segunda-feira, 6 de julho de 2015


1ª “MARATONA” TEATRAL

EM SÃO PAULO / 2015

 

  

 

(CHAPLIN, O MUSICAL;

 

GALILEU GALILEI;

 

MAS POR QUÊ?  A HISTÓRIA DE ELVIS;

 

NINE;

MUDANÇA DE HÁBITO.)

 

 

 

            Santa semana a Semana Santa em São Paulo, com o objetivo de assistir a espetáculos de TEATRO, principalmente musicais, que têm nenhuma, ou pouca, chance de vir para o Rio de Janeiro.  Cinco espetáculos em quatro dias.

            Com um mês de atraso, vou me ater a apenas alguns comentários sobre cada um deles, aguardando a oportunidade de fazer uma crítica, completa e profunda, aos que desembarcarem no Rio.

            Por questões técnicas, dividirei os comentários em cinco partes, separadamente.

 

 

PARTE I

 

CHAPLIN, O MUSICAL

(4/6/2015 – THEATRO NET SÃO PAULO)

 

 


 

 

            Este espetáculo, que está em cartaz no belo e confortável Theatro Net São Paulo (Parabéns, Frederico Reder!), muito bem localizado, no 5º piso do Shopping Olímpia, é mais um dos vários musicais biográficos que vêm sendo montados nos últimos tempos.

            Com produção de Cláudia Raia e Sandro Chaim, a peça se propõe a mostrar a origem do sucesso de grande mago do cinema, Sir Charles Chaplin, até a sua “decadência” (Será mesmo que chegou a “sair de cena”?).

            Ainda que não mereça, sob a minha modesta análise, uma cotação máxima, trata-se de um belo espetáculo, creio que o melhor de todos em que estiveram envolvidos, de uma forma ou de outra, Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello.

            Parece que “virou moda” montar musicais biográficos, mesmo que a vida do biografado não valha mais que “uma mariola e um cigarro Iolanda”, como alguns que tenho visto.  Não é o caso da vida desse gênio do cinema, que rendeu um bom texto, principalmente, uma boa dramaturgia, escrito, a quatro mãos, por CHRISTOPHER CURTIS, também autor das letras e músicas, e THOMAS MEEHAN, com boa versão de MIGUEL FALABELLA.

 

 


 

 

            Para esta montagem, a produção cercou-se de ótimos profissionais, como, por exemplo, MARIANO DETRY, na direção, e MARCONI ARAÚJO, na direção musical e vocal.

            Na parte técnica, é muito bom o cenário, de MATT KINLEY, assim como são ótimos os figurinos de FÁBIO NAMATAME, um craque, como sempre; o desenho de luz, de DRIKA MATHEUS e JOSÉ POSSI NETO; e o desenho de som, de TOCKO MICHELAZZO.

            Gostei muito do visagismo, de DICKO LORENZA, que, dentre outras coisas, colocou à nossa frente, o Vagabundo Carlitos, “utilizando o corpo do JARBAS”.

Elogiar a excelente coreografia de ALONSO BARROS é ser repetitivo.

Dez excelentes músicos compõem uma pequena orquestra, das melhores que já vi, em musicais, apesar de não ser técnico no assunto.  Mas tenho, graças a Deus, uma apuradíssima audição.

 

 


 

 

O elenco, tanto os principais atores quanto os coadjuvantes, faz um bom trabalho de conjunto, com destaque para a perfeita atuação – o seu melhor papel – de JARBAS HOMEM DE MELLO, que compensa a pouca exploração, neste espetáculo. como dançarino, excelente que é, com uma corretíssima atuação cantando.

Em sua primeira experiência em musicais, se não me equivoco, MARCELLO ANTONY interpreta SYDNEY CHAPLIN, irmão do protagonista, muito importante na carreira profissional deste.  Como ator, MARCELLO cumpre sua função, deixando, um pouco, a desejar, porém, quando tem de cantar.  Nada que um bom estudo, com dedicação, não possa resolver, caso tenha a intenção de continuar investindo em musicais.

 

 


Os irmãos Chaplin: Sydney e Charlie.

 

 


Marcelo e Jarbas.

 

 

NAÍMA, como HANNAH CHAPLIN, a mãe de CHARLIE, tem uma atuação comovente e convincente.

PAULA CAPOVILA, uma das nossas melhores “cantrizes”, mais uma vez, esbanja talento, no papel de HEDDA HOOPER, a jornalista que “infernizou” a vida do “herói”, sabe-se lá por quê (Será?).

PAULO GOULART FILHO, como MACK SENNET, cumpre, regularmente, a sua função.

GIULIA NADRUZ nos encanta com sua beleza em cena, conjugada a uma excelente atuação, como OONA O’NEILL, a última esposa de CHAPLIN, uma das pessoas mais importantes na vida do ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, dançarino, roteirista e músico (Será que me esqueci de alguma outra atividade artística do moço, desse grande artista britânico?).  GIULIA comove a plateia, com seus solos, principalmente na sequência final da peça.

LEANDRO LUNA, tarimbado em musicais, é uma bela figura em cena, na pele do empresário explorador FRED KARNO, além de acumular pequenos papéis e o do PROCURADOR GERAL MCGRANERY, em todos, com bastante segurança.

Como, na trama, tudo começa com o protagonista ainda criança, acompanhando a mãe, que se apresentava, cantando, em bares e cabarés, teria de ser encontrado um menino para viver o personagem.  Nesta montagem, há dois atores mirins, alternando-se no papel do pequeno CHARLIE.  Um deles é CAUÃ MARTINS, que atuou na sessão em que tive a oportunidade de assistir ao espetáculo.  Trata-se de um menino, de onze anos, com um talento inato, que já vi atuando em “O Rei Leão”, como o Pequeno Simba, e sobre o qual vou repetir o que já postei numa rede social: Escrevam o que eu estou dizendo: espero estar vivo, para ver este menino, de onze anos, quando for adulto, brilhando nos musicais, mais ainda do que já brilha agora, como o pequeno Chaplin, em CHAPLIN, O MUSICAL: CAUÃ MARTINS.

Louvo a iniciativa de montagens desse tipo, que empregam dezenas (Às vezes, mais de uma centena.) de profissionais, no palco, nos bastidores, na técnica e na produção.

Há uma promessa de que o espetáculo venha para o Rio, em agosto.  Caso isso ocorra, de verdade, recomendo-o àqueles que gostam de musicais.  Na ocasião, publicarei uma crítica mais completa, que até já está pronta.

              

 

 


Com Cauã Martins.

 

 

(FOTOS: PRODUÇÃO e DIVULGAÇÃO DA PEÇA e ARQUIVO PESSOAL.)

 

           

 

 

 

           

 

 

 

           

 

 

 

           

 

 

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