oportunidade de conhecer a peça em São
Paulo, onde fez algumas temporadas de muito sucesso, quiseram os DEUSES
DO TEATRO me presentear com o ensejo de assistir a uma apresentação do
espetáculo durante o “31º Festival de Curitiba”, no ano
passado. Como fio condutor comum às três peças, está um conjunto de discussões
e pontos de vista a respeito da questão do HIV / Aids no Brasil, da década de 1980 aos
dias de hoje.
(Cleomácio Inácio)
Por meio de um recorte preciso, a peça reconta a vida
extraordinária de Herbert Daniel, não apenas para homenagear um
herói esquecido, mas também buscando reacender a memória coletiva sobre sua
contribuição para a democracia, diversidade e justiça social.
A pretensão é levar, ao público, a vida e a obra, ainda muito desconhecida, do jornalista e escritor Herbert Daniel, um revolucionário “gay” , que desafiou tanto a ditadura de direita quanto os setores da esquerda que reproduziam a homofobia e a heteronormatividade.
(Álbum de Família)
Herbert
Daniel (“Bet” ou “Bert” (Ou seria “Beth”? Não
consegui identificar bem, auditivamente, nem encontrar uma resposta em
pesquisas que fiz.), como era, carinhosamente, chamado pelos familiares e
amigos, foi um ex-estudante de medicina, da Universidade Federal de Minas Gerais, que atuou, ostensiva e
bravamente, como guerrilheiro, contra o governo do Brasil, quando o país estava
sob a ditadura militar, imposta aos brasileiros pelo Golpe
de 1964. Daniel, seu codinome, fez parte das seguintes organizações paramilitares: POLOP (Organização
Revolucionária Marxista - Política Operária ), COLINA (Comando de Libertação Nacional), VAR PALMARES (Vanguarda
Armada Revolucionária Palmares) e VPR (Vanguarda Revolucionária Palmares), tendo atuado, na luta
armada, ao lado da ex-presidente(a) Dilma Roussef. Quando fazia parte
desta última organização, participou dos sequestros do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, em junho
de 1970, e do embaixador suíço, Giovanni Bucher, em dezembro
de 1970.
(Fabiano Augusto)
Foi
um dos poucos integrantes da luta armada a escapar da prisão e das torturas.
Homossexual assumido, exilou-se, em 1974, passando a residir, com seu
parceiro, em Portugal, onde voltou a estudar
medicina, e na França, onde exerceu o jornalismo. Foi o último exilado a
ser anistiado, só voltando ao Brasil em 1981, após o princípio
da redemocratização. Militou no Partido dos Trabalhadores (PT) e participou da
fundação do Partido Verde (PV), com outros dissidentes do
PT.
(André Loddi)
Além de sua grande
importância, na tentativa de livrar o Brasil do jugo dos “milicos”,
de extrema direita, DANIEL foi,
também, um ativista pela ecologia e direitos dos homossexuais, tendo ele mesmo um
relacionamento de vinte anos com o artista gráfico Cláudio Mesquita. Escreveu
os livros “Passagem para o Próximo Sonho”, “Meu Corpo Daria um Romance” e “Vida Antes da Morte”, entre
outros. Morreu em 1992, aos 46 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações causadas pela AIDS, que, ao que tudo indica, contraiu durante o
tempo em que morou na França. O codinome que adotou na
clandestinidade, DANIEL, acabou
sendo incorporado a seu nome de uso profissional e público. Herbert
Daniel idealizou e reuniu um grupo de amigos e
profissionais para criar o “Grupo Pela Vidda – RJ”, em 1989,
considerado o primeiro grupo do Brasil fundado por pessoas vivendo
com HIV
e Aids,
uma organização comunitária, sem fins lucrativos e econômicos, objetivos
partidários ou religiosos.
(Lola Fanucchi)
Durante
os “anos
de chumbo” que marcaram a nefasta e cruel ditadura militar brasileira,
é sabido que havia uma perseguição violenta contra os “gays”, as lésbicas, os
bissexuais, as travestis e os transexuais; ou seja, contra todos os que não “rezavam
pelo catecismo da normalidade”. Daniel descobriu, e assumiu, a sua
condição de homossexual durante o seu período de ilegalidade, o que o fez
sofrer bastante, uma vez que, além de perseguido, duplamente, pelo governo da
ditadura estabelecida, “moralizante e LGBTfóbico”, por ser “subversivo”
e “gay”,
ainda sofria a reprovação, até mesmo, de alguns de seus pares, os quais,
segundo o historiador norte-americano e brasilianista James Green, seu biógrafo. De acordo com este, “Para muitos setores das esquerdas,
naquele momento, a homossexualidade era vista como um desvio pequeno-burguês,
uma degeneração, uma fraqueza moral, um desbunde de minorias improdutivas; em
suma, um ‘pequeno drama da humanidade’ que dividiria a ‘luta maior’.”.
(Paulo Viel)
O Núcleo Experimental, que tem como um dos seus maiores objetivos dar voz a grupos minoritários e é conhecido por sua pesquisa sobre o modo brasileiro de se fazer TEATRO MUSICAL, com a peça em tela, homenageia um ilustre brasileiro numa encenação que pode ser considerada uma “celebração”, visto que, ainda que a vida do personagem tenha sido pontilhada de muita dor e tristeza, não se sente, no espetáculo, de forma predominante, um clima “down”. Realista, sim; depressivo, não. Parece que ZÉ HENRIQUE DE PAULA, o autor do texto e diretor do musical, nos pede, de forma incisiva e convincente, “vivas” para aquela grande e injustiçada personalidade brasileira. A plateia acompanha cada momento do espetáculo em total silêncio, sem aplausos em cena aberta ou ao final de cada uma delas, e deixa o Núcleo de forma reflexiva, impactada, ensimesmada e mais enriquecida com relação a saber “coisas do Brasil”.
A dramaturgia de ZÉ HENRIQUE DE PAULA se ocupa em documentar, de forma agradável, sem didatismo nem levantamento de qualquer tipo de bandeira, uma determinada fase da vida de Daniel. A SINOPSE da peça fala em “...homenagear um herói esquecido...”, entretanto, depois de ter assistido ao musical, fiquei com a certeza de que não foi como um “campeão” que o dramaturgo o pintou, mas como um cidadão notável e destemido, um altruísta, que enfrentou a truculência do inimigo com muita coragem e determinação, porque tinha um ideal pelo qual achava que deveria lutar. E não era visando a um proveito próprio, mas ao bem comum; lutou por uma coletividade. Essa minha impressão se tornou mais fortalecida depois que li uma frase do historiador brasilianista James Green, já citado, autor do livro “Revolucionário e Gay: a Extraordinária Vida de Herbert Daniel”, que serviu de base e fonte de inspiração para o autor do texto da peça: “O movimento LGBT não precisa de heróis, mas necessita de referências.”. É preciso, sim, que todos os que passaram pelas truculências daquela ditadura e os que sofreram, sofrem e, infelizmente, ainda sofrerão, dentro de seus “armários”, por conta da homofobia e da discriminação contra os que têm outra orientação sexual, diferente da “padrão”, sejam respeitados e tenham direito a um destaque na formação e na contação da história deste país.
Ainda com relação ao texto, apesar de considerá-lo excelente, tendo ZÉ HENRIQUE DE PAULA concentrado seu olhar no que há de mais importante na biografia de Daniel, num excelente trabalho de pesquisa e “recorta e cola”, acrescido de sua escrita própria, original, sob o crivo de um dramaturgo de profunda sensibilidade, penso que algumas gorduras poderiam ser retiradas e “derretidas”. Por outro lado, não faltam cenas extremamente imprescindíveis e bem construídas, do ponto de vista cênico. Uma delas, que marca, indelevelmente, o espectador sensível – e aqui, visivelmente, entra a mão do diretor -, é a do “amigo oculto” (ou secreto). Emocionante, mas não darei “spoiler”.
Falando na direção, ZÉ HENRIQUE, mais uma vez, nos brinda com seu talento do encenador que sabe valorizar o texto – aqui, com mais propriedade, por ser seu autor - e extrair o melhor de cada um dos seus dirigidos. Aliás, o sucesso de seus trabalhos já começa na escalação do elenco. Muitas vezes, um diretor aposta em alguém para interpretar um determinado personagem, contudo “não dá liga” e, por conta de um só elemento, a qualidade da montagem pode ficar comprometida. Em todos os seus trabalhos de direção, isso nunca aconteceu e sempre vi atores certos em papéis certos, desde os protagonistas aos de menor importância no enredo. Não foi diferente desta vez.
DAVI TÁPIAS, apesar de bem jovem, um magnífico ator e “veterano” em trabalhos com o diretor, interpretando o protagonista, faz um trabalho comovente, com muita naturalidade, na composição de um ser humano de verdade, doce, apesar de todas as agruras pelas quais o personagem passou, e, vez por outra, reagindo às “porradas” que recebe, como qualquer outro ser humano faria. Apesar de ter nascido após a morte de Herbert, quero crer, não o tendo conhecido, obviamente, DAVI demonstrou ter mergulhado no personagem e assimilado seus toques pessoais, sem a preocupação de imitá-lo e bastante distante de se parecer, fisicamente, com o homenageado. O trabalho de visagismo, de DHIEGO D’URSO, aproximou-os um pouco.
Todos do elenco realizam excelentes “performances”, entretanto reservo um destaque especial para LUCIANA RAMANZINI, que interpreta a mãe de Daniel, em seu melhor trabalho, dos que conheço; ANDRÉ LODDI, como Cláudio Mesquita, o fiel companheiro de Daniel, por duas décadas, até seu leito de morte; e FABIANO AUGUSTO, muito sereno e firme, na narração dos acontecimentos, lincando-os.
Romeu
e Julieta, Tristão e Isolda, Come
e Damião, a corda e a caçamba; ZÉ HENRIQUE DE PAULA e FERNANDA
MAIA. O nome de um remonta logo ao do outro, de tantos trabalhos realizados
juntos, todos, sem exceção, de extrema qualidade. Ele, no texto e/ou na
direção; ela, na composição de trilhas sonoras originais (melodias), nos arranjos
e na direção
musical. Ambos se conhecem muito bem, profissionalmente, e isso só faz
com que cada novo trabalho da dupla pareça até melhor que o anterior. São de FERNANDA, como já disse, as melodias
para as letras de ZÉ HENRIQUE, as
quais, como deve ser em qualquer musical, ajudam a contar a história, fazem parte
do texto. As canções não são “standards”, como encontramos em
musicais famosos, que vêm a ser gravadas por vários cantores e acabam se
tornando “hits”. Não! São melodias muito bem elaboradas, que nem ficam
gravadas na nossa mente, ao término do espetáculo, porém se encaixam
perfeitamente nas letras e, o que é mais importante, funcionam perfeitamente
nas cenas em que são executadas.
Como é um musical que foge aos padrões convencionais, nem conta com uma alta verba de produção, não há exuberância com relação aos elementos plásticos, cenografia, figurinos e iluminação, no entanto tudo, com parcimônia, colabora para a alta qualidade da montagem. Todas as ações se passam num único cenário, de CÉSAR COSTA, uma sala bem simples. Os figurinos, de ÚGA AGÚ e ZÉ HENRIQUE DE PAULA, se inserem na estética da época em que se passam aos fatos. FRAN BARROS foi bastante comedido no desenho de luz, sem esbanjar cores e intensidades, completamente diferente da iluminação que estamos acostumados a ver em espetáculos musicais, o que nem caberia na proposta de encenação. DIEGO D'HURSO se encarrega de ajudar na composição exterior dos personagens, com um bom trabalho de visagismo.
Foto: Gilberto Bartholo.
FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia:
Zé Henrique de Paula
Letras: Zé
Henrique de Paula
Música Original:
Fernanda Maia
Direção:
Zé Henrique de Paula
Direção musical: Fernanda Maia
Elenco:
Davi Tápias, Luciana Ramanzini, Fabiano Augusto, André Loddi, Lola Fanucchi,
Cleomácio Inácio, Renato Caetano e Paulo Viel.
Assistência
de Direção: Rodrigo Caetano
Assistência
de Direção Musical: Guilherme Gila
Cenografia:
César Costa
Figurinos:
Úga Agú e Zé Henrique de Paula
Assistência
de Figurino: Cauã Stevaux
Iluminação:
Fran Barros
Desenho de
Som: João Baracho
Preparação
de Elenco: Inês Aranha
Visagismo:
Dhiego D'urso
Cenotécnica:
Jhonatta Moura
Produção:
Laura Sciulli
Assistência
de Produção: Victor Edwards
Fotos: Ale Catan
“Design” Gráfico: Laerte Késsimos
Textos
para o Programa: Isa Leite
Assessoria
de Imprensa: Pombo Correio
Redes Sociais:
1812 Comunica
Estagiários: Mafê Alcântara (direção), Victor Lima (produção), Verena Lopez (som), Luis Henrique (luz), Pedro Bezerra (cenografia) e Jupiter Kohn (figurino)
SERVIÇO:
Temporada: De 12 de janeiro a 04 de março de 2024.
Local: Teatro do Núcleo Experimental.
Endereço: Rua
Barra Funda, nº 637- Barra Funda – São Paulo.
Dias e
Horários: 6ª feira, sábado e 2ª feira, às 21h; domingo, às 19h.
Valor dos Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20
(meia-entrada).
Venda pelo
site Sympla.
Classificação Etária: 12 anos.
Duração: 165
minutos (com intervalo).
Mais
informações em @nucleoexp
Este projeto foi contemplado na 40ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.
Não poderia omitir a informação de que não foi só contra a
ditadura e pelos direitos dos indivíduos LGBTQIAPN+ que Daniel lutou. Ele também
teve olhos para as mulheres e os negros.
Achei oportuno reproduzir estas palavras de ZÉ HENRIQUE DE PAULA, dentro do corpo
do já referido “release”: “Acreditamos que o
TEATRO - uma das primeiras paixões de Herbert Daniel em sua juventude (Ele foi
também dramaturgo.) - pode ser uma ferramenta poderosa, no sentido de reacender
uma luz sobre essa figura menosprezada da história do movimento LGBTQIAPN+ no
Brasil recente. Afinal, sendo a memória uma construção social, a peça ajuda a
colaborar para que minorias possam entrar em contato com o inventário da luta
pela democracia, diversidade e justiça social”.
E mais este trecho, extraído do citado
material de divulgação que recebi da assessoria de imprensa: “(Herbert Daniel) Foi o responsável também pela criação da ‘Declaração dos
Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS’, que estruturou o
discurso em relação à epidemia, além de cunhar o conceito de ‘morte civil’ -
referindo-se à condição de pária em que a pessoa com HIV é colocada, uma
espécie de 'morte social' antes da morte física -, mostrando que não se trata
apenas de uma questão de saúde, mas também sexual, social, econômica e de
direitos humanos.”
No momento em que, infelizmente, por conta do desastre que
foi o quatriênio 2019 / 2022, em se tratando de (DES)governo federal
brasileiro, estamos passando por um tempo muito ruim, que nos causa bastante temor,
com o crescimento da direita conservadora, religiosa e homofóbica, uma peça
como “CODINOME DANIEL” é mais do que
pertinente. Tendo a oportunidade de retornar a São Paulo, antes do final
da temporada, certo é que reservarei uma noite para rever este grandioso
espetáculo, visto que não tenho a menor esperança, infelizmente, de assistir a
ele no Rio de Janeiro.
FOTOS: ALE CATAN
GALERIA PARTICULAR:
(Foto: Guilherme de Rose.)
VAMOS AO TEATRO!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE
ESPETÁCULO DO BRASIL!
A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE; E SALVA!
RESISTAMOS SEMPRE MAIS!
COMPARTILHEM ESTE TEXTO, PARA QUE, JUNTOS, POSSAMOS DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO TEATRO BRASILEIRO!
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