segunda-feira, 3 de outubro de 2022

 

“MARY STUART”

ou

(OS PORÕES DA IDADE MÉDIA

E OS DE HOJE. CORRELAÇÃO?)

ou

(USURPAÇÃO OU NÃO? EIS A QUESTÃO!)

 


 

        Não raro, acontece de eu assistir a determinados espetáculos teatrais impactantes, daqueles que me tiram o fôlego, mexem, profundamente, com a minha emoção, atingem, bem fundo, o meu interior e ficam, indelevelmente, marcados, na minha mente e no meu coração, contudo, quando me sento diante de um computador, para escrever a crítica que eles merecem, fico “travado”, sem saber por onde, nem mesmo como, começar, como é o caso de “MARY STUART”, em cartaz no Teatro do SESI - SP, no “Centro Cultural Firjan” (VER SERVIÇO.)




      Acho que, raciocinando, para escrever o parágrafo anterior, ganhei um pouco de tempo, a fim de poder organizar o pensamento e domar as minhas emoções, e já me sinto com as “rédeas afrouxadas”, para escrever sobre esta OBRA-PRIMA, que só existe graças ao trabalho de 11 notáveis atores e mais um batalhão de excelentes profissionais, nos bastidores e no trabalho de criação artística, sob o “mecenato” da Firjan Sesi, apresentado, gratuitamente, o que mobiliza milhares de pessoas, espectadores, muitas das quais nunca, antes, haviam se sentado na poltrona de um Teatro, para assistir a uma peça. Isso me emociona bastante, quando converso com algumas dessas pessoas, após as sessões. Escrever sobre “MARY STUART”, confesso, está sendo um grande desafio para mim, mas isso não ocorre pela primeira vez, e não é agora que vou “nadar, nadar... e morrer na praia”. Para não me esquecer de nenhum detalhe importante, tão logo cheguei ao meu hotel, peguei um caderno e fiz algumas anotações e o rascunho desta crítica.





 

 

SINOPSE:

“MARY STUART” traz a versão moderna, bem contemporânea, dos bastidores da rivalidade histórica entre a rainha da Escócia, MARY STUART (VIRGINIA CAVENDISH), e a rainha da Inglaterra, ELIZABETH I (ANA CECÍLIA COSTA).

A peça gira em torno da tão famosa disputa de poder entre as duas monarcas, primas, que nunca se encontraram, presencialmente, o que, em nome de uma "licença poética", o autor ignorou, e é atualizada para situações contemporâneas.

Intrigas pululam, traições florescem, amores são confessados, ambições se revelam e tudo isso gera um belíssimo espetáculo de TEATRO, que provoca muita emoção, no espectador, e leva-o a tirar suas próprias conclusões.

De que lado estará a verdade, se é que ela existe?

 

 





      O texto original, datado de 1800, é uma obra clássica do TEATRO alemão, escrita por FRIEDRICH SCHILLER, aqui adaptada por ROBERT ICKE e traduzida por RICARDO LÍSIAS. A montagem original aconteceu em Londres, em 2017, alcançando estrondoso sucesso, o que, também, vem acontecendo por aqui, desde sua estreia. Sem a menor sombra de dúvidas, trata-se de uma produção que há de ficar nos anais do TEATRO BRASILERO, como uma OBRA-PRIMA, por tudo de correto, de positivo, que há nela.





      No “release”, que me foi enviado por FERNANDA TEIXEIRA (Arteplural Comunicação), assessoria de imprensa, o espetáculo é descrito como “um mergulho no universo ‘dark’ medieval das rainhas rivais”, uma bem justa definição do que se vê em cena: a História revisitada, de forma arrojada e desafiadora, pelas lentes de um dramaturgo, que se vale de seus conhecimentos históricos e de sua imaginação criativa, para narrar os fatos de acordo com a sua visão de artista.




        O espetáculo é digno do nosso orgulho, uma volta ao chamado “Teatrão”, sem nenhuma conotação negativa, muito pouco visto, hoje em dia, por implicar um custo considerável, na produção, bem como, talvez, infelizmente, por uma injustificável falta de interesse do grande público. Afirmo, porém, que, quando esse tipo de TEATRO é levado aos palcos, hoje, de forma impecável, em todos os sentidos, com uma estrutura “robusta”, como acontece em “MARY STUART”, o público atende ao chamado, prestigia o espetáculo, aplaude-o, efusivamente, e se sente agradecido, como me revelo agora, pela rara oportunidade de ver uma obra clássica de TEATRO, tão difícil de ser montada e, portanto, merecedora do nosso maior apreço por todos os envolvidos no projeto.





        A “robustez” a que fiz referência é total, começando pela força do texto, por sua originalidade e profundidade. Poderia, talvez, pela densidade do tema, se tornar entediante, porém passa muito distante disso. Muito pelo contrário, os diálogos são bem consistentes, “vivos”, um belo trabalho de tradução, de RICARDO LÍSIAS. Nada do que é dito pelos personagens é gratuito. É preciso estar atento a todas as falas, porque cada frase tem um peso muito importante na trama. Tudo o que é dito é milimetricamente medido e ajustado, para gerar a trama.




      Quanto aos elementos de criação, começo por tecer comentários sobre a excelente cenografia, assinada por MARISA BENTIVEGNA. É grandiosa, em termos de tamanho e, também, de uma criatividade a toda prova, muito original. A cela onde MARY STUART foi mantida prisioneira, por cerca de dezenove anos, e onde se passam as primeiras cenas do espetáculo, reúne “peças dos nossos dias” (arquivos), que nos remontam a um escritório ou algo parecido (Talvez os arquivos dos porões da ditadura militar de 1964.) ao mesmo tempo que exibe, no centro, mais à frente, próximo ao proscênio, um belo genuflexório, sobre o qual MARY podia se ajoelhar e rezar, quando desejasse, católica que era, sempre com um terço na mão, a marca maior e símbolo de sua fé inabalável.




       Outros cenários, que ocupam a maior parte do tempo de duração da peça, reproduzem a sala do trono real, onde, ao alto, só há, num amplo espaço, o trono, ocupado por ELIZABETH, considerada uma usurpadora da coroa real, inimiga declarada de MARY STUART. Mudanças de peças do cenário são, frequentemente, feitas pelos próprios atores, criando um dinamismo à encenação, um dos fatores que fazem com que o público se fixe nas ações sobre o palco. O leigo, o espectador que vai ao Teatro por tantos vários motivos, não assiste ao espetáculo com os olhos de um crítico, o qual procura “ler o que não está escrito”, o que não se enxerga, invisível, nas entrelinhas. Às vezes, pode acontecer de ser apenas uma “viagem” do crítico, e esta poderia ser mais uma delas, porém, observando os planos em que estão postos os dois cenários, imaginei que a intenção da cenógrafa, tinha sido colocar a cela ao rés-do-chão, como se fosse um porão, e a sala do trono bem no alto, simbolizando a “distância entre as contendoras” e a “superioridade” de quem ocupa o trono real. Podem pensar que estou “vendo chifres em cabeça de burro” – e acho isso bem natural e possível -, mas esse jogo de imaginação e de procurar entender as intenções de cada artista de criação me causa grande interesse e prazer. Saibam, agora, que só depois de ter escrito isso foi que vi, no “release”, que não era um delírio meu, uma vez que, lá, está escrito: No cenário, dois ou mais níveis vão proporcionar a ideia do poder e seus ‘degraus’, embora tanto o palácio de ELIZABETH como a masmorra de MARY STUART retratem a mesma prisão, observa NELSON.” (BASKERVILLE), o diretor. Ainda mais, no citado “release”: O desenho cenográfico pretende dar conta das camadas arquitetônicas da peça tanto quanto das simbólicas, que apontam para o sentido do poder e disputa política, que são a base da história dessas duas rainhas europeias.”. (...) Esses espaços precisam, necessariamente, estar presentes, na narrativa cenográfica, pois, além de situarem o público, serão usados como metáforas de poder.”. BINGO!!! Acertei na minha “viagem”!!! Um cenário imponente, como o espetáculo merecia.





 MARICHILENE ARTISEVSKIS foi de uma felicidade total na proposta dos figurinos, os quais, além de bonitos e muito bem confeccionados, apresentam algo bastante interessante. São atuais, fugindo ao que deveriam ser as vestes da época em que se dá a história, porém um detalhe marca aquele período, que são as tradicionais golas, usadas, apenas, pelos personagens que pertencem à nobreza. Consta no “release”: Figurinos, maquiagem, cabelos e ornamentos recebem nova leitura sobre a época medieval, sem perder sua essência histórica. Importante, por apresentar informações essenciais para a identificação dos personagens, o figurino é atualizado e não marcado ou datado, e sim atemporal.!. MARICHILENE mergulhou numa profunda pesquisa, para criar o seu excelente trabalho. Destaco os belíssimos figurinos da personagem MARY STUART e de sua rival.




 Os figurinos fazem parte de um conjunto, associados à maquiagem, cabelos e ornamentos ou adereços pessoais, estes formado o visagismo, pelo qual é responsável MARCOS PADILHA, num excelente trabalho de caracterização, que contou, ainda, com o concurso de PIETRO SCHLAGER.




 Agradou-me, profundamente, a iluminação, assinada por WAGNER FREIRE, um consagrado profissional, nessa área, e que vem trabalhando com o diretor40 anos, em, aproximadamente, 35 espetáculos, o que, consequentemente, gera uma cumplicidade muito grande, a ponto de “se conhecerem só pelo olhar de um para o outro”. Tanto tempo de trabalho em parceria faz com que um artista de criação consiga entender, com muito mais propriedade, as intenções do diretor, para a elaboração de um desenho de luz que esteja a serviço de cada cena, como aqui se dá. Segundo o iluminador, “A iluminação cênica é sempre o último elemento de criação em uma obra. (...) Em 'MARY STUART', pretendemos intensa interação entre cenários e projeções, já que a inspiração é em William Kentridge, mundialmente conhecido por essa integração, criando uma atmosfera ‘noir’, plena de luz e sombra, típica de castelos e masmorras.”. Como essa iluminação é importante, nesta encenação, e como a valoriza!





 Para que um espetáculo teatral dê certo, é imperativo que todos os envolvidos no projeto trabalhem com o máximo de sua potência criativa, para que o conjunto de todos os elementos de criação convirjam para um mesmo alvo. A parte musical não fica fora disso. Uma boa trilha sonora, sublinhando as cenas, mantendo uma profunda e direta relação com o clima que cada uma delas exige, é de suma importância. DANIEL MAIA é quem assina a direção musical da peça – leia-se: trilha sonora – e o faz de uma maneira muito correta. Para servir de mais um atrativo, aos que me leem, fazendo-os sentir vontade de assistir logo a este magnífico espetáculo, acrescento um texto que retirei do “release”. São palavras do diretor musical: “A música estará presente como uma trilha sonora de filme, pontuando os climas de tensão e viradas da narrativa. Trará movimento e dinâmica para o jogo cênico proposto no texto, pontuando as cenas e os atos, levando-os a patamares cada vez mais densos e dramáticos deste ‘thriller’ de época, trazido para a contemporaneidade. A estética musical será, ao mesmo tempo, grandiloquente, cinemática e transgressora, usando cordas orquestrais, guitarras, bateria e sintetizadores. O sistema ‘surround’ do Teatro do SESI-SP será amplamente utilizado para criar uma imersão de texturas sonoras, na plateia, e, também, situar o público na geografia dos acontecimentos do espetáculo”. Ainda com relação ao elemento ora analisado, o diretor da peça conta que “a inspiração inicial é a de Rick Wakeman e sua clássica obra ‘As Seis Mulheres de Henrique VIII’, álbum icônico dos anos 1970, em que o compositor, lançando mão de outro gênio, Bach, dedica uma música para cada uma das mulheres do rei; e sabemos que uma das homenageadas, nessa obra, é Ana Bolena, casada com Henrique, decapitada por ele, e mãe de Elizabeth, de nossa peça”. Tenho a acrescentar que esse álbum é um dos meus discos preferidos e que, fã incondicional de Rick Wakeman, estou escrevendo esta crítica tendo, ao fundo, o vinil do referido disco rodando na minha vitrola “vintage”.





Sou um profundo admirador de NELSON BARSKEVILLE, como encenador, e sinto, a cada nova assinatura de direção dele, mais prazer em assitir aos seus espetáculos. Tenho a impressão de que ele se supera, a cada trabalho, por ser um artista tão sensível e inteligente, no seu ofício, sempre com soluções criativas e belas. É admirável a sua leitura do texto desta peça, a forma como ele transpôs a obra, das páginas de papel para as tábuas de um palco. NELSON nos brinda com uma montagem arrojada, imponente, moderna, “transgressora”, vibrante e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, acessível ao grande público. Trata-se de uma versão contemporânea dos bastidores da rivalidade histórica entre a rainha da Escócia MARY STUART e a rainha da Inglaterra ELIZABETH I. Em sua pesquisa, para dar forma à encenação de um texto escrito em 1800BARSKEVILLE dirigiu seu olhar para o universo “dark” medieval das histórias de reis e rainhas, com o firme propósito de “trazê-la para os dias de hoje, mantendo alguns elementos clássicos, como coroas e vestimentas, sem prejuízo de sua essência e, ao mesmo tempo, tentar fazer com que nos reconheçamos dentro desse mundo com suas injustiças e disputas acirradas de poder”. Nesse sentido, afirmo que seu objetivo foi amplamente alcançado, uma vez que conseguimos traçar paralelos entre aquela acirrada disputa pelo poder e o que vemos acontecer no Brasil de hoje e em outros países, próximos, ou não, a nós. Segundo o diretor, com o que concordo plenamente, “O contraste claro/escuro, na iluminação e nas cores dos cenários (Mais uma vez, esses dois elementos são realçados.) remete ao cinema ‘noir’; assim como a luz indireta, ao expressionismo alemão”. Da mesma forma fez Gustavo Paso, em sua, também, recente e excelente leitura de “O Alienista”, que esteve em cartaz no início deste ano, no Rio de Janeiro.


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Nelson Barskeville.

Há detalhes interessantíssimos, nesta direção, que não poderiam ficar de fora, numa crítica que se propõe a dissecar, a fundo, uma montagem teatral, como o fato de notar que o diretor faz questão de nos mostrar que ambas as protagonistas, ou melhor, a protagonista e a antagonista, estão aprisionadas; uma, denotativamente falando, numa masmorra, e a outra, em seu mundo, cercado de homens, que tentam submetê-la às suas regras”. Outro é o fato de os atores estarem em cena, praticamente, o tempo todo, “para criar o clima constante de que ninguém, nesse lugar, estará sozinho, mesmo que pense que sim; pessoas escutam através das paredes e tramam”. Ainda merece destaque um detalhe que julgo ser uma “pedra preciosa” nesta encenação, que é o fato de ELIZABETH, durante toda a peça, estar segurando a coroa e apenas tê-la na cabeça após a decapitação de MARY STUART, ordenada por ela. Seria temor? Seria respeito? Seria medo? Seria a consciência de que aquela coroa pertencia a outra pessoa, que ela mandou matar, e, só a partir daí, sentiu-se plena e com a coragem de carregar o peso daquele objeto, que simboliza o poder? Só com a morte de MARY, seu reinado não estaria ameaçado. Sempre atento às inovações que a tecnologia vai agregando ao TEATRO, NELSON BARSKEVILLE flerta, muito bem, com ANDRÉ GRYNWASK, responsável pela parte audiovisual da peça, e ambos conseguem lindos efeitos de projeção – “videomapping”de modo a executar duas funções narrativas: a de localizar o espectador no período histórico e a de traduzir, em imagem, as conspirações e intrigas políticas que constam do texto”Mais uma vez, aplaudo, de pé, uma direção de NELSON BARSKEVILLE.



A ficha técnica do espetáculo é extensa e eu não teria condições de tecer comentáriios sobre o trabalho de cada um dos nomes que fazem parte dela, mas faço questão de dizer que todos são importantíssimos nesta montagem. Sendo assim, passo a comentar o trabalho de um formidável elenco, encabeçado por VIRGINIA CAVENDISH (MARY STUART) e ANA CECÍLIA COSTA (ELIZABETH I), elenco este que, do ponto de vista técnico, apresenta aquela como a protagonista e esta como sua antagonista, porém, em termos de rendimento no palco, todos mereceriam ser chamados de protagonistas, por conta de interpretações vigorosas, profundamente viscerais, como as de VIRGINIA, ANA CECÍLIA, CHRIS COUTO (Hanna Kennedy, um “cão de guarda” de MARY, extraordinária em sua interpretação.), GENÉZIO DE BARROS (Lorde Talbot, conselheiro de ELIZABETH, também defensor de STUART.), CÉSAR MELLO (Burleigh, um juiz inglês, conselheiro da rainha ELIZABETH, firme em suas palavras.), FERNANDO PAVÃO (Conde Leicester, um homem articulado, que tem adoração pelo poder e que transita entre os dois lados, entre as duas rainhas, de acordo com seus interesses, exímio em cada diferente posição que assumia.), JOELSON MEDEIROS (Paulet, o carcereiro, de caráter meio indecifrável, de MARY STUART), IURI SARAIVA (Brilhante no papel de Mortimer, jovem fundamentalista, que faz de tudo para salvar MARY STUART.), FERNANDO VITOR (Davison, funcionário do Estado, muito fiel à rainha Elizabeth.), ALF BARROS (Aubespine e Melville. O lorde Aubespine é o embaixador da França, que negocia o casamento de ELIZABETH com o príncipe francês. Melville é um padre escocês.) e LETÍCIA CALVOSA (Margaret, uma aliada de MARY STUART, leal à rainha até o fim.).

 

 

Virginia Cavendish


Virginia Cavendish


Ana Cecília Costa



FICHA TÉCNICA:

Texto: Friedrich Schiller

Adaptação: Robert Icke

Tradução: Ricardo Lísias

  

Direção Artística: Nelson Baskerville

Assistência de Direção: Anna Zêpa 

 

Elenco: Virginia Cavendish, Ana Cecília Costa, Chris Couto, Genézio de Barros, César Mello, Fernando Pavão, Joelson Medeiros, Iuri Saraiva, Fernando Vitor, Alef Barros e Letícia Calvosa

 

Cenografia: Marisa Bentivegna 

Assistência de Cenografia: Cezar Renzi

Cenotecnia: Edilson Quina

 

Figurinos: Marichilene Artisevskis 

Costura: Judite Gerônimo de Lima

Envelhecimento de Figurino: Foquinha Cris

Alfaiate: Ismael de Souza Mendes

 

Iluminação: Wagner Freire 

Direção Musical (Trilha Sonora): Daniel Maia 

Direção de Imagem e “Videomapping”: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)

Direção de Arte Gráfica: Giovani Tozi 

Fotografia: Priscila Prade 

“Social Media”: Rodrigo Chueri e Madu Araraki

Pesquisa: Luís Marcio Arnaut

Ilustrações: Luciano Feijão

Direção Vocal Interpretativa: Lúcia Gayotto

Preparação Corporal: Tati Malhado

Consultoria Gestual: Sayonara Pereira

Visagismo: Marcos Padilha

Caracterização e Efeitização: Pietro Schlager

Adereços: Tetê Ribeiro

Direção de Produção: Giovani Tozi e Virginia Cavendish 

Produção Executiva: Felipe Calixto 

Assistência de Produção: Ana Nicássia

Camareira: Andrea Lima 

Técnico de Luz: Júnior Docini

“Videomapper”: André Grynwask

Técnico de som: Anderson Franco

Assessoria de Imprensa: M. Fernanda Teixeira / Arteplural 

Coordenação de Projeto: Casa Forte SP Produções Artísticas 

Apoio Administrativo: Lilian Damasceno 

Assessoria Jurídica: Martha Macruz 

Assessoria Contábil: Eliane Azevedo Contabilidade 

Concepção: Virginia Cavendish 

Realização: SESI – SP

 

 


Chris Couto

 

Genézio de Barros




César Mello


 

SERVIÇO:

Temporada: De 19 de agosto a 27 de novembro de 2022.

Local: Teatro do SESI – SP (Centro Cultural Firjan).

Endereço: Avenida Paulista, nº 1313, Bela Vista, São Paulo – SP.

Telefone: (11)3322-0050.

Dias e Horários: Às quintas e sextas-feiras e aos sábados, às 20h; aos domingos, às 19h.

Capacidade: 456 lugares.

Valor dos Ingressos: GRÁTIS, mediante reserva no “site” Meu Sesi (www.sesisp.org.br/eventos).

Duração: 110 minutos.

Indicação Etária: 14 anos.

Gênero: Drama. 

 



Fernando Pavão



Joelson Medeiros


Iuri Saraiva


 MARY STUART é uma personagem histórica altamente romantizadaretratada na cultura popular há séculos. Sua história de vida e de reinado é bastante complexa, envolvendo muitos personagens e incontáveis passagens; difícil de ser entendida, quando se a lê, entretanto tudo é muito didático nesta adaptação para o TEATRO.


Fernando Vitor


Alef Barros


Letícia Calvosa


     Embora, na vida real, nunca tenham se conhecido pessoalmente, MARY e ELIZABETH mantiveram correspondência ao longo dos anos, e o fato de estarem em lados diametralmente opostos não as impediu de se tratarem com cordialidade e expressar preocupação e solidariedade em determinadas situações. “É difícil saber até que ponto esses sentimentos eram genuínos, da mesma forma como é difícil, também, saber até que ponto se desgostavam de fato ou quanto do cenário político da época, do medo e da pressão externa interferiram em suas concepções. Mesmo o olhar lançado sobre suas trajetórias foi, por muito tempo, delineado a partir de aspectos simplistas de suas personalidades, e, só mais recentemente, passou a assumir uma abordagem mais complexa, que permitiria observá-las para muito além da figura da heroína bela e romântica, no caso de Mary, ou da soberana fria e impassível, no de Elizabeth”.



       A noite de 22 de setembro de 2022 ficará, para sempre, na minha memória afetiva, pela graça de ter assistido a um espetáculo impecável, tão belo quanto pungente, tão lírico quanto trágico, que eu recomendo, com o maior entusiasmo e que gostaria de rever.



 

FOTOS: PRISCILA PRADE


GALERIA PARTICULAR: 




Com A querida Virginia Cavendish.
(Foto: Leonardo Soares Braga.)

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