COMO
ME TORNEI ESTÚPIDO
(E VIVA O “POLITICAMENTE
INCORRETO”!!!
ou
“EU MEREÇO.
EU ACONTEÇO.
EU SOU FELIZ”.)
O
primeiro sinal de que um espetáculo teatral “emplacou” é a presença maciça do
público, enchendo as salas de espetáculo, chegando à lotação esgotada (Bendita plaquinha, afixada nas bilheterias!).
O segundo, que, até, pode contar menos, são as (boas) críticas à peça, já que o
crítico será sempre um “crítico” (incluo-me
neles). A terceira é, quando, mal termina uma bem-sucedida temporada, o
espetáculo reestreia, logo em seguida, em outro teatro, para atingir outras plateias,
como é o caso de “COMO ME TORNEI
ESTÚPIDO”, que encerrou, no dia 27 de março passado, sua primeira temporada
vitoriosa, no Teatro SESC Ginástico,
e já reestreia, nesta 5ª feira, dia 7 de
abril (2016), no Teatro Clara Nunes.
A
peça é uma adaptação, para os palcos, de um livro escrito pelo jovem escritor e
antropólogo francês MARTIN PAGE, que
conta, de forma bem-humorada, a história de ANTÔNIO (ALEXANDRE BARROS), um sujeito que nada contra a corrente,
isto é, posiciona-se contrário às normas e imposições sociais que controlam a
maioria dos cidadãos.
Alexandre Barros (Antônio), à esquerda, e Gustavo Wabner.
SINOPSE:
Humor ácido e rebeldia são
as principais bases do espetáculo, que vai contra uma sociedade que exige a
estupidez como passaporte e oferece a massificação como recompensa.
ANTÔNIO, personagem de ALEXANDRE
BARROS, enxerga a sua própria inteligência como um perigo iminente, pois
seria ela a responsável pela dolorosa consciência da banalidade da vida.
Ou seja, a sua sabedoria é,
também, o seu maior fardo.
Decide, então, buscar uma
solução para o seu “problema”: tornar-se
estúpido.
Desse modo, ao se
transformar num sujeito ordinariamente comum, poderá, finalmente, viver
sossegado, num mundo caótico e sem sentido.
O elenco.
O
pequeno texto da sinopse, enviada
pela assessoria de imprensa (Alessandra
Costa – DUETO COMUNICAÇÃO), na verdade, não expressa, em detalhes, o que o
espectador vai encontrar em cena e com o que vai se divertir à farta, pelo
contato com um ótimo texto, fruto da
adaptação de um livro (tarefa das
mais difíceis), que leva a marca de PEDRO
KOSOVSKI, um jovem talento, dos melhores dramaturgos dos últimos tempos (É
só se lembrar de “Caranguejo Overdrive”
e “Fatal”, por exemplo.) e com a
direção de SÉRGIO MÓDENA, além dos
trabalhos de quatro ótimos atores: ALEXANDRE
BARROS, GUSTAVO WABNER, MARINO ROCHA e RODRIGO FAGUNDES.
De
acordo com o “release” a que tive
acesso, “a peça (...) mostra dez passos para uma pessoa se tornar estúpida e
deixar de lado sua inteligência, a responsável pela dolorosa consciência da
banalidade da vida”.
De
forma bem lúdica e muito bem-humorada, passando ao largo de uma linguagem
realista, a peça mostra a saga de um anti-herói, ANTÔNIO, 25 anos, contrário
às normas e imposições sociais que controlam a maioria dos cidadãos, com
pensamentos delirantes, à primeira vista, mas que levam o público a rir, sem
entender por que o faz, o qual toma a “inaceitável” (pela sociedade) decisão de
abdicar de sua inteligência, para se igualar à massa humana, por meio de um
processo de autoidioismo.
Vários são
os motivos que me despertam o interesse em rever a peça, sem que haja um em
especial.
Gosto
muito do texto, da ideia do texto, da adaptação dramatúrgica de PEDRO KOSOVSKI. Não conheço o livro,
mas já estou à procura dele. Não para avaliar a roupagem teatral, à qual não
faço restrições, compará-la com o original, que tal não é o meu propósito.
Quero apenas ler o livro, que deve ser muito interessante (Aceito empréstimo.).
Agrada-me
a ideia de PEDRO, ao utilizar um
humor ácido e sarcástico, por meio de elementos contemporâneos, do dia a dia
universal e da realidade brasileira (excelentes críticas), muitos bem próximos
ao público mais jovem (cultura “pop”), o que, provavelmente, não estão no livro
de PAGE, mas que colaboram para que
o texto, escrito em 2001, se torne bastante atual e seja o seu conteúdo
assimilado com a mesma velocidade como nos informamos, pelas redes sociais, de
tanta “cultura inútil”, o que acaba por nos tornar, também, de certa forma, a
cada dia, mais "estúpidos", padronizados, a não ser que façamos um caminho oposto
ao do protagonista.
Apesar
de, como já disse, não ter lido o livro, parece-me, salvo engano, que o prólogo, na peça, é uma criação de PEDRO KOSOKSKI, durante o qual os
quatro atores, ainda sem personagens definidos, dirigem-se à plateia, falando
sobre coisas do mundo contemporâneo, tendo, como ponto de partida, uma campanha
publicitária de uma marca de roupa (Diesel),
em que se vendia a ideia de que “ser
estúpido é ser bacana”, por meio de um “slogan”:
“BE STUPID”. Algo como “os inteligentes não criam, os estúpidos
fazem melhor”. É, realmente, a inversão dos valores e isso não é ficção;
aconteceu de verdade.
Logo após esse
prólogo, os quatro atores assumem
seus personagens, iniciando-se, propriamente, a peça, durante a qual há uma
mistura de narrativa com ação dramática, por meio de diálogos.
É
assaz interessante acompanhar os passos que o protagonista dá, em sua saga,
completamente deslocado e desajustado, na busca de soluções, nada convencionais,
para resolver o seu “problema”, desde tentar se tornar um alcoólatra, passando
por um “curso para suicidas”, numa entidade chamada “S.P.T.P.T.M, Suicídio Para Todos e Por Todos os Meios”, onde
aprende, com uma “professora de suicídio”, técnicas para tal prática, chegando,
até, a procurar um médico, na verdade, seu antigo pediatra, com a intenção de
se submeter a uma cirurgia, para retirar uma parte do cérebro, uma
“semilobotomia”. Em todas as tentativas, porém, não foi bem-sucedido.
Trata-se de um
texto do qual transbordam situações
bizarras, inusitadas e absurdas, numa linha muito próxima ao surrealismo. Talvez
possa ser considerado uma heresia, dizer que, em determinadas cenas, pode-se
reconhecer um pouco do universo beckttiano, guardadas as devidíssimas
proporções.
A
linguagem do texto adaptado é
dinâmica, combinando com o também dinamismo empregado por SÉRIGO MÓDENA na direção,
com trocas de ações feitas muito rapidamente, para garantir o bom ritmo do
espetáculo, o tempo exigido pela comédia. A opção por um mesmo ator representar
vários personagens não é apenas uma solução para diminuir o custo da produção,
mas uma boa maneira de proporcionar, aos atores, a oportunidade de mostrar a
sua versatilidade na arte de interpretar, o que, aliás, à exceção de ALEXANDRE BARROS, que faz, muito bem, diga-se de passagem, um único personagem, os outros
três do elenco, com muita propriedade e talento, se desdobram em vários.
A
movimentação dos atores, em cena, corre paralelamente às várias trocas de
cenários, ou melhor, entrada e saída de elementos de cena, trocas feitas pelos
próprios atores, formando ambientes diversos, por onde passa o protagonista.
A
direção
soube tratar da temática, tão atual, da idiotização do ser humano, para que ele
consiga se encaixar melhor, mais “confortavelmente”, no mundo de hoje, sem cair, a direção,
no lugar-comum, explorando o talento e criatividade dos atores, nas suas caracterizações,
de sorte que um simples gesto, como acrescentar uma peça ao figurino ou usá-la
de forma “diferente”, característicos movimentos manuais e pequenas expressões
corporais e mudanças de voz bastam para que se perceba o final da ação de um
personagem e o início da presença de outro, em cena, no mesmo ator.
O elenco e o diretor (Sérgio Módena).
Gosto muito,
também, de um efeito, desprovido de qualquer novidade, mas que funciona
bastante, quando bem utilizado, como neste espetáculo, de um personagem
dirigir-se, diretamente, ao público, para alguma informação ou comentário crítico,
criando uma espécie de cumplicidade, uma interação palco/assistência.
Este trabalho
é mais um excelente resultado no currículo de SÉRGIO MÓDENA, que, nos últimos dois ou três anos, assinou a direção de alguns dos melhores
espetáculos que estiveram em cartaz, como “O
Último Lutador”, “Ricardo III”, “A Arte da Comédia” e “As Mimosas da Praça Tiradentes”, por
exemplo.
Quanto ao elenco, notei um equilíbrio total na
atuação dos quatro atores. Ainda que, tecnicamente classificando o texto, haja
a presença de um protagonista, que,
regra geral, é o ator que se destaca, aqui, distribuo a mesma intensidade de
foco aos quatro, pelos excelentes trabalhos, individuais e em conjunto. Todos
representam com muita naturalidade e parece que se divertem bastante, enquanto
trabalham. Todos põem em evidência sua veia cômica, sem exageros, porque o
texto não é “escrachado”.
Lembro-me mais
de ter visto ALEXANDRE BARROS
representando papéis mais sérios, ou em espetáculos infantis, sempre com bom
desempenho, porém descobri, no ator, um jeito muito especial e particular de fazer
rir. Parece ter sido talhado para o personagem, por seu “physique du rôle” e
por um lado cômico que eu não conhecia. Ótimo
trabalho!
Alexandre Barros, em primeiro plano, na
hilária cena do hospital.
O personagem ALFREDO, ou AL, vivido por MARINO ROCHA,
me fez dar boas gargalhadas, com seus eufemismos, assim como quando recitava
trechos de poesias de Olavo Bilac. MARINO é um ator versátil, que defende,
com correção, todos os vários personagens que representa na peça.
Marino Rocha, de pé, num de seus vários
personagens.
RODRIGO FAGUNDES, bem diferente do que
o grande público está acostumado a ver na TV, geralmente fazendo personagens
caricatos, em humorísticos globais, é um grande ator cômico e, a meu juízo,
como a “professora de suicídio”, tem um de seus melhores momentos na peça. É
claro que atrai a atenção da plateia em todas as cenas de que participa.
Rodrigo Fagundes, em destaque, dando “aula
de suicídio”.
Uma cena que
leva o público a rir bastante é da consulta ao pediatra, onde se destaca
bastante GUSTAVO WABNER, como a
pequena CAROLINE, que é subornada,
por ANTÔNIO, com pequenas e ridículas
“recompensas” (dois Kit Kats e vinte pacotes de figurinhas das princesas Disney),
para se fazer passar pela cliente do médico. Aliás, todos os envolvidos nesta
cena estão ótimos.
Prazer! Gustavo Wabner! Mas pode me chamar
de Caroline!
Muitas vezes, é pela simplicidade,
com bom gosto e inteligência, que se alcança a boa qualidade, comentário que se
aplica ao cenário da peça, de SÉRGIO MÓDENA e CARLOS AUGUSTO CAMPOS, limitado a um sebo (cena inicial), onde, a
rigor, há muitos livros, raros e preciosos, que podem assumir um signo de
poder: o poder do saber, da cultura, do conhecimento (de ANTÔNIO, no caso).
São apenas quatro estantes, que vão assumindo várias configurações, de
acordo com o ambiente em que se passam as demais cenas, sempre posicionadas
pelos atores. A essa base cenográfica, vão sendo acrescidas algumas peças, na dependência
de cada ambiente novo, como um bar, a sala onde funciona o “S.P.T.P.T.M”, um hospital, o consultório do pediatra...
Pensamentos e
reflexões.
Os figurinos, de FLÁVIO SOUZA, são bem modernos, esportivos
e na linha “casual”, de muito bom gosto, todos, salvo engano, de uma famosa
grife. Agregam, aos personagens, um tom jovial e descontraído.
E agora, Antônio?!
A iluminação, de FERNANDA e TIAGO MANTOVANI, assim como a trilha
sonora, de MARCELO ALONSO NEVES
também contribuem bastante para o sucesso da peça.
Por
mais estranho e paradoxal que possa parecer – e a partir disso é que se provoca
o riso, consciente ou inconsequente - a peça trata de algo que não seria motivo
para se rir, que é a perda da individualidade, numa sociedade de consumo, mal estruturada e
falida, na qual ser estúpido e não refletir sobre as decisões, não ter
personalidade, é um pré-requisito, ou requisito, indispensável, para que um
indivíduo possa ser aceito pelo outro, ainda que tenha de abrir mão de sua
felicidade.
ANTÔNIO SOU
EU, É VOCÊ... SOMOS TODOS ANTÔNIO!
Se eu tivesse
de definir o espetáculo num só adjetivo, este seria “divertido”. Correria, porém, o risco de ser mal interpretado pelos
que me leem. Poderia soar como algo de menor valor, o que não corresponde à
verdade. “Divertido”, aqui não é um
adjetivo de menor força significativa. Não se trata de uma comédia “digestiva”.
Existe humor “estúpido” e humor
inteligente, sobre a estupidez. É sobre este que se aplica o adjetivo,
valorizado pela excelente direção, de
SÉRGIO MÓDENA e pelas brilhantes atuações do quarteto de atores.
FICHA TÉCNICA:
Texto:
MARTIN PAGE (autor do livro)
Dramaturgia
(Livre Adaptação): PEDRO KOSOVSKI
Elenco
(por ordem alfabética): ALEXANDRE BARROS, GUSTAVO WABNER, MARINO ROCHA e
RODRIGO FAGUNDES
Direção:
SÉRGIO MÓDENA
Iluminação:
FERNANDA e TIAGO MANTOVANI
Cenário:
SÉRGIO MÓDENA e CARLOS AUGUSTO CAMPOS
Figurinos:
FLÁVIO SOUZA
Trilha
Sonora: MARCELO ALONSO NEVES
Projeto
Gráfico: GUSTAVO WABNER
Fotos:
DESIRÉE DO VALLE
Registro
Audiovisual: EDUARDO CHAMON
Assessoria
de Imprensa: DUETTO COMUNICAÇÃO
Cenotécnico:
ARTICULAÇÃO CENOGRAFIA
Assistente
de Produção: TAIANA STORK e PEDRO PEDRUZZI
Direção
de Produção: ANA PAULA ABREU e RENATA BLASI
Produção:
DIÁLOGO DA ARTE PRODUÇÕES CULTURAIS
Produtores
Associados: ALEXANDRE BARROS, GUSTAVO WABNER, MARINO ROCHA e SÉRGIO MÓDENA
Idealização:
ALEXANDRE BARROS, GUSTAVO WABNER, MARINO ROCHA, SÉRGIO MÓDENA E PABLO SANÁBIO
Da esquerda para a direita, Rodrigo,
Gustavo, Alexandre e Marino.
SERVIÇO:
Temporada
de reestreia: De 07 de abril a 29 de maio de 2016.
Local:
Teatro Clara Nunes – Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52 –
Gávea – Rio de Janeiro.
Telefone:
(21) 2274-9696.
Dias
e Horários: De 5ª feira a sábado, às 21h;
domingo, às 20h.
Horário
de Funcionamento da Bilheteria: Das 13h às 20h.
Lotação:
435 lugares.
Classificação
Etária: Não recomendado para menores de 14 anos.
Duração:
80 minutos
Gênero:
Comédia
Valor
do Ingressos: R$70,00 (inteira) e R$35,00 (meia-entrada).
Para terminar, apenas vou enumerar os dez passos para se tornar um estúpido,
segundo a peça, com algumas frases, do texto, relacionadas a alguns deles:
1º
PASSO: Be Stupid!
Inteligentes dizem não, estúpidos
dizem sim.
Seja estúpido! Inteligentes têm
cérebro.
Seja estúpido! Inteligentes planejam,
estúpidos improvisam.
Inteligentes têm respostas, estúpidos
têm sempre perguntas interessantes.
A inteligência é um erro da evolução.
Inteligentes dizem não, estúpidos
dizem sim.
Na escola, ser inteligente é um
insulto. Eu era alvo de “bullying” e toda espécie de assédio, como se fosse
detentor de uma doença contagiosa. Meus professores me puniam, dizendo que eu estava
adiantado demais, e meus colegas me massacravam, exigindo colas e cópias de
deveres de casa.
Inteligentes escutam a cabeça, estúpidos
escutam o coração.
Inteligentes têm uma única boa ideia,
e essa ideia é estúpida.
Inteligentes criticam, estúpidos criam.
Inteligentes veem o que é isso, estúpidos
veem o que isso pode ser.
A inteligência é uma doença. Uma
doença que somos obrigados a consumir, do maternal ao pré-vestibular; da
universidade às especializações, às extensões e MBAs.
2º
PASSO: Reúna os amigos e torne pública a sua decisão.
Eu decidi me tornar estúpido!
Eu sofro de uma grave doença: inteligência.
Tenho vinte e poucos anos e sinto aproximar de mim o perigo do cinismo, da
amargura e da infinita tristeza. Sou pobre, solteiro e depressivo. Minha
inteligência não se aplica a nenhum uso prático. Não me trará dinheiro, nem
mulheres, carros, cargos de chefia e, muito menos, felicidade. Eu não consigo
deter o meu cérebro, diminuir seu ritmo. Entendem? Há meses estabeleci a relação
entre a minha infelicidade e a incontinência de minha razão: pensar, tentar
compreender, ter consciência do mundo, nunca me trouxe nenhum benefício, mas,
ao contrário, sempre atuou contra mim. Eu desejo a alienação. Apaixonar-me pelo
cotidiano, ter fé na política, vestir roupas da moda, me emocionar com o grito
de gol do Galvão Bueno, sonhar com o carro do ano, dar boa noite pro William
Bonner. Não suporto mais ser diferente. Ambiciono a normalidade estupidificante
da vida. Quero ser igual – igualzinho! –
a todo mundo.
3º
PASSO: Mantenha-se firme, passe por cima de todos e persiga, obstinadamente,
sua meta.
Era isso! Como não tinha nenhuma experiência
nesse domínio e não queria perder preciosos anos de morte, tentando me matar
sem sucesso, fui ao endereço indicado no panfleto. Era um velho edifício, aqui
no centro da cidade: “S.P.T.P.T.M,
Suicidio Para todos e Por Todos os Meios”,
associação fundada em 1742. As paredes da sala eram cobertas de retratos
e fotos de suicidas célebres: Santos Dumont, Gilles Deleuze, Assis Valente,
Virgínia Woolf, Sylvia Plath, Ana Cristina César, Hemingway... Lá, estavam
presentes umas trinta pessoas, entre velhos, jovens, de todas as classes
socais. Um quarteto de cordas tocava uma peça de Schubert e uma mulher, vestida
de “smoking” preto, parecia ser a responsável.
4º
PASSO – Aceite a ajuda sobrenatural dos fármacos. Afinal, Deus é química.
5º
PASSO: Livre-se dos livros ou quaisquer obras que inspirem inteligência.
6º
PASSO: Repita, para si mesmo: Eu mereço. Eu aconteço. Eu sou feliz.
7º PASSO: Louvarás o seu único Senhor: o dinheiro!
8º PASSO: Despreze os que estão abaixo e ame os que estão acima.
9º
PASSO: Parabéns!
Você se tornou estúpido!
10º passo: Uma vez estúpido...
(FOTOS: DESIRÉE DO VALLE)
Eles realmente fizeram uma adaptação primorosa do livro. Digo mais: após ter assistido à montagem no Ginástico, fiz questão de levar uma amiga no Clara Nunes. E ali, confesso, nos três segundos que antecediam à peça, prendi a respiração. Em um instante previ o risco. Passaram rápido na minha mente o conteúdo do livro, e mais, muito mais, a adaptação que eles fizeram. A apresentação no Shopping da Gávea? Como profissional de marketing, senti no estomago o peso que isso poderia ter. Coragem, eu digo agora. Eles foram muito corajosos. E... Ufa! Mais uma vez, vitoriosos. Parabéns!
ResponderExcluirOBS: sua crítica é muito boa, mas podia contar muito menos o roteiro...
Eles realmente fizeram uma adaptação primorosa do livro. Digo mais: após ter assistido à montagem no Ginástico, fiz questão de levar uma amiga no Clara Nunes. E ali, confesso, nos três segundos que antecediam à peça, prendi a respiração. Em um instante previ o risco. Passaram rápido na minha mente o conteúdo do livro, e mais, muito mais, a adaptação que eles fizeram. A apresentação no Shopping da Gávea? Como profissional de marketing, senti no estomago o peso que isso poderia ter. Coragem, eu digo agora. Eles foram muito corajosos. E... Ufa! Mais uma vez, vitoriosos. Parabéns!
ResponderExcluirOBS: sua crítica é muito boa, mas podia contar muito menos o roteiro...