sexta-feira, 13 de maio de 2022

“MORTE E VIDA

SEVERINA”

ou
(SOMOS TODOS

SEVERINOS.

OU SERÁ QUE

ALGUÉM ACHA

QUE NÃO O É?)




 

Era a primeira vez que eu ia a São Paulo, com uma amiga, sobrinha do “manda-chuva” da TV Record, que, na época, era o mesmo que a Rede Globo de hoje, em todos os sentidos. Tinha eu acabado de entrar nos meus 16 anos, quando assisti, pela primeira vez, a “MORTE E VIDA SEVERINA”, numa montagem do TUCA, que estava sendo inaugurado, dirigida por Silnei Siqueira, e me apaixonei por JOÃO CABRAL DE MELO NETO, a quem já fora apresentado, na escola, no antigo curso clássico, por Dona Marizu Brito, a professora de literatura;  por CHICO BUARQUE DE HOLANDA (Por este, mais ainda, porque já o era.); e pelo nordeste brasileiro, pelo universo do seu interior, o sertão e o agreste, principalmente. “SERTÃO” e “AGRESTE” são parecidos; não a mesma coisa. O “SERTÃO” corresponde a uma área seca, onde se dá a ocorrência da caatinga (mata branca, seca). Boa parte do nordeste brasileiro é composta pelo “SERTÃO”, com déficit hídrico (até dez meses sem chuvas, em algumas localidades) e vegetação rústica. Já o “AGRESTE” é uma região interiorana, é a transição entre a “ZONA DA MATA” e o “SERTÃO”, pois não tem tanta umidade nem tanta secura. Além disso, a vegetação já é mais esparsa. Mas não é o meu propósito, aqui, ensinar geografia a ninguém, até porque, antes, eu preciso aprender mais, tanto que, para mostrar a diferença entre as duas regiões, vali-me de uma pesquisa; até então, eu jurava que os dois eram sinônimos. Deixemos a geografia para os geógrafos e voltemos no tempo, quando eu falava dos meus 16 anos, após ter assistido à peça em tela!  Foi dessa forma que São Paulo, que eu tanto amo, me abriu os braços pela primeira vez. Sorte a minha!







Comprei o livro, o disco, com a trilha sonora, e aquele espetáculo passou a ser das coisas que mais admirei, até hoje, no TEATRO, que já era uma “cachaça”, para mim, mesmo com aquela pouca idade. E olha que eu já podia contabilizar dezenas de bons espetáculos a que assistira até aquele dia. Ainda hoje, eu me pergunto como conseguiram montar o espetáculo, um ano após a implantação de um regime de exceção, representado pelo golpe civil-militar, de 1964. É porque os censores eram extremamente BURROS, IGNORANTES e não sabiam ler as entrelinhas de nada. Os recursos para a produção vieram de estudantes e artistas.





De lá para cá, já tive a oportunidade de conhecer várias montagens desta peça, feita por profissionais ou amadores, mas, no dia 6 de maio próximo passado, no mesmo TUCA, 56 anos depois, vivi uma indescritível emoção, vendo uma encenação do texto de JOÃO CABRAL, dirigida por ELIAS ANDREATO, numa produção da MORENTE FORTE PRODUÇÕES TEATRAIS (SELMA MORENTE e CÉLIA FORTE), com um elenco de tirar o fôlego. Fui a convite de CÉLIA e BETH GALLO. Uma OBRA-PRIMA, que recomendo MUUUUUITO!!!





      Talvez eu pudesse até parar por aqui, mas ficariam, apenas, um registro e uma recomendação, e este espetáculo merece uma crítica bem detalhada, que é o que pretendo fazer, dentro das minhas possibilidades, a começar pelo texto, um auto de natal pernambucano, publicado em 1954/55, um poema narrativo, de gênero predominantemente lírico, mas com bastante presença dramática. Foi construído com versos de sete sílabas métricas, também chamados de redondinha maior, com uma sonoridade ímpar, e pode ser dividido em duas partes: antes de o “herói” chegar a Recife e depois. Antes da chegada, seria o “caminho ou fuga da morte” e, depois, seria “o presépio ou encontro da vida”. Também aquela chegança poderia ser chamada de “o sonho acabou” ou “não era bem isso o que eu esperava”. Ou, ainda, “foi tudo ilusão”.







Talvez muitos dos que me leem desconheçam o sigficado de “severina”, grafado em minúsculas, pelo fato de se tratar, no caso, de um adjetivo, entretanto, lendo o poema ou assistindo à peça, fica bem claro que se trata de algo “difícil, sofrido”. No caso do título em questão, a forma está flexionada no gênero feminino, por concordar com “morte” e “vida”.







 

SINOPSE:


        De uma forma bem simplificada, podemos dizer que o texto narra o sofrimento enfrentado por SEVERINO e sua saga, sua trajetótia de migrante sertanejo, um retirante, em busca de uma vida mais fácil e favorável, na capital pernambucana; ou seja, uma vida menos “severina”, que pudesse lhe oferecer a oportunidade de atingir o “status” de cidadania que todos merecemos, uma visibilidade, como ser humano, com vez e voz.

Ele faz a travessia da Caatinga, passando pelo Agreste, para a Zona da Mata, até chegar ao Recife.

Sai da serra, mais especificamente da Serra da Costela, e vai para o litoral (mangue).

Durante esse deslocamento, em buscas da vida, depara-se com tantas mortes e miséria, que pensa até em se atirar no rio Capibaribe, onde se encontrava, e apressar a própria morte. Essa ideia do suicídio lhe passou pela cabeça, quando achou que não teria mais de onde tirar força, para vencer os obstáculos e atingir o “paraíso”.

Foi impedido de concretizar seu gesto de desespero pelo carpinteiro JOSÉ, ao lhe falar do nascimento do filho. Foi quando ele, então, parece ter percebido o simbolismo do nascimento de uma criança como um renascimento de sua esperança, apesar das dificuldades. A renovação da vida é uma indicação clara ao nascimento de Jesus, também filho de um carpinteiro, chamado José, e alvo das expectativas para a remissão dos pecados.

 Em sua viagem, rumo a uma vida melhor, SEVERINO se depara com situações de morte, desespero, de miséria e fome. Ao chegar à capital pernambucana, desilude-se, pois a realidade que encontra ali não é muito diferente da do sertão.

A história é narrada em primeira pessoa, pelo personagem SEVERINO e é composta de monólogos e diálogos com outros personagens.

Ampliando esta SINOPSE, podemos acrescentar que esses personagens, encontrados pelo protagonista, ao longo de sua jornada, são outros nordestinos, que, como ele, passam pelas privações impostas ao sertão e também sonham com uma vida digna, para um ser humano.

SEVERINO é testemunha de muitas mortes e, de tanto vagar, termina por descobrir que é, justamente, ela, a morte, a maior empregadora do sertão. É a ela que devem os empregos, do médico ao coveiro, da rezadeira ao farmacêutico.

Também, com relação à morte, ao vagar pela Zona da Mata, onde há muito verde, o herói percebe que ela não poupa ninguém, que não adianta tentar fugir dela, porque, mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou de outra, ela chega e escolhe quem vai levar consigo.

Por outro lado, SEVERINO também descobre - ainda bem e a tempo - que a persistência da vida é a única a maneira de vencer a morte.

Assim, a saga nordestina se desenha, até os nossos dias, revelando a alma de um povo, que caminha forte em sua fé.

 

 







Somos ou não somos, todos, “severinos”? Ou quase todos. De formas diferentes, enfrentado outros inimigos, a maior parte da grande população brasileira é, sim, formada por “severinos”, principalmente hoje, quando atravessamos um momento de trevas, que nos faz lembrar um dos versos do mesmo CHICO BUARQUE DE HOLANDA, autor das canções da peça: “Num tempo, página infeliz da nossa história...”. Mas “vai passar”! O sofrimento enfrentado por SEVERINO ainda é um retrato vivo, atualíssimo, dos migrantes nordestinos, que buscam uma existência mais digna nas grandes cidades. São Paulo e Rio de Janeiro, as duas principais capitais do país, estão coalhadas de “severinos”, que migraram do nordeste. Mas, também, somos todos “severinos”, quando lutamos contra todos os tipos de preconceitos; quando clamamos por dar fim a uma “ditadura branca”; quando lutamos por igualdade de diretos; quando damos nossas caras a tapa, para defender os menos favorecidos; quando “botamos a boca no trombone”, para que o Brasil deixe de ser o país em que mais se assassinam nossos irmãos que fazem parte do universo LGBTQIA+; quando não aceitamos a violência contra as mulheres; quando damos o nosso sangue, para nos livrarmos da exclusão, da marginalização... Se você não é um “severino”, então você é um “privilegiado”, um alienado, digno de pena; ou mora em outro país.




Em seu poema, JOÃO CABRAL DE MELO NETO abusa, obviamente, da linguagem poética, mas não deixa de flertar, com muita ênfase, com os aspectos sociais e políticos que abalavam o Brasil, até porque o momento era marcado por manifestações políticas no país: Dormia a nossa pátria mãe, tão distraída, sem perceber que era subtraída, em tenebrosas transações...”.  “A aridez da terra e as injustiças contra o povo são percebidas, em medidas nada sutis do autor. Críticas à política e à exploração do homem humilde, pelos poderosos, não ficou de fora da obra, como no momento em que ele retrata o enterro de um homem, assassinado, a mando de latifundiários”, por exemplo.



       Considerado uma das OBRAS-PRIMAS da literatura brasileira, o livro se prestou a inúmeras adaptações para o TEATRO (É uma das peças brasileiras mais representadas.), o cinema, a televisão e foi parar, até, no formato de desenho animado.







      A versão ora analisada conta com música, trechos musicados por CHICO BUARQUE DE HOLANDA, canções que se eterenizaram, até hoje, e que foram gravadas, e regravadas, por grandes intérpretes da Música Popular Brasileira. Para a primeira montagem do TUCA, as canções foram encomendadas, por Roberto Freire, diretor do Teatro TUCA, da PUC de São Paulo, a CHICO, então um jovem de apenas 23 anos, mas já com o monumental talento que lhe é peculiar (Parece até que já o tinha quando bebê. Momento descontração.). O elenco contava com trinta estudantes, no palco, e centenas de outros, na retaguarda. Aquela montagem chegou a transpor fronteiras e foi premiada, num festival universitário, em Nancy, na França, em 1966. (“Le Quatrième Festival Mondial du Théatre Universitaire), ganhando bastante destaque na imprensa local. O disco, com a trilha sonora da peça, foi lançado em 1966, pela gravadora Philips, distribuído pela Companhia Brasileira de Discos. É, hoje, uma raridade, e eu tenho uma cópia do LP.



     Mas estou aqui para falar da montagem de 2022, sobre a qual não faltam elementos a serem elogiados, como a corretíssima direção do tarimbado ELIAS ANDREATO, que tinha, diante de si, um grande desafio: o de assinar uma direção bem diferente de tudo o que eu e, é claro, ele também, já havia visto. Mas o texto se permite ser montado de uma forma bem simples ou sofisticada, o que, a meu juízo, sobre esta, talvez não seja a trilha mais curta e com menos obstáculos, para se chegar ao topo da montanha. Felizmente, o competente diretor, sem abrir mão de seu bom gosto e admirável senso estético, optou por uma encenação nada rebuscada e, ao mesmo tempo, ponteada de detalhes plásticos belíssimos e de excelentes e precisas marcações, com muitas ideias bastante criativas, sem querer “reinventar a roda”, e tudo deu muito certo. Estamos diante de um espetáculo que atrai, puxa o espectador para o palco, faz com que ele também “pise um solo duro e árido”, numa total comunhão com o elenco, sem sair da sua zona de conforto, na sua poltrona. Afirmo que aquela montagem de 1965 passou a ser a minha segunda preferida, já que esta, sobre a qual discorro, “assume a ponta, com muitos corpos de vantagem”. ELIAS, além de tudo, sabe escolher a sua equipe de artistas colaboradores, e o resultado sempre é o melhor possível. Nesta montagem, ele me apresentou com uma encenação totalmente diferente de tudo o que, até hoje, eu já havia visto, em se tratando de “MORTE E VIDA SEVERINA”. Já na abertura da peça, ouvindo uma gravação de Maria Bethânia, declamando o poema “Seca”, de Djavan, não consegui impedir que todos os pelos do meu corpo ficassem eriçados e que me olhos já começassem a receber uma carga maior de “água”. E isso foi se intensificando, até a última cena.



    Nos bastidores, durante o processo de criação da peça, um “batalhão” de grandes artistas de criação, “cada um no seu quadrado”, dando o seu melhor, para agregar apenas muitos valores positivos ao espetáculo. E vou começar pela cenografia, não por acaso ou por uma livre escolha, mas para homenagear um dos maiores artistas plásticos deste país, ELIFAS ANDREATO, irmão de ELIAS, que faleceu um pouquinho antes da estreia da peça e não viu sua obra ser aplaudida pelas plateias. A ele, dedicarei uma parte maior, nestes escritos.



      ELIFAS se tornou conhecido, admirado e aplaudido, em mais de quarenta anos de trabalho, pela inúmerável quantidade de capas de “long plays”, os antigos discos de vinil, principalmente na década de 1970, todas verdadeiras obras de arte, cada uma mais bonita e criativa que a outra. Ele tinha uma digital que nos levava, ao ver a capa de um novo disco, a dizer: “Isso foi feito pelo ELIFAS”. O traço poético, com profundo sentido social, definiu os trabalhos de ELIFAS como um ícone de uma geração que protestava, por meio da ARTE, contra a ditadura militar vigente.” Não é exagero dizer que foi o maior “capista” da Música Popular Brasileira. Foram, ao todo 362 capas. Também lhe sobrava tempo para atender a convites de diretores de TEATRO e assumir a cenografia de algumas peças. Nessa área, a de “MORTE E VIDA SEVERINA” foi sua última criação. Fico com a impressão de que poucos cenógrafos teriam pensado em algo tão simples e, ao mesmo tempo, tão forte e significativo, como o cenário desta montagem: um fundo neutro, com um gigantesco sol, em alto relevo, de cor bem viva, ao centro. O “diálogo” entre a cenografia e a bela iluminação, de ELIAS ANDREATO e JÚNIOR DOCINI, é totalmente aceito e compreendido pelo público. A maquete do cenário está exposta no saguão do TUCA.




   FABIO NAMATAME, quase sempre chamado para criar figurinos exuberantes, por exigência dos espetáculos, atinge, aqui, um mesmo grau de exuberância, não pelo luxo ou os materias e detalhes empregados em seus figurinos, mas, exatamente, pelo oposto, já que assim a peça exige. NAMATAME vestiu os personagens, retrirantes, gente rude e simples, como eles existem, no seu dia a dia, fora da ficção. É mais um dos muitos exemplos de que funciona bastante o “quando o menos é mais”.



      O som, que, nesta peça, tem de ser de primeiríssima qualidade, para que a plateia possa entender palavras e expressões regionais que não lhe são familiares, bem como ouvir, com clareza, as letras das canções, que fazem parte do texto da peça, mereceu um tratamento irretocável, nas mãos de um profissional que entende muito do seu ofício: MARCELO CLARET.


(Foto: autor desconhecido.)

       Já ouvi, com relação a montagens anteriores, alguns – poucos, é verdade - comentários desabonadores, que chegavam a dizer que “a peça era monótona”, com o que até posso concordar um pouco – mas, que fique bem claro, quando se fala de outras encenações -, entretanto ninguém tem o direito de fazer tal comentário, em se tratando do trabalho aqui analisado, porque, para que essa “monotonia” não viesse a ocorrer e os personagens assumissem posturas corporais que se coadunam com eles, o que é proposto pelo texto, entra em ação a ótima direção de movimento, a cargo de ROBERTO ALENCAR.



      Mais um competentíssimo profissional, experiente ao extremo, foi convidado a fazer parte do projeto, para assumir a direção musical, os arranjos, os aboios e lamentos (originais): MARCO FRANÇA, um potiguar, de Natal, Rio Grande Norte, fixado em São Paulo, desde 2016, responsável por trazer, para o protagonismo da peça, o ator DUDU GALVÃO, sobre quem falarei adiante. Conheço bem o magnífico trabalho de FRANÇA, de longa data, e o considero um grande acerto, em qualquer montagem em que a música também é destaque. Não foram diferentes, aqui, o seu comportamento e desempenho profissionais. Acho que eu não estaria incorrendo em erro, ao afirmar que não há um momento em que não haja, por trás das cenas, uma música ou qualquer outro tipo de som. Aplaudo, também, no trabalho de FRANÇA, os diferentes arranjos musicais que ele preparou para as canções de conhecimento público.













      Talvez o grande público não atente para um detalhe muitíssimo importante, nesta peça, que diz respeito à maneira de falar dos personagens. É comum ouvirmos pessoas tentando imitar o sotaque dos nordestinos, muitas vezes, da forma mais ridícula possível. Como professor de língua portuguesa e estudioso no campo da prosódia, vejo-me na obrigação de lembrar que há vários tipos de falares nordestinos. O de uma região, dentro do mesmo estado, às vezes, difere do de seus conterrâneos, de outras áreas periféricas. O falar do nordestino não pode ser “pasteurizado”, como é comum se ver em novelas de TV, por exemplo, ainda que, lá, haja essa preocupação a que me refiro, que ora funciona, ora não. Nesta peça, temos um protagonista potiguar; alguns atores e atrizes nordestinos, de regiões diferentes; paulistas/paulistanos; carioca (Acho que apenas um.), e todos falam no mesmo tom prosódico, graças ao excelente trabalho executado por MARCELO FARIAS, que colaborou com uma orientação, a todos, sobre a prosódia, que deveria ser nivelada de forma acordante.



     No início desta crítica, disse que o elenco era “de tirar o fôlego”, e, aqui, ratifico aquelas palavras. Como assim? Não há quem destoe, no grupo de treze grandes artistas. Um elenco dos sonhos, para qualquer diretor, sendo que eu não conhecia o trabalho da grande maioria, e já virei fã de todos, a começar por DUDU GALVÃO, por cujo desempenho me apaixonei e a quem jamais vou me permitir deixar de ver e aplaudir em futuras produções. Tem tudo para fixar residência em São Paulo, que é uma vitrine pujante, para os artistas, porque trabalho não faltará para ele. Que talento! Que garra! Quanta entrega! Que ator visceral! Fiquei, extremamente, feliz por conhecê-lo num palco, aplaudi-lo de pé, aos brados de “BRAVO!” e sei que, como ele, com o seu talento, há tantos “dudus” e “duduas”, escondidos pelo Brasil, esperando a sua oportunidade. Sei que ele integra, em Natal, o grupo “Clowns de Shakespeare”, uma das mais renomadas companhias daquela capital, e lamento não ter conseguido conhecê-lo, anteriormente, quando lá estive, em 2019, a convite do SESC, para a abertura do “Projeto Palco Giratório”. Mas todos os seus colegas de Natal, alguns meus amigos, de outras companhias de lá, já me haviam falado de seu talento. Finalmente, pude constatar isso em “MORTE E VIDA SEVERINA”.







      Não falarei do trabalho de cada um dos demais que compõem o elenco, para não esticar, mais ainda, esta análise, entretanto afirmo que qualquer diretor gostaria de trabalhar com todos eles, da mesma forma como posiciono todos no mesmo patamar de excelência, em suas atuações: TODOS PROFISSIONAIS MAGNÍFICOS!!!  



  












 

 

FICHA TÉCNICA:

Da obra de JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Músicas de CHICO BUARQUE DE HOLANDA

Direção Geral: ELIAS ANDREATO

Assistente de Direção Geral: JÚNIOR DOCINI

Direção Musical, Arranjos, Aboios e Lamentos (originais): MARCO FRANÇA

Assistente de Direção Musical, Preparação Vocal e Pianista Ensaiador: MARCELO FARIAS

Direção de Movimento: ROBERTO ALENCAR

 

Voz: MARIA BETHÂNIA

Poema: “SECA”, de DJAVAN

 

ELENCO / PERSONAGENS:

DUDU GALVÃO – Severino

ANDRÉA BASSITT – Cigana 2

BADU MORAIS – Mulher da Janela

BEATRIZ AMADO – Retirante e flauta

FERNANDO RUBRO – Retirante

GABRIELLA BRITTO – Retirante 

IVAN VELLAME – Retirante

JANA FIGARELLA – Funeral

JOÃO PEDRO ATTUY – Coveiro 1

JONATHAN FARIA – Mestre Carpina

PABLO ÁSCOLI – Retirante

PATRICIA GASPPAR – Cigana 1

RAPHAEL MOTA – Coveiro 2

 

MÚSICOS: BEATRIZ FRANÇA (contrabaixo acústico e baixo elétrico), BRUNO MENEGATTI (rabeca e violão),

DICINHO AREIAS (sanfona), RAPHAEL COELHO (percussão), RICARDO DUTRA (viola e violão)

 

Cenário: ELIFAS ANDREATO

Assistente de Cenário:  LAURA ANDREATO

Cenotécnico: FABIN CENOGRAFIA e EDÉSIO BISPO

Figurino: FABIO NAMATAME

Assistente de Figurino: ANDRÉ VON SCHIMONSKY

Modelista: JULIANO LOPES

Costura: FERNANDO REINERT e MARIA JOSÉ DE CASTRO

Desenho de Luz: ELIAS ANDREATO e JÚNIOR DOCINI

Operadores de Luz: JÚNIOR DOCINI e RAFA INÁCIO

Desenho de Som: MARCELO CLARET

Operador de Som: THIAGO H. SCHAFFER

Microfonista: GABRIEL VILAS

Contrarregragem / Camareiros: FÁBIO OLLYVER e TONINHO PITA

Coordenação de Comunicação: BETH GALLO

Assessoria de Imprensa: MORENTE FORTE – THAIS PERES

Programação Visual: LAERTE KÉSSIMOS

Fotografia: JOÃO CALDAS F°

Assistente de Fotografia: ANDRÉIA MACHADO

Filmagem: JADY FORTE

Redes Sociais e Textos: ANA PAULA BARBULHO

Edições para a Web: BETH GALLO

Coordenação Administrativa: DANI ANGELOTTI

Assistência Administrativa: ALCENÍ BRAZ

Assistente de Produção: NANA GENOVEZZI

Administradora da Temporada: MAGALI MORENTE LOPES

Produção Executiva: MARTHA LOZANO

Produtoras: SELMA MORENTE e CÉLIA FORTE

Uma produção MORENTE FORTE PRODUÇÕES TEATRAIS


 

 




SERVIÇO:

Temporada: de 16 de abril até 26 de junho de 2022.

Local: TUCA.

Endereço: Rua Monte Alegre, nº 1024, Perdizes - São Paulo.

Dias e Horários: sexta-feira e sábado, às 21h; domingo, às 19h.

Valor dos Ingressos: sexta-feira: R$80,00; sábado e domingo: R$100,00.

VENDAS: https://bileto.sympla.com.br/event/71954/d/129792/s/809556 ou nas bilheterias do TUCA.

OBSERVAÇÃO: Em todas as últimas sextas-feiras do mês, haverá sessão em Libras.

Capacidade: 670 lugares

Indicação Etária: 12 anos.

Gênero: Drama (Musical)


 







Esta encenação estava prevista para ser levada ao palco em 2020, quando seriam comemorados 55 anos da primeira montagem, no mesmo TUCA, mas teve de ser postergada, por conta de pandemia de COVID-19, a “pandemia do descaso”, que ceifou mais de 650.000 vidas, e continua matando. A ideia de produzir “MORTE E VIDA SEVERINA” partiu de um sonho da dramaturga e produtora CÉLIA FORTE, que, aos 16 anos, como eu, assistiu à peça, só que no extinto Teatro Markanti.





Só me resta, para finalizar estas considerações, aplaudir muito – e também agradecer – a coragem, a garra e a determinação das produtoras do espetáculo, SELMA MORENTE e CÉLIA FORTE, assim como a todos os que as cercam, num trabalho insano, que é o de produzir ARTE, principalmente TEATRO, no Brasil. O sonho acalentado pela adolescente CÉLIA demorou muito, para ser concretizado: montar este espetáculo. Mas valeu a pena tanto tempo de espera.



Repito, e o farei quantas vezes for necessário, que esta encenação de “MORTE E VIDA SEVERINA”, no palco do Teatro TUCA, é uma OBRA-PRIMA, que deve ser aplaudida pelo maior número possível de espectadores e que eu pretendo rever; se possível, mais de uma vez, porque, quando eu gosto, gosto mesmo.




Antes de dizer que “o resto é silêncio”, transcrevo uma frase que faz parte do programa (digital, infelizmente) da peça: Dedicamos essa montagem ao nosso querido ELIFAS ANDREATO, que nos iluminou com seu sol.”






 

 

 

FOTOS: JOÃO CALDAS Fº

 

 

 

GALERIA PARTICULAR

(FOTOS: LEONARDO SOARES BRAGA.)


 

 

Com Elias Andreato.



 

Com Marcelo Farias.


Com Ivan Vellame.


Com Pablo Áscoli.




E VAMOS AO TEATRO,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO

 DO BRASIL,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!

 

RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!

 

COMPARTILHEM ESTE TEXTO,

PARA QUE, JUNTOS,

POSSAMOS DIVULGAR

O QUE HÁ DE MELHOR NO

TEATRO BRASILEIRO!



































































































































































































































































































































































































Nenhum comentário:

Postar um comentário